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     São Paulo -
Jornal Dance 39


Junho, 1998. n.39

 

Editorial

Milton Saldanha

Dança do ventre: polêmica não pode sair do plano histórico

 

Os brasileiros, infelizmente, não são muito chegados ao hábito da leitura. Logo, não poderiam também ser chegados ao hábito de escrever. Muitas pessoas preferem inclusive telefonar, expressando idéias e sugestões. Isso é de certo modo compreensível, porque de fato escrever é uma tarefa extremamente difícil e desafiadora. Você tem que tirar de uma tela em branco (antigamente se dizia folha em branco) um pensamento organizado, usando complexa técnica e, se possível, alguma dose de criatividade. Outra barreira é a própria língua, maravilhosa e ao mesmo tempo uma das mais difíceis do mundo em estrutura gramatical e ortográfica.

Por isso, quando chovem cartas na redação do jornal, a surpresa é realmente grande. Mesmo aquelas cartas que dão certo trabalho de ajuste, porque não podem ser publicadas na íntegra, devido ao texto inadequado para consumo público ou porque contém períodos confusos, que ninguém entenderia, nos causam especial satisfação. Isso ocorre até mesmo quando nos criticam, porque pior do que uma crítica desfavorável seria a indiferença.

A edição de maio deste jornal provocou um volume de cartas inusitado, principalmente pela longa extensão dos textos, como repercussão da edição temática sobre a dança do ventre. Por inviabilidade de espaço, e para não deixar ninguém de fora, tivemos que reduzir todas as cartas, por critérios que constituem prerrogativa exclusiva do jornal e onde sempre prevalece o respeito humano e a ética que têm que estar acoplados a qualquer polêmica, por mais paixão que se coloque na defesa de um ponto de vista. Mas nenhuma das cartas está saindo sem a essência fundamental do pensamento do leitor. Até uma crítica inconsistente, porque não chegou acompanhada de fatos e dados que pudessem elucidar a questão proposta, está sendo publicada. Assim, amanhã, ninguém poderá afirmar que este jornal discriminou este ou aquele leitor, favoreceu ou prejudicou A ou B. Ressalte-se apenas que Dance tratou de assegurar à autora alvo das críticas um espaço proporcional para sua defesa. Ela teve também acesso aos originais das cartas, sendo recomendada a responder tão somente as versões publicadas.

A bailarina Claudia Cenci, capa do Dance de maio e autora de um artigo na página central, transformou-se no centro dessa polêmica. Um pequeno período provocou a erupção de um vulcão: "Desde os primórdios, quando a dança do ventre foi desenvolvida por ciganas e minorias marginais à sociedade, essa dança mostrou ser um grito de rebeldia contra todos os princípios morais que sufocavam a essência feminina". Surgiram também objeções diversas, como se verá pelas cartas, ao conteúdo histórico da matéria.

Não disponho de ferramental intelectual para avaliar questões históricas ligadas ao antigo Egito, muito menos à dança do ventre. Fosse outro tipo de história, principalmente do Brasil, não tenham dúvida, a "briga" me empolgaria. Por isso não entro no mérito de quem tem razão nessa polêmica. Vou me ater exclusivamente ao período transcrito acima. Algumas pessoas viram nisso uma afirmação ofensiva à dança do ventre ou mesmo ao povo árabe, como se discussões factuais pudessem ser transpostas para esse plano. Ora, ser cigano não é defeito, exceto quando se é racista. O termo minoria marginal também não é rigorosamente sinônimo de bandidagem, embora possa ser aplicado com este sentido, como é o mais comum. Quem se der ao trabalho de consultar algum dicionário, como o Aurélio, verá que marginal é o indivíduo alijado da sociedade. Um mendigo se enquadra na classificação, é até citado como exemplo no dicionário, e mesmo num país onde filhinhos de papai ateiam fogo a mendigos e continuam impunes, não significa que aqueles pobres infelizes tenham que ser catalogados como bandidos. E mais: minorais marginais foram o que mais existiu em toda a história da humanidade, seja no Egito de antes de Cristo ou nas ruas da São Paulo de hoje. O erro está só no termo: não são minorias, são maiorias marginais.

Em análise histórica não existem verdades absolutas e sim versões e hipóteses. O Brasil vai completar 500 anos, é um bebê em termos de história, é tudo extremamente recente, são disponíveis muitos documentos, mas mesmo assim não existe um único episódio que não seja passível de revisão, a começar pelo próprio descobrimento. O que dizer, então, de culturas milenares de outros povos, de civilizações que deixaram escassos vestígios, falavam línguas inacessíveis para nós, de continentes distanciados daqui por tantos mares? Pretender respostas definitivas e objetivas para isso seria no mínimo presunção, para não dizer chutometria mesmo. Em qualquer campo bastará a leitura de apenas dois livros para se detectar todo tipo de contradição. Com um acervo bibliográfico isso se multiplica. Com que autoridade alguém pode afirmar respostas taxativas para a origem desta ou daquela dança, deste ou daquele ritmo? Exceto que se aceite dogmas, a prudência recomenda cautela nestas questões. O analista honesto não vai dizer "foi assim"; usará "minha tendência é acreditar que foi assim".

Mais de 30 anos de jornalismo, depois de ter passado por grandes jornais e revistas brasileiras, além de redes de TV e rádio, me ensinaram algumas coisas. Uma delas é que algumas pessoas costumam ler e ouvir por fragmentos, produzindo ilações sobre o não escrito, ou não dito. Dizer que Claudia Cenci ofendeu o povo árabe, como chegou a ser comentado, é tão absurdo quanto acreditar que este jornal publicaria tal artigo. Nem contra o povo árabe, nem contra o povo judeu, nem contra povo algum. Nenhuma raça seria atacada num jornal que não existe para isso e sim para fomentar a paz, a concórdia, a alegria e felicidade. O racismo (de qualquer procedência), a ignorância, a má fé, a mediocridade, o embuste, a inveja e a injustiça -- isto sim violenta nossos princípios, agride nossas convicções, provoca nossa combatividade.

Para quem gosta de fragmentos, aqui vai mais um, do mesmo artigo de Claudia Cenci: "... a atenção do Ocidente se voltou para toda magia e exotismo tanto da dança como da cultura do mundo árabe, que influenciaram assim toda a produção artística dos séculos seguintes". Alguém poderia propor melhor e mais refinado elogio?

Por favor, se querem discutir história, conteúdo, temas acadêmicos em profundidade, vamos em frente. Dance agradece, porque seus parâmetros são os da inteligência, aplicada para edificar, jamais para desagregar. Só não nos passem atestados desagradáveis e inaceitáveis.

 

 


Compasso do Leitor

 

Dança do ventre: versões históricas despertam polêmica

 

Ficamos profundamente surpresos ao descobrir a "verdadeira" origem da dança do ventre, em matéria assinada por Claudia Cenci (Dance N. 38/maio). Gostaria de conhecer a fonte de pesquisa em que se baseou.

Não existem ciganos no mundo árabe, mas beduínos. Os beduínos são muçulmanos e as "minorias à margem da sociedade" neste período da história eram criminosos, bandidos e prostitutas que com certeza não circulavam no mundo dos beduínos por uma simples razão: é uma sociedade extremamente rigorosa e punitiva e ainda tem, até os dias de hoje, o respeito de todos os povos árabes porque vivem pacificamente e humildemente. É o caso da minha tribo. O velho discurso de que a mulher árabe é uma pobre coitada, escrava do marido, ou da intolerância religiosa, está empoeirado, não convence. Recomendo a leitura da revista Caros Amigos (N. 5), com o título "As mulheres fortes do Islã", e o vídeo documentário da TV Cultura "O desafio do Islã". Gostaria de debater sobre o tema com Claudia Cenci.

 

Amyra El Khalili

El Khalili Belly Dance

São Paulo, SP.

 


 

História

Alguns fatos mencionados no artigo "Faça uma viagem de encontro a você", de Claudia Cenci, no Dance de maio, não condizem com a verdadeira história dessa arte. Para um jornal que tem crescido constantemente no mercado é de fundamental importância a veracidade dos fatos. Quando a autora comenta que "a dança do ventre foi desenvolvida por ciganas e minorias marginais à sociedade", devemos salientar que esta dança foi inicialmente desenvolvida por sacerdotisas egípcias, em caráter sagrado e festivo, em busca dos deuses, e fazia parte da cultura egípcia. Ainda podemos dizer: ao ser descoberta pelos árabes, ganhou grande influência e conotação, pois eles a adotaram e divulgaram com grande esmero.

No mesmo artigo cita-se que "a primeira expedição européia para o Egito, em 1798, liderada por Napoleão, marcou o início da Era Orientalista", o que me obriga a destrinchar esta frase. Primeiro, podemos afirmar que a primeira expedição européia para o Egito foi em 332 AC, durando até 395 depois de Cristo, que foi a dominação dos gregos e romanos. Segundo, não sei o que a autora quis dizer em relação a Era Orientalista, pois temos dois marcos da mesma, uma com as Cruzadas e outra com a Busca das Índias Orientais (a busca das especiarias). Precisa-se tomar muito cuidado quando se fala de história, pois uma bailarina deve ter um bom embasamento cultural.

A autora comenta sobre a "bailarina Mata Hari e sua suprema capacidade de realizar esta dança", o que nos faz salientar que Mata Hari não era bailarina profissional de dança do ventre e sim, como os relatos mostram, uma agente secreto. Nós, bailarinas profissionais, quando citamos alguma grande profissional de época, citaríamos e não negaríamos todos os trunfos e verdades às bailarinas árabes, que literalmente suaram tanto para conquistar seu espaço. Grandes bailarinas, como Nagwa Fouad e Nadaia Gamal, não podem se defender, pois algumas estão longe de ler esta "crônica". Outras já estão descansando em outro plano, e estariam se debatendo em seus túmulos com tal artigo.

Na posição de bailarina, professora, coreógrafa, terapeuta corporal, estudiosa e educadora da sagrada arte da dança do ventre e de danças folclóricas árabes, recomendo à autora e a qualquer pessoa que queira se profissionalizar que leia mais, se informe mais, saiba realmente o que escreve. É inexplicável uma bailarina e professora de dança do ventre não conhecer a verdadeira história de sua arte. O trabalho de um profissional cresce quando existe real embasamento. Mas, não é de todo o mal. Se a autora não conhecia os fatos, pelo menos valeu para esclarecimentos.

Humildemente, deixou ma bibliografia para esclarecimentos de dúvidas: 1) L'Egypte Ancienne - Atlas Historique, Geraldine Harris, Oxford, 1990, Andromeda Oxfor ltd; 2) La Danza Mágica del Vientre, Shokry Mohamed, Ediciones Mandala; 3) Grande História Universal, Bloch Editores.

 

Gisele Kenj (Nurenahar)

Professora e bailarina, (011) 247-9264

E-mail: kenj@node1.com.br

São Paulo, SP.

 


O sagrado

Infelizmente ainda existe muita falta de informação a respeito de uma arte milenar e sagrada como é a dança do ventre. Sagrada, sim, porque representao que há de mais maravilhoso em nossa existência: a concepção da vida e sua constante renovação a cada dia, desde o brotar de uma semente até o nascimento de um ser humano, pois o ventre é o lugar onde tudo se inicia, seja o ventre de uma mulher ou o grande ventre de nossa mãe Terra. É decepcionante quando nos deparamos com informações desencontradas a seu respeito, principalmente ao tratá-la como algo de origem marginal, onde o sagrado não faria parte, sendo "introduzido" depois por alguém, que pelo que sabemos, nunca foi praticante dessa arte, não da arte verdadeira, pelo menos. A idéia de "rebeldia contra todos os princípios morais que sufocavam a essência feminina" é erronea. Basta pesquisar um pouco sobre o culto aos deuses do antigo Egito para se descobrir essa essência personificada na imagem da deusa Isis, um dos muitos nomes de nossa grande deusa Mãe Terra. Deve-se tomar cuidado também com o caminho escolhido para trabalhar com nossas energias, pois o objetivo de quem pratica a verdadeira dança do ventre não é ser uma "femme fatale" e, sim, divulgar com seriedade e transparência essa arte, a fim de derrubar os preconceitos que ainda existem e que, infelizmente, ainda são alimentados pela ignorância a respeito do assunto.

 

Cibele Beatriz Bortolato

São Paulo, SP.

 


Técnica

Na condição de bailarina, professora e aluna de dança do ventre, afirmo que na leitura do texto de Claudia Cenci deparei-me com informações contraditórias e erradas. A meu ver há, e sempre haverá, uma batalha para manter a história da arte viva. Afinal, a cada dia mais e mais histórias vão sendo deixadas para trás, como se não tivessem existido.

Quando a autora diz que "a dança do ventre transcende a técnica", sou obrigada a esclarecer que sem técnica simplesmente não há dança, que a dança simplesmente não acontece sem a técnica, que dirá a transcedência. O que me preocupa é imaginar um leigo lendo este artigo. Fico imaginando a imagem errada que ele fará e terá sobre a história da sagrada arte da dança do ventre.

 

Paula Nascimento Miguel

São Paulo, SP.

 

 


 

Resposta da bailarina Claudia Cenci:

 

Em primeiro lugar, no meu artigo não falei sobre a origem da dança do ventre. Não por não conhecê-la e, sim, porque esse tema não fazia parte da pauta. Como jornalista e estudiosa do assunto, digo que é um grande erro atribuir a dança do ventre somente ao Egito antigo, pois outros povos também faziam rituais em tributo a divindades femininas. Uma antiga oração sumeriana exalta a gloriosa Nana como a "poderosa senhora, a criadora". Na África, existem lendas sobre Nawu, outro nome para a mãe criadora. Em Canaã, Ashrah (ou Ishtar) era a "progenitora dos deuses". No Egito, a criação da vida era atribuída a Nut, Hathor ou Isis. Essas são apenas algumas indicações de que a veneração a divindidades femininas era parte integrante das tradições sagradas mais antigas. Em alguns desses rituais eram feitas danças que simbolizavam a criação da vida através de movimentos ondulatórios e ritmicos do ventre, dando origem à dança do ventre. Por onde passou, o Império Árabe absorveu essa dança, transformou seu conceito sagrado e a incorporou à sua cultura de forma gloriosa.

No meu artigo falo da contribuição que as ciganas deram ao desenvolvimento da dança do ventre. Em nenhum momento disse que elas eram responsáveis por sua criação. Tal contribuição é tão marcante que o termo turco que designa dançrina "cengi" deriva de cingene, que significa cigana. O termo egípcio que denomina dançarina profissional "ghaziya" (pl. ghawazee) significa literalmente invasoras ou forasteiras. Quando Napoleão estava no Cairo encontrou ghawazee (ciganas) que viviam em uma mesma rua de tribos não ciganas que ganhavam a vida divertindo pessoas com sua dança. É absolutamente previsível que, devido a esse convívio, houvesse muita troca de informação, resultando em uma dança árabe com infuência cigana e vice-versa. Essa interação de culturas se repetiu em outras regiões e em épocas variadas. Por falar em Napoleão, quero esclarecer que ele foi para o Egito com a primeira expedição européia organizada com o propósito de desvendar a cultura egípcia. Foi pioneiro em seu propósito, não pelo fato de ir para o Egito. Havia na sua expedição um grupo de estudantes para fazer as pesquisas e, embora a ocupação do Egito tenha durado pouco tempo, seu material descritivo despertou enorme interesse pelo Oriente. Quando mencionei a "Era Orientalista" deixei bem claro que se tratava da influência da cultura árabe sobre a produção artística ocidental. Em grande parte dos livros sobre história da arte essa expressão é amplamente usada para denominar essa época.

Quanto à Mata Hari, não compete a mim julgar se era boa ou má dançarina, se era profissional ou não. Mas posso transcrever trecho de crítica sobre seu trabalho: "Palavras podem dar uma idéia da beleza e poesia de sua dança, mas nada inanimado poderá traduzir a emoção transmitida por essa performer, nem a cor e a harmonia da figura oriental" -- Colette, Paris. No auge de sua carreira, Mata Hari ficou conhecida como "La femme la plus célèbre d`Europe".

Tenho absoluta certeza de que as bailarinas da grandeza de Nagwa Fouad e Nádia Gamal, ao invés de se debaterem com meu artigo, ficariam muito mais decepcionadas ao ver bailarinas que desconhecem a graciosidade e sutileza de sua dança, que são vulgares, quase eróticas; que usam conceitos distorcidos do Antigo Egito e "posições sagradas" que faziam parte de um contexto histórico totalmente diferente do Egito de hoje; que descaracterizam o verdadeiro gestual árabe transformando-o em uma imagem de papiro em movimento. Quando se fala de dança, ou qualquer tipo de arte, é preciso tomar muito cuidado para não ter a pretensão de ser a dona da verdade. Existem várias correntes de pensamento, cada um defende aquilo em que acredita. Concordo com Gisele: as dançarinas devem ler mais. Também acho que se deve saber realmente o que se escreve, principalmente quando for acusar alguém de não saber dos fatos. Julgar uma profissional baseado em algumas linhas de texto é, no mínimo, anti-ético. Além de todo estudo teórico, é fundamental para quem queira se profissionalizar uma preparação corporal impecável: dançar com ombros para trás, pescoço alongado, ondulação nas mãos, pés em meia ponta máxima etc. O mundo dos shows pede bailarinas bem cuidadas, vestidas com riqueza e que, acima de tudo, dancem bem. Fico surpresa ao ver que o mínimo de classe, postura e técnica não fazem parte do currículo de dançarinas que se dizem profissionais.

Deixo aqui o nome de alguns livros que servem de base para meus estudos. Acho muito boa a idéia de um debate, não ara chegar a uma verdade absoluta, muito menos com o intuito de uma disputa, mas para esclarecer e informar todos que, como eu, amam a dança do ventre.

1) "Todos os nomes da Deusa e o poder do mito", Joseph Campbell, Ed. Rosa dos Ventos; 2) "História das Sociedades", Aquino - Denise - Oscar, Ed. Ao Livro Técnico; 3) "Guia de Abordagens Corporais", Ana Rita Ribeiro e Romero Magalhães, Ed. Summus; 4) "Serpent of the Nile", Wendy Buonaventura, Ed. Saqi Books; 5) "Mudras - as mãos como símbolo do cosmos", Ingrid Ramm-Bonwitt, Ed. Pensamento; 6) "Orientalism", Edward Said, Ed. Routledge & Kegan Paul; 7) "Dance e recrie o mundo", Lucy Penna, Ed. Summus; 8) "The Compleat Belly Dancer", Julie Mishkin e Marta Schill, Ed. Doubleday & Company; 9) "Mitos e Lendas do Egito Antigo", T. G.H. James, Ed. da USP; 10) "A Dança", Klaus Vianna, Ed. Siciliano; 11) "Ações do Senso", Clarisse Abujamra, Ed. Unida Books; 12) "História da Dança", Luis Ellmerich, Cia. Editora Nacional; 13) "Símbolos e Mitos do Antigo Egito", T. Clark, Ed. Hemus; 14) "Princesa - a história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus", Jean P. Sasson, Ed. Best Seller.

Que a dança seja nosso caminho para a paz infinita.

 


Honesto e atual

Parabenizo a redação pelo maravilhoso trabalho do Dance, que é sempre informativo, honesto e atual. Adorei a capa colorida, bem como a escolha das profissionais entrevistadas. São de profissionais como Samira e Claudia Cenci que nós precisamos, para levar a dança do ventre a ser conhecida como arte e não pela panacéia de informações e ideias errôneas e fantasiosas que tantas vezes somos obrigadas a ouvir de pessoas sem nenhum fundamento sobre dança, muito menos sobre história. Parabéns e sucesso sempre!

 

Gislaine Pereira de Souza, bailarina e estilista

São Paulo, SP.

 


Amei

Parabéns pelo Dance de maio. As matérias sobre dança do ventre estavam excelentes, principalmente a da bailarina Claudia Cenci. Amei.

 

Rosana Pereira de Oliveira, publicitária

São Paulo, SP.

 


Auto-estima

Parabéns pela capa e pelo artigo das páginas centrais, onde tive a oportunidade de ter contato com o que é de fato a dança do ventre, seus efeitos no corpo e na mente. Como psicológa clínica valorizo muito o efeito que a dança do ventre produz no mundo feminino, elevndo a auto-estima e proporcionando à mente da mulher um encontro saudável com seu corpo, como Claudia Cenci inteligentemente escreve. Acompanho o trabalho dessa professora e bailarina nos últimos anos e posso dizer que os leitores estão sendo muito bem presenteados com informações idôneas, como essas com as quais o jornal Dance nos dá a possibilidade de ter contato. Obrigada e continue nos trazendo artigos como este.

 

Cristina Camasmie Taleb Saccab, psicológa clínica

São Paulo, SP.

 


Capa

Belíssima a capa colorida do Dance de maio. Vocês arrebentaram a boca do balão. Além de ser ótimo de ler, Dance ficou ainda mais bonito. Parabéns!

 

Flávia e Homero Pontes

Londrina, PR.

 


Temáticas

Gostei muito das novidades no jornal, nas mais recentes edições, tanto a do tango como a da dança do ventre, que pretendo começar a praticar.

 

Cleci C. de Jesus

Florianópolis, SC.


Dicas de Leitura

Revista Caras

Na edição 238 (29/maio) a atriz Flávia Monteiro, protagonista da novela Chiquititas, do CBT, fala da sua descoberta do tango, na Argentina, onde faz aulas com o brasileiro Júnior, como ela lá residente. A matéria, com o título "Flávia Monteiro em Ritmo de Tango", é ilustrada com fotos da atriz no tradicional Bar Sur, no bairro histórico de San Telmo, indicado nas dicas de Buenos Aires na edição de abril (37) do Dance.

 


Tango básico

O Centro de Danças Jaime Arôxa-Jardins inicia dia 18/junho um curso de tango básico de três meses com o professor Dimitri, do Rio. Será às quintas-feiras, das 20:30 às 22h. O encerramento, em setembro, coincidirá com nova viagem de todas as academias Jaime Arôxa a Buenos Aires, sob a coordenação do mestre.


 

Senador Fláquer abre faculdade de dança

 

A partir desta edição o jornal Dance inicia uma série, não seqüêncial, sobre as faculdades de dança do Brasil, que no país todo não passam de oito. Divididas em currículo teórico e atividades práticas, elas formam bailarinos e professores de dança, que podem atuar em qualquer área, além de serem formalmente reconhecidos como profissionais de dança de nível superior. A faculdade que abre a série é novidade: o Curso de Dança das Faculdades Integradas Senador Fláquer, de Santo André, que está com inscrições abertas para seu primeiro vestibular e inicia atividades no segundo semestre.

 

 Há muito tempo os donos das Faculdades Integradas Senador Fláquer, de Santo André, no ABC, são apreciadores de dança e pensavam em abrir um curso superior para formar bailarinos e professores. São eles Waldemar Mattei Júnior (diretor-presidente), Alexandre Mattei (diretor-administrativo), Maurício Chermann (professor) e Jacks Grimberg (diretor-financeiro). A prova mais visível desse antigo interesse pela arte da dança é um livro belíssimo, focalizando o espetáculo "das", que deu à Cia. Terceira Dança a vitória no I Prêmio Estímulo de Dança, da Secretaria de Cultura do Estado, em 1994. O livro, uma obra de artes gráficas e fotograficas, com textos de Fabio Cypriano, Marcos Gallon e Helenza Katz, teve patrocínio das Faculdades Senador Fláquer.

O Curso de Dança será o caçula e torna-se o nono dos cursos oferecidos pela instituição, fundada há 28 anos, que já tem Administração, Letras, Psicologia, Secretariado, Ciências - Matemática, Estudos Sociais - História e Geografia, Tecnologia Eletrônica - Modalidade Técnicas Digitais, e Tecnologia em Processos de Produção. As aulas teóricas serão nas instalações da Senador Fláquer e as práticas na Academia Arte & Movimento, através de um convênio. Para se adequar ao projeto a Arte & Movimento vai entrar em reformas nos próximos dias, para abertura de mais duas salas totalmente equipadas para o ensino de dança. O atual salão, espelhado, permanecerá, bem como a sala de ginástica, com diversos aparelhos, onde os alunos poderão fazer aquecimento e condicionamento físico, sob orientação especializada de instrutor da faculdade. Ao todo, na fase inicial, serão quatro salas, mais biblioteca, cantina e vestiários.

 

Modalidades

"Nosso currículo procura alcançar níveis de excelência, aprimoramento e qualidade técnica. Seu programa estimula a pesquisa nas diferentes linguagens da dança, como também desenvolver a consciência do corpo, levando o aluno à percepção lúdica, à criatividade e comunicação", ressalta Rosa Maria Fragoso de Almeida, coordenadora pedagógica da Senador Fláquer. Ela vai acumular a função de coordenadora do Curso de Dança, dividindo essa tarefa com a bailarina e professora Ângela Nolf, da Unicamp.

Inclusive foi na Faculdade de Dança da Unicamp que a Senador Fláquer foi buscar seu modelo de ensino, só que acrescentando aspectos que vão configurar sua própria personalidade. Um deles, por exemplo, será a introdução da disciplina de preparação física, que não existe na Unicamp.

A faculdade forma bailarinos (em 3 anos) e professores de dança (para licenciatura em 4 anos), para ballet tradicional ou dança moderna. Pode formar ainda coreógrafos e diretores teatrais. Entre outras, tem disciplinas como História da Arte, Estética, Danças Contemporâneas, Clássica, Danças Brasileiras, Elementos de Fisiologia, Anatomia Humana, Sociologia, Lingua Portuguesa. Na cadeira de Danças Brasileiras haverá dança de salão, tango axé, jazz etc.

 

Motivação & Seleção

"De imediato queremos trabalhar com as matérias práticas, para motivar os alunos", informa Rosa Maria. A preparação física começará no primeiro semestre do curso, com utilização dos recursos da sala de musculação. E, de imediato, o aluno tomará contato com exercícios de dança, provavelmente clássica e moderna.

A faculdade não impõe limites de idade aos vestibulandos. Qualquer interessado pode tentar uma vaga, fazendo as provas convencionais dos vestibulares. A novidade nesse processo seletivo é que a prova poderá também ser resolvida diretamente num computador. A opção pelo método tradicional ou informatizado é do vestibulando. Mas, além da prova teórica, existe mais um gargalo, a prova prática de aptidão, em duas etapas. O candidato participa de uma aula coletiva de dança e depois tem de dois a três minutos para fazer uma improvisação, individualmente, a partir de tema proposto por um dos professores da banca examinadora. Isso pode envolver técnicas básicas de dança clássica e dança moderna. É na prova de aptidão que muita gente "dança", no sentido realmente figurado da palavra.

 

Milton Saldanha

  


Dance e cante, no ritmo da Copa

 

Prá Frente Brasil

(De Miguel Gustavo)

 

Noventa milhões em ação

Pra frente Brasil

Do meu coração

Todos juntos vamos

Para frente Brasil

Salve a Seleção

De repente

É aquela corrente pra frente

Parece que todo o Brasil deu a mão

Todos ligados na mesma emoção

Tudo é um só coração

Todos juntos vamos

Pra frente Brasil, Brasil

Salve a Seleção

 

 

A Taça do Mundo é Nossa

(De W. Maugeri, Maugeri Sobrinho, V. Dago e L. Muller)

 

A taça do mundo é nossa

Com o brasileiro

Não há quem possa

E, eta esquadrão de ouro

É bom no samba

É bom no couro

O brasileiro lá no estrangeiro

Mostrou o futebol

Como é que é

Ganhou a taça do mundo

Sambando com a bola no pé

Gooool !

 

Na Cadência do Samba

(De Luís Bandeira, música popularizada nas inesquecíveis imagens de futebol do filme-jornal Canal 100)

 

Que bonito é

Ver um samba no terreiro

Assistir a um batuqueiro

Numa roda improvisar

Que bonito é

A mulata requebrando

Os tambores repicando

Uma escola desfilar

 

Que bonito é

Pela noite enluarada

Numa trova apaixonada

Um cantor desabafar

Que bonito é

Gafieira salão nobre

Seja rico, seja pobre

Todo mundo a sambar

 

O samba é romance

O samba é fantasia

O samba é sentimento

O samba é alegria

 

Bate que vá batendo

A cadência boa que o samba tem

Bate que repicando

Pandeiro vai, tamborim também.

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Marcelo Cunha e Karina Sabah, em pique de Brasil campeão

 

Futebol, música e dança popular, no Brasil, sempre estiveram de mãos dadas. A capa deste Dance representa e homenageia esta integração cultural, ao início de um dos maiores eventos esportivos do mundo, talvez mesmo o maior, e que tem tudo a ver com os sonhos de afirmação dos brasileiros. Não está fácil, mas vamos torcer muito para dançar festejando, em breve.

Para esta capa Dance foi buscar um casal de professores que já conquistou grande respeito na comunidade da dança de salão brasileira -- Marcelo Cunha e Karina Sabah, do Centro de Dança Jaime Arôxa -- aqui apresentados:

 

Formados em ballet e trabalhando com dança de salão há oito anos, dão aulas e participam de shows, individualmente ou com o corpo de baile da escola, onde são sócios-proprietários da unidade do Campo Belo, em São Paulo, desde 1996, ao lado de Jaime Arôxa e Sebastião Cabrera. Karina e Marcelo acumulam diversas funções, entre elas a de coreógrafos.

O extenso currículo do casal inclui shows fora do Brasil, em Tvs, com cantores e bandas, em palcos e salões; em eventos os mais variados. Deram aulas para atores e montaram coreografias para teatro. Atualmente suas atividades envolvem o ensino de danças de salão na oficina de atores da Rede Globo, em São Paulo.

 


Leveza do Ser

 

Jomar Mesquita e Juliana Macedo, da Mimulus Dança de Salão, de Belo Horizonte, ministram seu curso de lindy hop em Recife, entre os dias 7 e 10 de julho. Em São Paulo foi grande sucesso, no Espaço Andrei Udiloff e na Strapolos Bar Academia.

 

Centro Jaime Arôxa faz Baile dos Anos 60, dia 16/junho, às 22h, em sua sede no Campo Belo. Ingressos a 5 reais. 5561-5561.

 

El Viejo Almancén, tradicional espetáculo de tango de Buenos Aires, faz curta temporada em São Paulo, no Tom Brasil. 820-2326 ou 0800-550400.

 

Editorial do Dance de fevereiro, com o título "O aluno é o único juiz", foi reproduzido na íntegra pelo jornal Mimulus em Movimento, de Belo Horizonte. Faz parte da luta pela qualificação profissional dos professores de dança de salão.

 

Orquestra Tupy, dirigida pelo maestro Bruno Rodrigues, festejou seus 8 anos em baile da Marca Dida e Haroldo, no Clube Piratininga.

 

Rezar. "Dançar é uma forma de rezar com os pés". Frase de Maria Aparecida Caetano Cardoso, de Penapolis/SP.

 

Folclore Musical, na Mooca, recebeu expressivo público da dança de salão na comemoração do aniversário da promotora Eliane.

 

Jovino Garcia, do Avenida, também foi muito homenageado em seu aniversário. A festa foi documentada em vídeo, mostrando aspectos das quintas de dança de salão, que estão fortíssimas.

 

Silvana, que em breve será mamãe, vendeu sua loja Arabesque, na rua Augusta. Ainda não definiu sua nova atividade.

 

Avenida Club faz baile dia 18 de junho, quinta, com a tradicional Orquestra Casino de Sevilla. Produção e apresentação de Fernando Lopes. 814-7383.

 

Recife está sediando, de 5 a 11 de junho, o III Festival Nacional de Dança, com apresentação de cerca de 50 grupos, entre eles de Cuba e da Romênia, além de Esther e Mingo Pugliesi, da Argentina. Entre os destaques, Jaime Arôxa e Bianca, Jomar Mesquita e Juliana Macedo (Mimulus, Belo Horizonte), Ballet da Cidade de Diadema, Ballet Stagium, Cia. de Dança de Minas Gerais.

 

Mauro Borges, criador da Campanha Droga Mata, conseguiu o apoio de Xuxa em sua luta. E alerta: "as drogas só levam a três caminhos: cadeia, manicômio ou cemitério". Interessados em adesivos da campanha podem ligar ao 6910-9488.

 

Ática Shopping Cultural, que fica pertinho do Avenida, na Vila Madalena, lançou a programação Folhetim MPB, que todo mês vai trazer um pouco da história da música popular brasileira. Interessados devem ligar ao AlôÁtica 0800-559909.

 

Desconto para namorados que se matricularem neste mês de junho na Escola Passos & Compassos: 10% na mensalidade. 549-8621.

 

Sidney Batista é o novo sócio de Glória Reis, na academia Glória & Guess, da Mooca, substituindo Laércio Panato, que ainda não decidiu que atividades retomará na área de dança. A escola fica na rua da Mooca, 2188 - fone 608-4832.

 

Maria Villela, assinante do Dance desde o início (há 4 anos), assídua freqüentadora de bailes e promotora de eventos dançantes, assumiu novas funções na área de turismo, na Cheap Tur, no Brooklin. 5506-3923 e 5506-5292.

 

Laura Finocchiaro, cantora, guitarrista e compositora, lançou pelo selo Dabliú o CD Ecoglitter, com distribuição da Eldorado. Em 16 faixas dançantes ela transita entre o ska e a balada pop, passando pelo samba rock, rap e garage.

 

Carinhoso, do Augusto Aderaldo Filho, promoveu excursão a Poços de Caldas, com programação que incluia muitos passeios e dança ao redor do coreto da Praça Pedro Sanches, ao som da Banda Municipal.

 

Cine Júpiter, conforme noticiado na edição anterior, está com suas portas abertas aos dançarinos da cidade, na Lapa, sob o comando de Elen Rosa M. Sanches e Delfim Pinto.

 

Casa de Cultura de Santo Amaro reuniu jornalistas de diversas publicações segmentadas para um debate sobre oportunidades comerciais, ética e relações com a comunidade. O evento, organizado pela coordenadora Antonia Andrêa de Souza, integrou as comemorações dos 101 anos da construção do prédio do Mercado de Santo Amaro, tombado pelo Patrimônio Histórico, onde funciona a Casa de Cultura. Dance participou.

 

Catedral, banda de rock gospel, acaba de lançar o CD duplo "Catedral - 10 Anos", festejando mais de um milhão de cópias vendidas em toda sua carreira.

 

Vila Maria convida para o Baile dos Anos Dourados, com a San Francisco Tropical Band, dia 6/junho, sábado, 22h. No dia 10, quarta, promove o Baile dos Namorados, com a banda San Sebastian. Ingressos a 5 reais e sorteio de brindes. Promoção de Décio, Jan, Itamar, Tonhão, Zelão, Luis e Vera. Na rua Professor. Maria J. Barone Fernandes, 483. Reservas 6967-1363.

 

Stella Aguiar informa que em julho o Núcleo de Dança terá bailes tira-dúvidas todas as sextas-feiras, na academia. Os bailes serão temáticos: Campanha do Agasalho, Baile de Máscaras, Baile do Ridículo e dos Anos 60. Na Av. Jurema 495, Moema, 530-9908.

 

Strapolos Bar Academia prepara o Baile do Cupido, para o Dia dos Namorados, quarta-feira, dia 10/junho. Aviso aos casais de namorados: ela não paga ingresso. 3871-4468.

 

Roberto Mendoza, da Strapolos, estrutura cursos de férias pra julho, compactos de duas semanas, com samba rock, zouk, gafieira, free-dance. Mesmo fone acima.

 

Renato Mota, titular do Studio de Dança de Salão que leva seu nome, estrutura cursos de férias para o período de 18 de julho a 1 de agosto, no Shoppinho Santo André. Haverá samba de gafieira, pagode, bolero, swing, forró e tango. 447-6129 ou 444-6034.

 

Solange Gueiros, da Passos & Compassos, na Vila Mariana, abre nova turma de tango dia 17/junho, para aulas às quartas, das 20:30 às 21:30. Só 45 reais/mês. 549-8621.

 

Passos & Compassos faz baile junino, com alunos e aberto ao público, dia 20/junho, sábado, a partir das 23h, em sua sede, na rua Domingos de Moraes, 1867-A - fone 549-8621.

 

Garth Brooks, ídolo norte-americano da country music, conhecido como o "Furacão de Oklahoma", fará o show "Sevens", dia 22 de agosto, sábado, na 43a. Festa do Peão de Barretos, um dos maiores eventos do gênero no mundo. Ele poderá se esbaldar num palco de 22m de frente por 24m de altura e 15m de profundidade, ao lado de oito músicos e com ajuda de efeitos luminosos especiais. O cantor costuma reunir multidões em seus shows nos EUA.

 

Mirage Music Entertainment, apesar do nome, é uma empresa de capital nacional, que chega para concorrer no mercado de áudio e vídeo. Oferece cerca de 140 mil Cds, dos mais variados títulos musicais, e 12 mil fitas VHS. Fica na rua Iguatemi 236, Itaim Bibi. 883-4055.

 

Estrela, dançarina de dança do ventre e dança cigana, informa sua correta homepage na Internet: http://www.geocities.com/HotSprings/5398

 

Fadua Chuffi, bailarina e professora de dança do ventre, voa dia 26/junho para Madri, Espanha, onde fará uma série de apresentações a convite da escola de dança Las Pirámides e do Circulo de Bellas Artes. Vai ministrar também cursos de danças folclóricas e orientais. 276-2484 e fax 6412-2655.

 

Beth Cunha, que se dedica à dança do ventre há dois anos, criou o Espaço Multidisciplinar Anutsen, com aulas de dança do ventre, dança de salão, dança grega, flamenco, dança cigana, expressão corporal, yoga e outras. Na rua dos Chanés, 76 - Moema , 532-1338.

 

Cilene Bim inicia dia 7 de junho curso de samba no pé básico "mulatando", na Escola Maria Antonieta. A pessoa aprende em apenas três aulas, aos domingos, das 17:30 às 19h. R$40,00, podendo ser em dois pagamentos. 272-3948 ou 6915-8780.

 

Leandro e Luciana, também na Maria Antonieta, estão iniciando cursos de samba pagode intermediário e samba pagode básico.

 

Alexandre e Andréa, na mesma equipe de Celso Vieira, na Maria Antonieta, ministram aulas de samba de gafieira básico.

 

Espanta Preguiça é o bem-humorado nome do baile de Wana Promoções, no belo salão do União Fraterna, na rua Guaicurus 1, Água Branca, às segundas-feiras, entre 18h e 23h. Confirme pelo 861-4706.

 

Melodia, do Miro, promovendo encontros dançantes na boate Pyramid's, no Clube Atlético Juventus, às quartas, das 20h à 1h. O spaghetti à bolonhesa é cortesia aos guerreiros das pistas. Fica na rua Roberto Uguline, 120 - Mooca. Telefones para contatos não faltam: 273-7388 / 291-4802 / 296-4898 e 6957-3664.

 

Virginia Holl embarca neste 11 de junho para mais um périplo por terras portenhas (B. Aires), com seus amigos do Dance Club. O grupo, de 10 pessoas, vai curtir milongas e participar das homenagens pelos 50 anos de tango do famoso Mingo Pugliese, no dia 12.

 

Celso Vieira, da Escola Maria Antonieta, será um dos próximos homenageados pelo Melodia Club, no Projeto Dança de Salão. As homenagens acontecem aos domingos, nos bailes no salão do Homs, na Av. Paulista.

 

Escola Madame Poças Leitão, do casal Silvia-Eduardo Poças Leitão, instalada no Brooklin Paulista, também foi convidada por Miro para receber seu troféu.

 

Jornal Dance, pelos serviços prestados ao meio, igualmente foi incluído. Estaremos lá dia 14/junho, ao lado de grandes feras da dança de salão.

 


Dança nas escolas

A Mimulus Dança de Salão, de Belo Horizonte, dirigida por Baby Mesquita, acaba de tomar uma iniciativa que merece ser acompanhada com atenção pelas academias de São Paulo: encaminhou para a Oficina de Cultura e teve aprovado projeto de um curso de dança para professores de primeiro e segundo graus, com 40 horas de duração. O objetivo, segundo Baby, "é contribuir para que a dança seja usada nas escolas como um instrumento educacional". Não é dificil imaginar o novo campo de trabalho que uma idéia como esta pode abrir às academias, fora a motivação para a dança que cria entre crianças e adolescentes. (031) 295-5213.

 

NOVOS ASSINANTES

Angela Maria das Graças A. Tiburcio (Lago Sul, Brasília/DF); Ângela Virgínia de Melo Soares (Bairro do Campo, Barbacena/MG); Valeria Guarnieri (Jaguaré, São Paulo/SP); Ivani M. Marques de Souza (Brooklin Paulista, São Paulo/SP); Clarice Guimarães Ferreira (Sumaré, São Paulo/SP); Rita de Cássia Crivellaro Pelegrino (Campo Grande, São Paulo/SP).

 

ABC Dança

De Rodrigo Tsukamoto, é a mais nova academia de dança de salão de São Paulo, em atividade desde o dia 1 de junho, em Perdizes, na rua Homem de Mello, 1153. Segundo Rodrigo, foi formada reunindo professores oriundos de escolas famosas, como Strapolos, Spaçoart e Centro Jaime Arôxa. Os professores são Bob, Rominy, Evandro, Matheus e Shirley. Trabalham com pagode, gafieira, forró, rock e bolero, com cursos intensivos de 8 aulas, por 60 reais. 3865-5065 e 3872-9240.


 

Vale Dança

Lançamento do Núcleo Stella Aguiar, é uma sugestão de presente original e prática, para o Dia dos Namorados, mas que não ficará restrito ao período. Quem compra o Vale Dança paga o preço normal dos cursos em módulos mensais e fica isento da matrícula. Vale para todas as modalidades de dança. 530-9908.

 

Festa Junina

A Strapolos Bar Academia vai reeditar dia 4 de julho, sábado, 22h, o sucesso da sua Festa Junina do ano passado, só que agora em sua própria sede, no Alto de Pinheiros. No ano passado foi no Cemucan. A festa vai rolar em três pistas diferentes, tendo cada uma um tipo de ritmo. Numa delas estará Irimar dos Reis e Banda, especializada em forró e repertório regional, com músicas típicas. R. Pereira Leite 70, fone 3871-4468.

 

IV Workshop de Dança de Salão

com bolsas para leitores do Dance

O Studio de Dança de Salão Renato Mota e o Shoppinho Santo André promoverão o IV Workshop de Dança de Salão, de 18/julho a 1/agosto. Estão sendo oferecidas 20 bolsas de estudo, totalmente gratuitas, para leitores do jornal Dance. Valerão para os seguintes horários: durante a semana, das 11h ao meio-dia, 10 bolsas, sendo cinco para mulheres e cinco para homens. No sábado, das 17h às 18:30, também 10 bolsas, no mesmo esquema. Interessados em mais detalhes devem ligar ao 937-5613. O ganhador da bolsa de estudo deverá comparecer até 5 de julho ao balcão do Shoppinho com o comprovante (carta-convite) de que ganhou a bolsa do jornal Dance, quando fará sua inscrição.

Para ganhar a bolsa

É muito simples: os interessados devem solicitar a carta-convite ao jornal Dance, por carta ou fax. Basta dizer: solicito uma bolsa para o IV Workshop de Dança de Salão. A carta ou fax deve conter nome, indicação de sexo -- assim (M) ou (F) -- telefone, endereço (com cep) para remessa da carta-convite. Serão atendidos os pedidos que chegarem primeiro, a partir do dia 8 de junho, observando-se rigorosamente o número de vagas indicadas acima. Mensagens ilegíveis ou incompletas serão automaticamente desconsideradas. Prazo de remessa: até 25 de junho.

Fone/fax (pedir sinal) 011 -- 5182-3076.

Cartas para rua Pais da Silva, 60 - Ch. Sto.Antonio/Sto. Amaro, São Paulo/SP., Cep 04718-020, a/c. Redação.

 


Mingo festeja 50 anos de tango

Brasileiros e argentinos, praticantes e apreciadores do tango, estarão reunidos em Buenos Aires, dia 12 de junho, no El Pial, numa grande noite de homenagens ao mestre argentino Mingo Pugliese, que estará festejando 50 anos de tango. Mingo, casado com Esther, sua parceira, é um nome internacional e criador de muitos passos que passaram a ser aplicados em shows e bailes, impondo um estilo. Sobre ele, diz o brasileiro Vitor Costa: "Além de ser um desburocratizador do tango, com seu método prático de ensino, Mingo viveu a transição do baile antigo (regido pelo compasso dois por quatro) ao moderno (compasso quatro por oito). Muitos passos que hoje são dançados pelo mundo foram criados por ele. Aprender tango com este mestre ultrapassa a idéia de simplesmente desenvolver movimentos pelo espaço: é um contato direto com a história viva desta dança".

O evento de Buenos Aires terá shows de grandes nomes argentinos e brasileiros do tango, entre eles Pablo Pugliese, Osvaldo Zotto, Sergio Cortazzo, Gachi Fernandez, Carla Chimento, Patricio Fouceda, Vitor Costa e Margareth Kardosh, Jomar Mesquita, Jaime Arôxa e Bianca Gonzales. Para mais detalhes: Espaço Vitor Costa - 263-1101.

 

Dança do Ventre na Passos

Lucimara Lima, ex-capa de Dance com Francisco Ramos, está organizando turmas para aulas (às quintas) de dança do ventre na Passos & Compassos, de Glória e Solange Gueiros. A escola trabalha com variedade muito grande de modalidades de dança e sua localização é de fácil acesso, inclusive por metrô ou ônibus, na Domingos de Moraes, 1867-A, fone 549-8621.

 

Rumba internacional

Este curso é mais uma novidade da academia Passos & Compassos, de Solange Gueiros, que está sempre atenta ao que acontece no exterior. As aulas, com Markus Gern, começam dia 18/junho, quinta, às 21:30. Serão quatro aulas, por 45 reais. 549-8621.

 

Rumos Musicais

O Itaú Cultural lançou o projeto Rumos Musicais, que apresenta cada mês um músico consagrado, que traz convidados pouco conhecidos do grande público. As apresentações, gratuitas, são sempre na terça-feira, às 18:30, na Sala Azul, na Av. Paulista. Em junho a anfitriã de Rumos Musicais é a cantora Marlui Miranda, ligada às tradições do canto indígena. Participação dos músicos Teco Cardoso e Ulisses Rocha, do Coral Ihu e do percussionista Caito Marcondes. 238-1700.

 

Ponto de encontro

Escola de Dança de Salão Maria Antonieta acaba de acertar convênio com a Euro Club, na Henrique Schaumann 794, Jardim América, que transforma a casa também em point dos alunos, aos domingos, a partir das 19h, quando sempre há um casal dando aulas. Eles contam com música para dançar a dois, em duas pistas, bar ao ar livre, dois mezaninos e restaurante internacional. A organização é de Luciana, Paulinho, Chico, Rosana, Sam e Tavinho, com os Djs Ricardo e Paolo. Tem manobristas na porta. 852-0745 ou 881-0249.

 

Spaçoart e Maria Antonieta

A partir deste mês a Escola Maria Antonieta, do Ipiranga, e o SpaçoArt, do Itaim Bibi, acertam parcerias para atividades conjuntas, principalmente no ensino de dança. Haverá deslocamento de professores e busca de maior integração entre as duas escolas. 272-3948 e 6915-8780.

 

"Dança: Fronteiras", diálogo entre a ciência e a dança

 

A coreógrafa e bailarina Helena Bastos estará apresentando até 7 de junho, no Centro Cultural São Paulo, o projeto "Dança: Fronteiras", resultado prático de sua pesquisa no curso de mestrado em Comunicação e Semiótica, da PUC-SP, sob orientação da professora doutora e jornalista especializada Helena Katz. Gordolinda, Sopa de Serpentes...7 motivo, e Navegança, são os três espetáculos que compõem o projeto, executado pelo grupo Musicanoar, coordenado pela artista. "A intenção é apresentar, sob várias óticas, os possíveis diálogos entre a arte e a ciência", sintetiza Helena Bastos. "Nesse contexto, essa trilogia prática em dança procura traduzir processos de "contaminação"do fazer artístico por reflexões científicas, propiciadas pelo convívio com o universo acadêmico", complementa. A base do trabalho está na teoria dos Sistemas Abertos, formulada por pensadores das mais variadas correntes. A partir daí, a coreógrafa traçou um paralelo entre a dança e este pensamento científico.

O primeiro espetáculo da série foi Gordolinda, com bilheteria destinada à Associação para Deficientes da Audiovisão, que atende crianças e adultos. Apresentado pela primeira vez em 1995, Gordolinda marca o início desta trilogia. 'É uma coreografia que sintetiza todo meu trabalho, do início até minha entrada na universidade", explica. A coreografia desse espetáculo-solo foi inspirada no dia a dia do morro, tendo como personagem central a mulata e, como ritmo predominante, o samba. No decorrer do espetáculo são explorados, com humor, os mais diferentes aspectos da dança brasileira. "Busquei reunir as variadas facetas da arte nacional que é, em vários momentos, debochada, erótica, solar e lúdica". Helena Bastos utiliza diversas técnicas, apontando para uma dança multidisciplinar e irreverente.

Desenvolvido em 1997, Sopa de Serpentes..7. Motivo está pautado na hipótese de que essa forma seja uma chave para um padrão de movimento: "A base desse trabalho é o movimento infinito da espiral, presente tanto no universo quanto no próprio corpo humano. Exemplo: as cadeias de DNA". Uma das sustentações desse trabalho pode ser encontrada no pensamento de Heráclito, que aborda o fluxo contínuo no tempo como estratégia de um pensamento evolutivo, e nas hipóteses do físico Ilya Prigogine, que reforçam a necessidade do diálogo entre ciência e natureza, além de investigarem as relações complexas e imprevisíveis do homem com o mundo e os movimentos do universo.

Sopa de Serpentes é a grande crise, inspirada no processo irreversível de um furacão que, quando parte, dixa tudo no chão", define Helena. "Sobreviver a um evento desta natureza resulta em uma evolução e em uma nova forma de enxergar o mundo".

Finalizando a defesa prática da sua tese de mestrado, Helena Bastos mostra o resultado conclusivo de sua pesquisa científica com o espetáculo Navegança. "É uma verdadeira aventura em busca do conhecimento". Inspirado no livro Terra dos Homens, de Antoine Saint-Exupéry, Navegança elege como cenário o percurso de uma travessia marítima. A ficção é uma das estratégias assumidas para ilustrar uma série de eventos que poderiam ter acontecido neste trajeto. Utilizando-se de três tonéis como elementos cênicos, os intérpretes transformam as adversidades e surpresas ocorridas durante a encenação em material para a evolução coreográfica. "Navegança é uma tradução poética de minha pesquisa científica", diz a coreógrafa, que considera esse trabalho reflexo de sua maturidade como criadora.

Helena Bastos é co-fundadora e ex-presidente da Cooperativa Paulista dos Bailarinos-Coreógrafos. Desenvolve trabalho de pesquisa em linguagem contemporânea de dança, voltado para crianças e adultos. Desde 1993 é diretora artística do grupo Musicanoar, criado em parceria com o músico Rogério Costa. Procuram pensar a dança enquanto ar e movimento, e a música como resultado sonoro da interação dos corpos no espaço. Em 1996 Helena foi coreógrafa do American Dance Festival, nos Estados Unidos, além de ter participado da Bienal de Dança de Lion, na França. É bolsista da Capes e Rede Stagium e ganhou, em 1997, o Prêmio Estímulo Flávio Rangel 97 - Funart.

 

Márcia Costa e Silvia Ramos

 

 


Entrevista com Stephane Massaro e opinião de Jaime Arôxa. Jun/1997

Entrevista com Maria Antonieta . Maio/1997

Entrevista com Júnior, nosso embaixador de tango em Buenos Aires. Abr/1997

Café Piu-Piu, boa música e dança no Bixiga há quatorze anos. Abr/1997

AVENIDA CLUB, os segredos do sucesso, quando completa dez anos, em Pinheiros, de cara nova. Abr/1997

Edição 38 do Dance. Maio, 1998

Edição 37 do Dance. Abril, 1998

Edição 36 do Dance. Março, 1998

Edição 35 do Dance. Fevereiro, 1998

Edição 34 do Dance. Janeiro, 1998

Edição 29 do Dance. Agosto, 1997

Edição 27 do Dance. Junho, 1997