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     São Paulo -
Jornal Dance 38


Maio, 1998. n.38

 

Editorial

Milton Saldanha

 

Dança do Ventre

Livro de Málika é exemplo de trabalho sério

 

Esta edição temática do jornal Dance coincide com um momento muito feliz do segmento: o lançamento nacional do livro "Dança do Ventre, uma Arte Milenar", da bailarina, professora, coreógrafa e terapeuta holística Gláucia La Regina, que adota o nome artístico de Málika. Lançamento da Editora Moderna, com sede em São Paulo, o trabalho de Málika é impecável como obra didática e de prestação de serviços, a ponto de conter modelos esqueletados de contratos de trabalho e até do recibo de quitação, para recebimento de cachê. Em termos de conteúdo, ela passa rapidamente pelo que chamou apropriadamente como "Um pouco de História", e foi feliz nessa brevidade, porque não existe nada mais sonífero do que ficar discorrendo sobre os tais mistérios milenares de reis, faraós múmias e outros seres do antigo Egito. Esse tipo de assunto só é interessante quando acompanhado de análises interpretativas que possam conduzir ao entendimento do que provavelmente foi o mundo real daqueles tempos, sua estrutura social e política, as relações de classe, etc.

O factual, isolado, é sempre algo chato e Málika soube fugir desse risco, inclusive alertando que a literatura sobre o tema é muito escassa. Algumas leitoras certamente sofrerão a tentação de pular esta parte e ir direto ao ponto que interessa -- a parte didática sobre a dança do ventre -- mas nossa recomendação não é esta. É importante ter uma idéia, mesmo que compacta, das origens daquilo que se vai aprender e praticar, inclusive como primeiro passo para evitar equívocos desagradáveis, como já alertou neste jornal a mestra e bailarina Amyra El Khalili, que lembrava de moças que interpretam sorrindo músicas de conteúdo dramático, por absoluta desinformação cultural. Entre leigos até passa, mas na presença de quem conhece a lingua uma situação assim é grotesca. Fora o risco de ser ofensiva, embora sem intenção, porque Amyra já viu pessoas dançando até músicas religiosas. A colônia árabe é grande em São Paulo, o Clube Homs está logo ali na Avenida Paulista, portanto não custa nada e só pode ser louvável que as brasileiras busquem orientação com quem entende desses assuntos.

"Dança do Ventre, uma Arte Milenar" tem 126 páginas, portanto é de leitura rápida, e talvez não cause maior impacto entre bailarinas veteranas nesta modalidade. Afinal, qual delas não sabe o que é e como usar um snuj, por exemplo? Ou véus e capas? Todavia, o livro oferece aspectos também de interesse direto das veteranas, sobretudo profissionais, quando aborda questões como ética, legislação, direitos. Pena que não tenha aprofundado mais a delicada questão da colocação de dinheiro no cinto ou no soutien da odalisca, uma prática, segundo a autora, que não encontra amparo em nenhum vestígio da tradição. Sem nenhuma frescura, será que no íntimo isso não humilha a bailarina? Para evitar constrangimentos numa situação dessas Málika aponta uma solução muito boa, que não vou contar aqui, você terá que ler o livro.

Todo ilustrado com fotos coloridas, de qualidade variável, o trabalho de Málika desde já é obra indispensável para todas as pessoas que praticam a dança do ventre e para bailarinos também de outras modalidades, pelas informações mais do que úteis -- indispensáveis -- que contém. Para citar mais um exemplo apontamos os apêndices, com as íntegras de leis que interessam muito de perto aos profissionais de dança.

Vale registrar ainda um reconhecimento à Editora Moderna (011 - 291-4677) por acreditar e apostar no segmento de dança, uma área carente em termos de literatura especializada, principalmente em português, com autores brasileiros.

Ninguém vai identificar no livro de Málika uma revelação de escritora. Não se trata disso. Afinal, o gênero é serviço e não ficção. Mas seu estilo é claro, conciso, leve e muito próximo da técnica jornalística de bem escrever, ainda que não seja jornalismo. Ela passa, acima de tudo, um forte senso ético. Algo que o Brasil precisa muito.

 

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Dica de Leitura

Superinteressante

Revista da Editora Abril, com apoio da Nestlé, lança em 11/maio coleção com 13 revistas e vídeos que explicam o corpo humano. O que isso tem a ver com dança? Tudo. Principalmente para professores de qualquer modalidade de dança. O corpo é o principal elemento de expressão de quem elege a dança como arte. Precisa dizer mais? Compre nas bancas ou com desconto pelo 0800-119222.

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Revista comenta o Dance

A revista Imprensa de abril (127), que ainda está nas bancas de todo o país, publica matéria sobre o jornal Dance, na coluna Misto Quente, assinada pelo jornalista Eduardo Ribeiro. A matéria leva o título de "Bailando nos salões", aqui reproduzida na íntegra:

"Desde que deixou, no início do ano, a assessoria de imprensa do Conselho Regional de Economia - Corecon/SP, Milton Saldanha conquistou a carta de alforria que há tempos aguardava para cuidar, em regime de dedicação integral, do seu mais prazeroso projeto editorial, o jornal Dance, um tablóide mensal, com tiragem de 14 000 exemplares, distribuído gratuitmente aos aficcionados da arte em quase todas as casas de dança da Grande São Paulo.

Mesmo sem dispor de uma estrutura profissional completa, Saldanha fez com que o jornal virasse referência no meio. Sempre atento a tudo o que se passa, o jornal Dance mostra as principais casas da noite paulistana, revela tendências, traz roteiros, mostra o perfil de homens e mulheres que se entregam freneticamente aos prazeres da dança. E o texto, como o próprio Saldanha salienta, é um dos pontos fortes do jornal: sempre elegante e bem escrito.

O Dance transita na faixa daqueles que já ultrapassaram a idade do lobo e curtem música romântica, orquestras e um som que enleva o espírito e faz pulsar o coração. E olha de binóculos as chamadas danceterias, que fazem a alegria dos milhares de jovens que curtem a dance music. Nenhum preconceito, apenas uma questão de gosto e opção pessoal e mercadológica".

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Leveza do Ser

 

Solange Gueiros, da Escola Passos & Compassos, tem muitas novidades para maio e junho. Além de um curso de dança internacional, anuncia flamenco, valsa para noivos, tango básico e avançado, samba de gafieira básico e avançado, dança de salão para crianças, dança de salão para adolescentes etc. 549-8621.

 

Ivone Masuda, ativa participante da dança de salão e fiel freqüentadora do Avenida, acaba de ganhar a Medalha de Ouro do III Salão Brasil Nova Era, de artes plásticas, na categoria contemporânea, com a obra "Enfoque II: ondas", óleo sobre tela. A exposição fica aberta até 14/maio, das 14h às 20h, na rua Morgado de Matheus 77, Vila Mariana.

 

Marca Dida e Haroldo promove o aniversário da orquestra Tupy, dia 17/maio, domingo, no salão do Clube Piratininga. 277-1909.

 

Folclore Musical, na Mooca, agora oferece dança de salão às terças, a partir das 19h, com direito a uma revigorante canja a partir das 23h. As promotoras são Eliane e Jan. Rua Palmorino Mônaco, 540. (Altura da rua da Mooca, 1415). 608-1033 ou 291-5714.

 

Glória & Guess, escola de dança de salão dirigida por Glória e Laércio, na rua da Mooca, festejou aniversário de fundação dia 9/maio, sábado. 608-4832.

 

Érico Rodrigo, que com certeza seria escalado para a seleção brasileira de dança de salão, desloca-se do Rio diretamente para o Centro de Danças Jaime Arôxa-Jardins, onde vai comandar aulas de terça a sexta e práticas dançantes todas as sextas. Vai também cuidar dos ensaios para formação do grupo de dança da unidade. Os bolsistas, segundo Sérgio Terra, da direção da escola, "estão animadíssimos e se dedicando ainda mais". 852-9445.

 

Cecília Terra volta a dar aulas de dança de salão, na Jaime Arôxa-Jardins, depois de seis meses de chá de administração, estruturando a escola. Sempre jovem, bonita e culturalmente bem articulada, Cecília Terra ama a dança e sabe fazer isso com natural talento, leveza e graça.

 

Ana Maria de Souza Chaves ministra o curso "O que é musicalidade?", dentro do projeto Primeiros Passos, cursos de iniciação à cultura, gratuitos, promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura. Dias 13, 20 e 27 de maio e 3 e 10 de junho, das 14h às 16:30, na Biblioteca Infanto Juvenil Ophélia França. R. Muniz de Souza, 1155 - Aclimação. 278-1895.

 

Escola Passos & Compassos faz o Baile da Camiseta (16/maio, 23h) e Baile Junino (20/junho, 23h). No primeiro haverá lançamento das novas camisetas da escola. Os bailes são abertos ao público. 549-8621.

 

Café Piu Piu festeja seus 15 anos com variada programação, até final de maio. Em todas as quintas-feiras deste mês homenageia os 40 anos da Bossa Nova, com Alaíde Costa, Menescal, Wanda Sá, Joyce e Os Cariocas. Participação especial de Johnny Alf e Zuza Homem de Melo. Imperdível. R. Treze de Maio, 134 - Bixiga. 258-8066.

 

Marília Pêra, a notável, dança tango com Jaime Arôxa na peça "Toda nudez será castigada", de Nelson Rodrigues, com direção de Moacir Góes, no Teatro Alfa Real, em curta temporada. A peça será montada também no Rio, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Jaime Arôxa vai aproveitar essas temporadas para abrir ainda mais seu leque de relações nacionais, promovendo worshops e shows naquelas capitais.

 

Show-Room da Moda, em 12a. edição, paralelamente à Francal, será de 6 a 9 de julho, em São Paulo. Com 130 expositores, entre fábricas e indústrias de couro, pode ser interessante para figurinistas de dança em busca de idéias. Hotel Danúbio, na Brigadeiro 1137. Entrada gratuita.

 

Edy Frank convidando para suas quintas dançantes, no Roma Danças, a partir das 18h. Na rua Roma 485, Lapa. 266-8968.

 

Félix Serrano, veterano jornalista e promotor dos bailes da cidade, tem sido um divulgador também deste jornal, voluntariamente. Seu bordão é "Baile também é cultura". Dance agradece.

 

Reinaldo, radialista e locutor profissional, sempre presente, anunciando com elegância as novidades nos bailes do Vila Maria e Casa de Portugal. A possante voz faz parte do espetáculo, com a brincadeira, sua marca registrada, da "cerveja BEM gelada".

 

Suely e Tibério oferecem aulas de dança nos bailes das sextas do Independência do Brás, promoção de Luiz. 271-3425.

 

Banda na Praça. Pode haver algo mais saboroso do que uma banda tocando na praça numa manhã de domingo, lembrando o interior dos velhos tempos? A Banda Sinfônica Municipal e a Corporação Musical São José, de São Bernardo do Campo, têm proporcionado essa alegria ao povo da cidade. A promoção é da Prefeitura, que pode informar locais e horários pelo 458-9182.

 

Marcelo Porto, maestro da Millenium Band Show, festejando os 14 anos de atuação. Bip 870-5070, cód. 21094.

 

Moacir & Equipe estão promovendo bailes aos domingos no mais belo salão da cidade, tombado pelo Patrimônio Histórico, o da União Fraterna, na rua Guaicurus, 1 - Água Branca (Lapa), das 18 às 23:30h. Helio Sanchez Tenório (Casa do Sargento) e Jovino Garcia (Avenida), entre outras pessoas famosas no meio, têm prestigiado a festa. 861-4706.

 

Carioca Club, em Pinheiros, está com feijoadas e muito samba, aos sábados. 212-3782.

 

Carlinhos do Cavaco apresenta sambas do seu primeiro CD e também sucessos conhecidos pelo grande público, dia 16/maio, sábado, no Carioca Club, a partir das 22h. 298-3256 ou 6950-4529.

 

Vila Maria oferece a San Francisco Tropical Band no Baile dos Anos Dourados, dia 6/junho, sábado. 6967-1363.

 

Actor é uma agência para colocação de bailarinos, cantores e atores, de todos os gêneros. Dica para quem está sem trabalho. Procurar o Edson Carlos, na Al. Tietê 212, Jardins - 3064-4555.

 

Renato Lacerda, professor do Centro de Dança Jaime Arôxa, está agora com novas turmas na unidade Perdizes, o Espaço Vitor Costa.

 

Gitana, na Vila Olímpia, deixou os marmanjos babando com a presença de Andréa Guerra autografando sobre sua própria nudez nas páginas de Play Boy...

 

Ballet de Londrina inicia a primeira fase da sua Turnê/98, com espetáculos em Cuba e depois por diversas cidades brasileiras. O grupo é vinculado a Secretaria Municipal de Cultura e recebe apoio de empresas e do governo do Paraná.

 

Sesc Pinheiros, na av. Rebouças, organiza workshop sobre dança moderna. Detalhes com Márcia, pelo 211-8865.

 

Espaço de Dança Andrei Udiloff, na charmosa Vila Madalena, faz baile na escola em 30/maio, a partir das 21:30, a 5 reais. A escola tem vasta programação de cursos e workshops, como pagode, samba-rock (que andava meio desaparecido), forró, flamenco, lindy hop, roda de casino e outros. 813-6196.

 

Escola Maria Antonieta, no Ipiranga, também promove festa dia 30 de maio, o Baile do Ridículo.

 

Leandro e Luciana estão recebendo novas turmas de forró básico e samba pagode avançado, na Escola Maria Antonieta, aos domingos. 272-3948 ou 6915-8780.

 

Reinaldo Dutra, e sua parceira Lygia, atuando no Carioca Club, aos domingos, com aulas antes do agito geral.

 

Espaço Vitor Costa é uma escola fortemente especializada em tango, profissionalizante e para amadores, com aulas diárias, de segunda a sábado, além das práticas mensais. Fica aí o esclarecimento aos leitores que eventualmente não tenham captado bem a mensagem na edição anterior, quando Dance mostrou os redutos do tango em São Paulo, complementando sua edição temática apurada em Buenos Aires. 263-1101 e 263-7369.

 

Stella Aguiar e seus dançarinos fizeram show de sapateado no programa Mulher de Hoje, da TV Manchete.

 

Casa de Cultura de Santo Amaro, vinculada a Secretaria Municipal de Cultura, reúne jornalistas profissionais, especialmente convidados, no Encontro da Mídia Segmentada, dia 29 de maio, às 20h. O jornal Dance é um dos participantes. O local, de grande movimento, é inclusive um dos 160 pontos de distribuição deste jornal.

 

Celino Fernandes informa que os dançarinos que participam das aulas de dança gratuitas no Avenida, aos domingos, pagam só metade do valor do ingresso para o baile. Sua parceira é Luciana Cardoso.

 

Walter Manna comemorando, feliz, convite que recebeu para fazer apresentação de tango em Buenos Aires.

 

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NOVOS ASSINANTES

Rita de Cássia Bueno (Vila Talarico - São Paulo/SP); Estela Candida Oliveira (Moema - São Paulo/SP); Virginia Hollaender/Dance Club (Consolação - São Paulo/SP); Romulo Barbosa Menezes (Parque Santo Antonio - São Paulo/SP); Sonia Grassi (Soninha) (Butantã, São Paulo/SP).

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Dança internacional

Markus Gern ministrará curso de ritmos internacionais na escola Passos & Compassos, da Solange Gueiros, a partir de 30 de maio. Inclui valsa inglesa, valsa vienense, quickstep, tango europeu, rumba, cha-cha-cha, samba internacional, paso doble, jive. Será aos sábados, das 16h às 17:30. R. Domingos de Moraes, 1867-A (metrô Vila Mariana). 549-8621.

 

Festival

O Teatro Paulo Autran, em Santo Amaro, promove no período de 5 a 7 de junho o I Festival de Dança, com as seguintes modalidades: ballet, ballet de repertório, dança contemporânea, jazz, sapateado, caráter. As categorias são juvenil I (8 a 12 anos), juvenil II (11 a 14 anos) e amador (acima de 15 anos). Para mais detalhes ligar ao 523-0099. O Teatro Paulo Autran, que dispõe de excelente estrutura, fica na av. João Dias, 2046.

 

Baile do Glamour

Marca o retorno dos bailes do Dance Club, depois de breve pausa. Virginia Holl sugere indumentária glamourosa. Dia 23 de maio, sábado, 22h. No SPAC - São Paulo Athletic Club, na Visconde de Ouro Preto, 119. Os ingressos podem ser comprados no próprio SPAC, na hora, ou antecipadamente nas escolas Jaime Arôxa, Passos & Compassos, Andrei Udiloff ou Vitor Costa. O fone virtual do Dance Club é 3794-4439.

 

Carioca Club na Copa

O Carioca Club, irmão do Avenida e choperias Continental, está preparando um grande telão e formando torcida uniformizada para acompanhar os jogos da Copa do Mundo. Além de ser uma forma animada de curtir os jogos do Brasil, há uma vantagem adicional: o chope e os petiscos estão ao alcance da mão. Na Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros - 212-3782.

 

Escola Baile abre espaço

O casal Nancy-Domingos inicia novas turmas de dança de salão nos próximos dias, em sala da rua Cipriano Barata 1066, Ipiranga. Eles já trabalham no sistema itinerante, termo cunhado por Stella Aguiar, ministrando aulas no Vila Maria, Cartola Club e outros locais. O método da Escola Baile é totalmente diferente das demais academias. Eles fazem rolar um bailinho e vão passando as instruções ao pessoal de maneira bem informal e descontraída, no estilo de uma brincadeira entre amigos, que faz lembrar as antigas reuniões dançantes. A preocupação da Escola Baile não é formar astros das pistas e sim passar informações que permitam dançar gostoso e sem cobranças, principalmente aos mais enferrujados. Nancy e Domingos não abrem mão da personalidade da Escola Baile e não seguem modelos de ensino inspirados nas grandes academias. 6966-0622 ou 9944-1439.

 

A união faz o baile

Melodia, Nelson & Celso juntam as forças para um daqueles bailes de arrasar, na Casa de Portugal, dia 15 de maio, sexta, ao som da San Francisco. Será o Baile de Gala, das 22 às 4h. Av. Liberdade, 602 (Estac. trevo, no 674, a 5 reais). 296-4898 ou 578-3798.

 

Banda Eva no Carnasampa 98

A quarta edição do Carnasampa 98, a micareta paulista que acontece dias 16 e 17 de maio, na av. Águas Espraiadas, vai contar com a participação da Banda Eva. A iniciativa partiu da união dos empresários das danceterias Phoenix e Cabral, Bazinho Cabral e Luciano Huck, da WCR, produtora responsável pelos shows da banda em São Paulo, mais a rádio Jovem Pan.

Em seis anos, a Banda Eva já lançou quatro discos e acaba de emplacar na marca de dois milhões de cópias vendidas do CD Banda Eva ao Vivo, relembrando os maiores sucessos da carreira da cantora Ivete Sangalo e sua banda, formada por Paulinho Andrade (saxofonista e arranjador), Moisés Gabrielle (baixista), Alexandre Lins (percussão), Rudney Monteiro (guitarra), Toinho Batera (bateria), Marcelo Alves (teclado), Jonga Cunha (diretor ritmico) e Rose e Patrícia (vocalistas).

A previsão é de que 3 mil foliões sigam atrás do trio elétrico. Haverá ainda um carro de apoio com convidados especiais do bloco e imprensa. Os abadás, fantasia adotada pela própria banda, à venda por 150 reais, dá direito ao folião de acompanhar o trio durante os dois dias. Disponível nas lojas Benetton da rua Oscar Freire (Jardins) e dos shoppings Iguatemi, Ibirapuera e Morumbi.

A saída será às 16h, da av. Águas Espraiadas com Eng. Luis Carlos Berrini. 3064-2195 / 3064-5251 / 534-0737 cód. 418.5272.

 

Curso de Country

O Centro de Dança Jaime Arôxa está abrindo inscrições para o curso de Country, em oito aulas, todas as segundas-feiras, às 21:30. A primeira aula será dia 18 de maio, na unidade Campo Belo. 5561-5561.

 

Baile com Tânia Alves

O Centro de Dança Jaime Arôxa promove baile com show de Tânia Alves, que

apresentará músicas do seu novo CD de boleros. Comando de DJ e todos os ritmos. Dia 6 de junho, a partir das 22h, no E.C. Banespa, na av. Santo Amaro, junto ao Borba Gato. O clube tem amplo estacionamento (pago), com acesso via Vereador José Diniz. 5561-5561.

 

Melodia faz homenagens

O Melodia Clube, capitaneado por Miro, vai homenagear empreendedores da dança de salão em seus bailes aos domingos, no Clube Homs, na Avenida Paulista. As homenagens, com entregas de troféus, integram o Projeto Dança de Salão. A agenda ainda estava sendo elaborada ao fechamento desta edição, portanto não constavam todos os nomes, mas já tinham sido confirmados: dia 24/maio Norberto Pulpo Esbrez; Solange Gueiros (Passos & Compassos) e Ricardo Liendo. 31/maio Stella Aguiar; Carla Salvagni (Cooper Ativa) e Wagner. 7/junho Andrei Udiloff; Marcello Palladino (Espaço Cultural Eldorado) e Chico Peltier. 14/junho Milton Saldanha (jornal Dance). Durante pelo menos quatro domingos a animação será da orquestra Tupy, do Rio, que sempre faz grande sucesso em São Paulo.

 

Celso e Kátia em N.York

Celso Vieira, da Escola de Dança Maria Antonieta, acaba de retornar de Nova York e nem desarrumou as malas: em breve estará voltando para ministrar workshops para professores e para alunos da Dance Sport, a maior academia da cidade. Ao visitar a escola, que congrega norte-americanos com grande número de latinos, Celso e Kátia Mingorance, sua parceira, acabaram improvisando uma demonstração de samba de gafieira que deixou todo mundo de boca aberta, porque além do reconhecido talento do casal brasileiro pesa o detalhe de que nos EUA não conhecem, ou mal conhecem, nossos estilos de dança de salão. O sucesso foi tanto que a direção da escola já está acertando com Celso os detalhes dos cursos, que inclui aulas de samba no pé exclusivas para mulheres, a cargo de Kátia. Outro resultado da viagem foi o enriquecimento do acervo de livros, Cds e gravuras da Escola Maria Antonieta. Dentro de dois meses Celso e Kátia estarão seguindo para novas pesquisas e contatos internacionais, visitando Porto Rico e a Costa Rica. Em setembro conduzem grupo da escola e outros interessados em viagem a Buenos Aires, para aulas e curtição de tangos e milongas. O projeto de Celso é não parar tão cedo: quer viajar ao exterior, para pesquisar, a cada dois ou três meses.

 

Harmonização corporal

Harmonização corporal, com técnicas do Do-In, Shiatsu e Bio-energética, é o tema das palestras que Roberto Tressoras faz no Núcleo de Dança Stella Aguiar, dias 6 e 7 de junho. A escola fica em Moema, na av. Jurema, 495 - fone 530-9908.

 

Fátima na TV

Fátima Castellani estreou seu programa sobre danças no Canal Comunitário, por assinatura. Neste primeiro mostrou muita gente, como o Grupo de Dança Glória & Guess, Philip e Andrea, Diná Pery e Paulo Goulart Jr, Grupo Abadá, Carlos Cintra e Simone, Juscelino Ribeiro e Ângela, Taiz e Eliane, Luciano e Renata, Yeda, Fátima, Damáris, Juscelino e Ana Cristina, Carla, Lucimara Lima e Francisco Ramos, Grupo de Zouk, Seleide, entre outros. Incluiu até Agenor, numa homenagem à sua memória, dançando um tango com Glória. O programa vai ao ar aos domingos, das 14:30 às 16h.

 

Quem dança...

A promoção "Quem Dança Alimenta Criança", de Celino Fernandes, no Avenida Club, alcançou bons resultados, segundo ele, que contabilizou mais de mil peças de agasalhos que foram encaminhadas para a favela do Tatuapé. As cestas básicas foram 150, sendo que 21 delas cedidas por uma senhora que pediu para não ser identificada. Tocaram no baile as bandas Koisa Nossa e Zimbawê e diversas academias apresentaram partes dos seus shows.

 

Dárcio no São Paulo

O São Paulo FC contratou o professor Dárcio Barzan para aulas de tango em sua sede social, às quartas, das 21h às 23h. Na estréia compareceram nove casais. Nas segundas, das 21h às 23h, Dárcio continua trabalhando no Espaço Cultural Eldorado, ao lado de Marcello Palladino. Dia 10 de junho ele embarca mais uma vez para Buenos Aires, onde fará aulas no Liceu do Tango e na Galeria do Tango. 6954-1765.

 

No ABC

A parceria do Instituto de Arte Coreográfica, do ABC, com a Escola Maria Antonieta, da Capital, parece que vai indo muito bem, obrigado. Já são cerca de 150 alunos, aos cuidados dos mestres Anderson e Carla, Alexandre e Fátima, mais Emílio e Débora. A escola abre de segunda a sábado e fica na conhecida avenida Portugal, por sinal em ótimas instalações próprias. No Volkswagen Clube são mais 200 alunos, com perspectivas de crescimento.

 

Casa do Sargento

faz concurso

A Casa do Sargento, no Cambuci, coordenada por Hélio Sanchez Tenório, montou vasta e variada programação neste mês de maio, com bailes nas segundas, quartas, sextas e sábados. Um dos destaques é o Concurso de Todos os Ritmos, aberto dia 13, que apesar do nome na verdade prevê seis: bolero, cha cha cha, samba, tango, valsa e mambo. Em cada ritmo só poderão concorrer 12 casais e o concurso será sempre realizado nas quartas-feiras, a partir das 23h, sendo um ritmo para cada quarta. A festa de encerramento, com a premiação dos vencedores, será dia 24 de junho, também quarta, quando serão finalmente abertos os envelopes indicando os campeões de cada ritmo. Todos os casais participantes receberão troféus.

Além de preços especiais, inclusive nos serviços de copa, neste maio a Casa do Sargento está também oferecendo uma permanente para todos os bailes de junho para quem festejar seu aniversário na casa. Na rua Scuveiro, 199 Cambuci, 278-2504 e 278-2689.

  

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Ríssia ganha prêmio

Ríssia ganhou o primeiro lugar no II Concurso Nacional de Dança do Ventre, categoria profissional, no I Mercado Cigano, promovido por Samira Sows Orientais, na Portuguesa, no final de abril. O prêmio foi uma passagem internacional para qualquer rota da Transbrasil, oferecida pelo programa árabe Oriente Express, da rádio FM Imprensa. Ríssia trabalha com dança do ventre há seis anos. Começou com Luluh Sabonge, Shahrazad e Fairuza. 6916-9971, com Rita.

 

Angélica ensina no Eldorado

Há 12 anos dedicando-se à pesquisa da dança oriental árabe, Angélica Rovida retornou recentemente do Líbano, onde foi aprimorar seu estilo, e está coordenando novos cursos de dança do ventre no Espaço Cultural Eldorado, no Shopping Eldorado. Segundo Angélica a dança do ventre auxilia a mulher a conhecer melhor o seu corpo e contribui para o equilibrio espiritual. Ela ensina danças específicas, como a do bastão, espada, castiçal, dos véus e uso de snujs. 813-2454 ou 814-8667.

 

Odaliscas no velho mercado

"No Tempo dos Faraós" é o título do espetáculo com rotinas da dança do ventre que as bailarinas Valéria Guarnieri e Magda de Mariolane apresentam na Casa de Cultura de Santo Amaro, durante o Encontro da Mídia Segmentada, que terá participação do jornal Dance como veículo convidado. O evento será dia 29 de maio, sexta, a partir das 20h. A Casa de Cultura funciona no prédio histórico do antigo mercado de Santo Amaro, na Praça Francisco Ferreira Lopes, 434 - fone 522-8897. Valéria Guarnieri atende pelo 869-9624.

 

Novo vídeo

A bailarina Claudia Cenci, capa desta edição do Dance, acaba de lançar o Volume II do seu vídeo "Dança do Ventre", de aula prática, com participação especial de George Mozayek, que toca o derbak. A aula inclui informações sobre aquecimento básico, movimentos lentos para todas as partes do corpo (ritmo wahde), dança com véu, movimentos dinâmicos para todas as partes do corpo (ritmo balady), toque dos snjus e alongamento final.

George Mozayek, parceiro de Claudia Cenci neste trabalho, nasceu em Alepo, Síria, e veio para o Brasil ainda criança. Autodidata, já gravou dois Cds especializados em solos e músicas para bailarinas. É um dos músicos árabes de maior expressão no Brasil. Interessados em contatos para aulas e shows podem ligar (011) 228-1760.

 

Lúlu Sabonge em vídeo

A Arte da Dança do Ventre, da Coleção Danças Sagradas, com Lúlu Sabongi, é mais uma opção de aprendizado e aperfeiçoamento pelo uso do recurso do vídeo. O trabalho, de 60 minutos, é assim apresentado por seus produtores: "Segundo C.G. Jung, um dos nossos deveres primordiais é reconciliar o civilizado e o primitivo que existem em nós e redescobrir esta intensidade de viver desaparecida que ainda é encontrada nos rituais e nos festivais de dança e de música. A tradição da dança árabe que aceita o corpo, qualquer que seja sua forma e aceita a afirmação da sensualidade da mulher, qualquer que seja a sua idade, permite à mulher revalorizar a imagem que tem de si mesma. Neste vídeo são apresentados, em seis blocos estruturados de forma didática, os movimentos básicos da dança do ventre. A partir deles você poderá improvisar sua própria dança. Você também vai conhecer integralmente três danças características: a dança do bastão, a dança da espada e a dança do castiçal".

A coreografia e apresentação didática é de Lúlu Sabongi, com participação especial de Merit Aton e Soraya Zayad. Trilha sonora de Antoine Layoun (violino), Ismail El Kanderi (daft), Jorge Sabongi (snujs), Joseph Sioufi (derback), Sammy El Khouri (alaúde).

Interessados podem buscar mais detalhes pelos fones (0111) 259-9499 ou fax 228-4027, ou, ainda pelo 571-3295.

 

Dica de Leitura

La Danza Mágica Del Vientre

A bailarina Fadua Chuffi, especializada em danças orientais e flamenco, está distribuindo no Brasil o livro "La Danza Mágica Del Vientre", do professor egípcio Shokry Mohammed. Com 180 páginas, todo ilustrado com fotos e desenhos a cores, o livro traça as origens da popularmente chamada dança do ventre, que Fadua prefere classificar como dança oriental, em árabe, literalmente, "raks sharky".

Shokry Mohammed nasceu em 1951, no Cairo, e começou sua carreira como bailarino do Grupo Infantil de Danças da TV egipcia. Em 70 integrou o Teatro Romeo Labud, de Beirute (Líbano), como bailarino solista do grupo Sabah de Dança Popular. Apresentou-se em diversos países do Mediterrâneo e em 1974 radicou-se na Espanha, trabalhando como bailarino e coreógrafo.

Seu livro, uma das raras obras sobre o tema, com edição em espanhol, resgata as raízes da dança oriental, mostra sua evolução em diferentes épocas, e sua relação com a música, religião, e tradições culturais do povo árabe. O conteúdo da obra é destinado principalmente a bailarinos, mas pode também interessar a pesquisadores e até mesmo a curiosos no tema.

Os interessados em conhecer mais detalhes devem fazer contato com Fadua Chuffi 276-2484 ou telefax 6412-2655 ou Cacilda 255-8731.

 

 


 

Dicas de Leitura

O Brasil do Samba Enredo

Este livro, de autoria de Monique Augras, tem como proposta estudar a história do Brasil sob a perspectiva do imaginário social. A partir desse ponto de vista, o livro mostra como as normas dos desfiles, que começaram em 1932, começam a ser sistematizadas a fim de atender a interesses políticos. A autora faz também um estudo de como os carnavalescos, principalmente após o governo Vargas, são obrigados a incluir temas com finalidades nacionalistas nos sambas-enredo. Edição da Fundação Getúlio Vargas, com 296 páginas, a R$27,00.

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Shop Dance

A Insight Promoções e Eventos está organizando a sexta edição do Shop Dance, ao ar livre, com entrada franca, no Shopping Center Pirituba. Será nos dias 6, 7 e 20 de junho. 3974-9779.

 

Cine Júpiter

É a mais nova casa de danças de São Paulo, com inauguração marcada para 21 de maio. Ocupa o espaço onde antes havia um depósito. Com a reforma ganhou três bares, dois telões, restaurante, ar condicionado, estacionamento com manobristas etc. Sua estrutura inclui ainda palco para shows, luzes computadorizadas, máquina de fumaça, espaço para mostras de arte. O projeto do arquiteto Adriano Mariutti remete aos antigos cinemas, que foi o tema escolhido para a decoração.

Cine Júpiter funciona às quintas, com charm e pagode; sextas, com forró; sábados, abrindo o Cabaret da Lapa. Na inauguração tocam as bandas Topázio e Incentivo. Aos sábados entra a Heartbreakers Orchestra, velha amiga dos freqüentadores do Avenida Club.

Rua Roma, 185 - Lapa. Fica ao lado Olympia. 864-4833.

 

Quinta Super e jantar

A Marca Dida e Haroldo reúne o conjunto Três de Ouro e o Grupo Adam's na sua Quinta Super, no salão do Clube Piratininga, dia 14 de maio. O baile vai das 16h à meia-noite e uma sugestão é jantar no restaurante do clube, com buffet, que passou a ser aberto aos dançarinos, com acesso direto do salão de danças. O preço é ótimo e o cardápio oferece opções leves, adequadas a quem vai dançar logo em seguida. Al. Barros, esquina com av. Angélica. 3105-4685.

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Faça uma viagem de encontro a você

 

Claudia Cenci

 

Estamos prestes a entrar em um novo milênio, os avanços tecnológicos parecem não ter limites, a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, tornou-se independente, mas pergunto: a mulher moderna tem boa relação com seu corpo e sua energia feminina?

Felizmente, hoje em dia, mais caminhos são oferecidos para esse encontro com o seu eu. Um deles, sem dúvida, tem se mostrado muito eficiente na conquista da auto-estima: a dança do ventre.

Desde os primórdios, quando a dança do ventre foi desenvolvida por ciganas e minorias marginais à sociedade, essa dança mostrou ser um grito de rebeldia contra todos os princípios morais que sufocavam a essência feminina. Tal dança foi sempre tão impressionante que a primeira expedição européia para o Egito, em 1798, liderada por Napoleão, marcou o início da Era Orientalista. A partir de então a atenção do Ocidente se voltou para toda magia e exotismo tanto da dança como da cultura do mundo árabe, que influenciaram assim toda a produção artística dos séculos seguintes.

A energia da dança é absolutamente ancestral, daí todo o poder que exerce sobre nós mulheres. Quando nos sintonizamos cm sua vibração cósmica ela é capaz de fascinar as demais pessoas. O maior exemplo do quanto a dança do ventre pode criar uma aura mítica em torno de uma bailarina é o de Mata Hari. Com certeza ela se tornou uma das personalidades de maior expressão deste início de século devido à sua suprema capacidade de realizar essa dança. E isso não significa que sua notoriedade se devia a destreza ou habilidade física. A dança do ventre transcende a técnica. Fala por outros meios. Necessita emoção, auto-estima, libertação. Totalmente enigmática, Mata Hari se dizia descendente de uma dançarina de um templo do distante Oriente. Muito mais para confundir seus críticos, introduziu o "sagrado" em sua performance, dizendo tê-lo aprendido nos recantos do templo de sua mãe. Devido à sua originalidade, sua carreira alcançou bastante sucesso. Porém, com o tempo, esse mesmo sucesso gerou uma série de imitadoras, mais jovens e com idéias mais arrojadas. Ela, que sempre confiou em sua beleza e na novidade de sua performance, deveria estar sempre um passo à frente de suas concorrentes e nisso falhou.

Quando Mata Hari foi fuzilada pelo exército francês, acusada de espionagem em favor dos russos, nenhum familiar surgiu para reclamar seu corpo, que foi então usado para estudos médicos. Apesar do seu trágico fim, a dança do ventre a envolveu como um mito de "femme fatale", que conseguiu tudo, ou quase tudo, o que quis com seu poder feminino.

Descubra você também toda a sua potência. Não importa qual o caminho escolhido, não perca esta viagem de encontro a você. Dance, dance e dance!

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Claudia Cenci, autora desta crônica e capa desta edição do Dance, é jornalista e bailarina profissional. Especializada em ginástica corretiva e dança do ventre, leciona em cinco academias de São Paulo e ministra cursos no interior e em outros Estados.

 

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Cuidados para quem pratica a dança do ventre

 

Postura

Procure encaixar o quadril e projetá-lo à frente uns três centímetros. Trabalhar com o bumbum empinado pode causar danos à região lombar.

 

Cambrées

Antes de curvar o tronco para trás procure fazer um programa de exercícios para o fortalecimento da musculatura dorsal e lombar. Quando realizar esse movimento flexione os joelhos.

 

Flexões de pernas

Ao descer eleveos calcanhares e separe as pernas posicionando uma mais à frente, assim poupará joelhos e tornozelos.

 

Deslocamento lateral de pescoço

Aumente o movimento de maneira gradativa e suave, pois se esse for brusco pode prejudicar a coluna cervical.

 

Ventre

Ao trabalhar a ondulação, termine o movimento com o ventre para dentro, evitando assim a projeção das vísceras, o que levaria à famosa barriguinha. Definitivamente: se a técnica de ondulação for bem realizada a dança do ventre não dá barriga.

 

Snujs

Ao estudar seu toque verifique se não são muito pesados, pois com a repetição dos movimentos podem causar tendinite nos pulsos.

 

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Benefícios da dança do ventre pra a forma do seu corpo

 

* Corrige a postura, conferindo elegância e fazendo "crescer" até três centímetros.

 

* Modela ombros e braços, dando contornos mais definidos.

 

* Ao corrigir a postura, eleva os seios, tornando-os menos caídos.

 

* Fortalece e enrigece o ventre, trazendo as vísceras para dentro, diminuindo a barriga.

 

* Afina a cintura.

 

* Arredonda e endurece quadril e glúteos.

 

* Tonifica e desenvolve pernas, principalmente coxas e pantorrilhas.

 

* Alonga toda a musculatura, deixando a figura mais delgada.

 

* Se a aula mantiver um bom ritmo pode queimar até 300 calorias por hora, o que auxilia na perda ou manutenção do peso.

 

Não esqueça de que para obter todos esses benefícios é necessário manter regularidade na prática dos exercícios e que eles sejam orientados por uma professora competente, que tenha bons conhecimentos na área de trabalho corporal. Lembre-se: dançar é lidar com a saúde do corpo como um todo.

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Fairuza aprendeu no Oriente

A bailarina Fairuza, uma das pioneiras no ramo, desenvolveu um vídeo-aula dividido em blocos didáticos e práticos, para maior e melhor compreensão. Apresenta alongamento, ondulações, batidas, véus, iniciação ao ritmo de solo de derback libanês, que ela aprendeu em países do Oriente Médio. No encerramento da fita pode ser apreciada uma coreografia da dança da espada, estruturada para que a aluna capte a técnica e desenvolva seu próprio estilo. Para obter a fita ligue 577-9717 ou pager 253-4545 cód. 77171, além do fone/fax 577-1942.

 

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Mais informações via Internet

Uma boa maneira de acompanhar e aprender sobre a dança do ventre é pela Internet. Uma sugestão é o site www.geocites.com/SoHo/5398, da bailarina Estrela. Nele você encontra a história da dança do ventre e variadas informações sobre seus benefícios nos aspectos físico e espiritual, um pouco da dança cigana e várias fotos. Há também links diversificados, para facilitar a navegação. Eis alguns deles:

Semiramis & Cia. de Dança do Ventre: professora e dançarina do Rio de Janeiro. Informa mais sobre a dança do ventre e um pouco sobre a tradição dos espetáculos, que têm por objetivo reaproximar o público das emoções primitivas através de símbolos que constituem os cinco elementos da natureza. www.geocites.com/SoHo/5340.

Omar Nabousi: venda de produtos árabes, como vestimentas, bijouteris, vídeos e até roteiros turísticos.

Para informações sobre tradições ciganas, origem e costumes, rituais, músicas e dança avalie:

História da dança oriental - Middle Eastern Dance.

Merit Aton - produtora do CDs e vídeos de dança do ventre.

Academias de dança de salão também podem dar informações sobre dança do ventre, como o Núcleo de Dança Stella Aguiar - www.stella-aguiar.com.br e Strapolos Bar Academia - www.strapolos.com.

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Buana Parque é nova opção para espetáculos

 

A distância de 180 km de São Paulo e o cenário bonito e repousante da Fazenda Barão de Santa Branca, no pequenino municipio de Guareí, são vantagens para quem desejar fugir do agito paulistano e montar um espetáculo totalmente diferenciado, no meio do verde, com tempo para contemplação, espaço a vontade, comida boa, aliada ao atendimento gentil e simples das pessoas da região. Assim que a pousada estiver construída -- um dos muitos projetos da entusiasta proprietária Marlene Porto Wentzler -- este lugar poderá ser uma opção para festivais dançantes, por exemplo, de qualquer gênero, inclusive porque toda estrutura indispensável para isso está sendo prevista.

Estamos falando do Buana Parque, recentemente inaugurado, com a exibição da peça de teatro "Uma visita ao reino de Abdul Amir", com muita ação, guerreiros montados em belos cavalos correndo pelos campos, o castelo guardado por lanceiros, tudo imitando uma super-produção, que incluiu apresentação especial do grupo El Khalili Belly Dance, de Amyra El Khalili. A peça, com texto de Marlene Wentzler, teve direção de Margha Bloes e elenco da Associação Cultural Thespis, de Itapetininga.

Ocupando área de 1.900 hectares, o Buana Parque deixou de ser fazenda de gado e quer assumir uma nova vocação, voltando-se para o lazer cultural e a preservação ecológica. A fazenda é riquíssima em vida selvagem e já existe um criatório de animais como javalis, capivaras, catetos, queixadas. Agora Marlene, idealizadora do Buana Parque, está buscando fontes de financiamento para seus planos, inclusive junto a agentes fomentadores do exterior.

Interessados em conhecer melhor este projeto e inclusive na programação de eventos (por enquanto de um dia) podem conversar com Amyra, pelo (011) 549-6464.

 


Entrevista: Samira

 

"Quem faz dança do ventre é sempre jovem"

 

Carioca, filha de italianos, Teresa Carnicelli, a bailarina Samira, começou seu trabalho com dança do ventre por acaso. Era manequim, desfilava, e certa ocasião improvisou um show num intervalo. O público gostou muito e isso foi suficiente para empurrá-la para frente, "trabalhando com esse tipo de energia", como costuma dizer. 1978 marca o início de sua carreira profissional. Antes já dançava, participava de eventos, shows, mas apenas como amadora. A partir daquele ano Samira dedicou-se integralmente só à dança do ventre, passando a viver dessa atividade. Em São Paulo trabalhou em diversos lugares, como os mais variados buffets, restaurantes, hotéis, clubes. Ficou oito anos no restaurante árabe Bier Maza, na avenida Ibirapuera. Trabalhou também três anos no Zorba o Grego, e três anos no El Chalita. Dançou no início da casa de chá Khan El Khalili. Em São Paulo é quase impossível se achar alguém que faça dança do ventre e não conheça Samira. Sempre batalhando muito, ao lado de sua filha Claudia, a Shalimar na dança do ventre, ela é uma espécie de grande mãe de várias centenas de jovens que já passaram por suas mãos, em busca de formação profissional, semi-profissional ou apenas de sadio hobby. Samira concedeu esta entrevista ao Dance em sua casa, onde ministra seus ensinamentos, em meio a véus, espadas, snujs e muitas outras coisas que constituem o aparato das odaliscas.

 

Dance - Sua dedicação ao trabalho é famosa. Foi sempre assim?

 

Samira - Cheguei a fazer quatro ou cinco shows numa única noite. Saia de um evento e ia para outro. Isso foi anos a fio. Depois começaram as aulas. Então, contando desde o início, perdi a conta dos shows e tive mais de 700 alunas. Trabalhei também fora do Brasil, na Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolivia.

 

Dance - Formou seu grupo?

 

Samira - Sim, temos um grupo e fazemos tournês pelos clubes, hotéis, em lugares como a Pousada do Rio Quente. Corremos o Brasil. Não existe uma cidadezinha do interior de Minas onde eu não tenha passado com minha turma.

 

Dance - E hoje, o que você tem feito?

 

Samira - Dedico-me mais aos grandes eventos. São quatro, anuais: dois mercados persas, o festival das alunas e o Simpósio, iniciado no ano passado, com a Margarete Vidal, pedagoga e psicológa, mais voltado para palestras de dança do ventre, terapêuticas, místicas. Enfim, seria uma parte mais introvertida da dança do ventre. Fora os eventos que faço com minhas alunas e profissionalmente. O mercado Persa é um grande evento, que reúne as mais variadas pessoas, e começamos com os desfiles de roupas de dança do ventre.

 

Dance - Isso é importante?

 

Samira - É porque ajuda muito a aluna e você tem uma base para dizer "puxa, gostaria de me vestir com esta ou aquela cor". Coloquei o palco, a passarela, ao alcance do máximo de alunas e professoras, com a chance de estar ali, tendo ao lado o estilista. Hoje existe uma certa mordomia, que no meu tempo não existia. Antes, uma bailarina, para dançar, tinha que ser bailarina de fato. Hoje qualquer pessoa tem professoras, estilistas, fitas, uma infinidade de coisas que vão ensiná-la a dançar. No passado não havia informação, nenhuma, e você tinha realmente que saber dançar.

 

Dance - Você deve notar mudanças radicais.

 

Samira - Sem dúvida. De dez a quinze anos para cá houve uma evolução muito grande da dança. O problema é que existe gente que faz quatro ou cinco meses e já sai para dar aulas. Veja que existem riscos. Um deles, para dar um exemplo, é o cuidado que se tem que ter com a coluna da aluna. Uma pessoa que não tenha um conhecimento real pode até ferir a aluna. Por isso faço questão de dizer que antes de cinco anos de trabalho ninguém deveria lecionar. Dança do ventre é uma coisa muito séria. Não é sair por aí "ensinando" a fazer oito, círculo etc.

 

Dance - Quem foi sua professora?

 

Samira - Nunca tive. Dancei sempre, desde pequena. Encontrei inclusive duas professoras, que não quiseram dar aulas para mim. Tive que aprender sozinha mesmo. Comecei porque desejava dar aulas para minha filha, que tem sangue árabe. Fui certo dia num shopping e comprei um disco, daqueles antigos long plays. Comecei a dar umas aulas, mas ela não se interessou, porque era ainda adolescente.

 

Dance - Quando começou a dar aulas?

 

Samira - Em 1976. Dava dança do ventre, um pouco de sapateado, outro de flamenco. Inclusive samba, treinando as meninas da escola de samba. Saimos várias vezes em escolas, primeiro na Vai Vai, depois na Rosas de Ouro, na Camisa Verde, Águias de Ouro, Gaviões da Fiel... Saímos em todas, com certeza. Sempre com roupa de dança do ventre.

 

Dance - Como você cuida do seu desenvolvimento profissional? Vai ao exterior, por exemplo?

 

Samira - Muito por livros. Meus compromissos me impedem de viajar. A paixão da minha vida seria ir ao Egito. O problema é que não páro de dar aulas e ainda tenho a responsabilidade dos grandes eventos. Sempre pesquiso, leio, e procuro estar a par de todas as publicações que aparecem.

 

Dance - Como está o movimento da área hoje?

 

Samira - Posso garantir que São Paulo está em primeiro lugar, no Brasil, em termos de dança do ventre. Aqui está o melhor conhecimento, as melhores professoras, os melhores eventos e academias. Mas vale destacar ainda Belo Horizonte, Campinas. O Rio está sempre um pouquinho mais atrás, porque lá eles não se predispõem a fazer um estudo mais sério, como deveria ser.

 

Dance - A que você atribui esse crescimento muito grande da dança do ventre nos últimos anos?

 

Samira - Muitas mulheres exercem um trabalho "masculinizado" e competitivo mesmo ao lado do homem. Isso provoca um aumento da energia masculina, a mulher tem que desempenhar bem suas tarefas nessa competição. Isso levou a uma certa perda daquela característica feminina, que a dança do ventre resgata. É o eu feminino que se redescobre, principalmente quando você coloca um véu nas mãos dessa mulher. Ela vibra, adora. E tem o fascinio e a sedução das próprias roupas, o brilho, o luxo do trabalho. Que mulher não gosta de se vestir bem, com aqueles adereços todos, os barulhinhos, os brincos, os bordados, os véus esvoaçantes? Tudo isso faz com que a mulher assuma uma postura que, na sociedade de hoje, ela simplesmente perdeu. Ou seja, aquela postura mais suave, mais recatada, mais tímida, o que pode parecer uma contradição, porque a bailarina é vibrante, audaciosa, sensual. Só que na rua uma pessoa não pode fazer isso. Dançando ela recupera essa feminilidade.

 

Dance - Não seria também modismo?

 

Samira - Acho que não. Há dez anos não páro, e se bobear até em domingos acabo dando aulas, coisa que não faço. Um modismo não dura dez anos.

 

Dance - Você tem alguma recomendação às iniciantes?

 

Samira - Todas me perguntam: "quanto tempo vou levar até dançar?" Sempre explico que é uma dança muito difícil, trata-se de uma cultura milenar, são passos muito complicados, não são passos simples. E o principal: o corpo precisa se adpatar à dança do ventre. Por isso tenho que trabalhar as articulações da aluna, preciso amolecer essas articulações, pois há diferenças entre quem dança e quem não dança. Os encaixes são diferentes. A bailarina é toda solta, principalmente na parte de bacia, coxo femural... Este é um trabalho que demanda tempo. Outra coisa que aconselho, além de ter paciência, é a ouvir a música árabe. A musicalidade árabe é diferente da nossa, tanto que existe uma escala acima da nossa. O teclado é diferente, tem que vir de lá. Antes de três anos a pessoa nem pode dizer que está dançando. Mas apesar de toda complexidade, é maravilhoso dançar. Essa dança trabalha toda a parte de útero, de ovário, que na mulher tem que se manter bem conservada. Isso permite garantir que uma mulher que faz dança do ventre é sempre jovem.

 

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Noite do Cupido

Aproveitando a proximidade do Dia dos Namorados, a Strapolos Bar Academia fará o Baile do Cupido, dia 10 de junho, quarta-feira. Uma das brincadeiras será a identificação de algum casal que tenha começado a namorar em pleno baile. Ganhará um curso de férias. A escola e casa de danças fica no Alto de Pinheiros. 871-4468.

 

MPB Ática

O Ática Shopping Cultural lança dia 17 de maio, às 19h, a programação Folhetim MPB, que todos os meses vai trazer um pouco da história da música popular brasileira. O primeiro será Pixinguinha, com apresentação de Roberto Lapiccirella e do Grupo Bola Preta. O Shopping fica pertinho do Avenida, na Pedroso de Morais, 858. A entrada é franca.

 

Para sua mala direta

Casas dançantes ou academias que disponham de um bom mailing de freqüentadores podem produzir um cartão postal personalizado, com sua fachada ou imagem interna, por exemplo, ou um sugestivo desenho, e enviar com uma mensagem ou convite. A Editora Mica está colocando estes cartões no mercado e faz todo o trabalho, com muito bom gosto e esmerada técnica, do projeto à finalização gráfica. 3105-5660 ou 3104-4977.

 

Quebra Pedra

A banda Quebra Pedra, que ao contrário do que sugere o nome, toca MPB, jazz e funk está oferecendo seus serviços ao mercado. O grupo é formado por alunos de jornalismo da PUC. Contatos com Paulo Vinicius (523-0785) ou Alexandre Klinke (7396-4417).

 

 


Entrevista com Stephane Massaro e opinião de Jaime Arôxa. Jun/1997

Entrevista com Maria Antonieta . Maio/1997

Entrevista com Júnior, nosso embaixador de tango em Buenos Aires. Abr/1997

Café Piu-Piu, boa música e dança no Bixiga há quatorze anos. Abr/1997

AVENIDA CLUB, os segredos do sucesso, quando completa dez anos, em Pinheiros, de cara nova. Abr/1997

Edição 37 do Dance. Abril, 1998

Edição 36 do Dance. Março, 1998

Edição 35 do Dance. Fevereiro, 1998

Edição 34 do Dance. Janeiro, 1998

Edição 29 do Dance. Agosto, 1997

Edição 27 do Dance. Junho, 1997