Jornal Dance www.jornaldance.com.br Desde 1994, o 1o jornal de dança de salão do Brasil em circulação.
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     São Paulo -
Jornal Dance 36
Março, 1998. n.36

Editorial

Milton Saldanha

A responsabilidade do jurado em concurso de dança

Com alguma frequência, nestes recentes anos, recusamos convites para participar como jurados em concursos de dança de salão. Esses convites são sempre simpáticos, tomados como uma deferência ao nosso trabalho, e aceitá-los poderia ser útil ao marketing do jornal e até um afago ao ego. Contudo, achamos que na condição de jornalista nossa tarefa é informar e não julgar. "Mas o jornal emite opiniões", dirá o leitor. Correto, só que é diferente. Aqui qualquer conceituação é de nossa responsabilidade exclusiva, não extraída de uma votação, cujo resultado pode não corresponder ao que pensamos. Além disso, Dance não faz crítica, no sentido analítico amplo da palavra, apenas eventuais comentários leves, reconhecendo talentos notórios, para intencionalmente promover a dança, sem prejuízo da objetividade da notícia. O texto não representa consenso, embora possa gerá-lo, nem é imune a equívocos. Qualquer leitor tem o direito de discordar. Se escrever ao jornal terá sua carta publicada, parcial ou integralmente, dependendo da extensão, e com os devidos ajustes técnicos. A opinião do leitor só será ignorada se a carta estiver embalada num texto grosseiro e agressivo, incompatível com nossa linha. Num concurso de dança não existe nada disso. O juri é soberano e suas decisões irrecorríveis. Mesmo quando erra.

Participar de um corpo de jurados muda tudo, portanto. Significa implícita aceitação de uma decisão coletiva, da maioria dos parceiros. Conforme o acordo, se não for por voto aberto, cumpre resguardar o sigilo que a ética recomenda, mesmo que nossa escolha tenha sido derrotada. Ao acatar o resultado, que é o que se espera de um jurado sério, ele perde o direito de criticar o que foi decidido, pois no mínimo isso seria uma atitude antipática, arrogante e principalmente desrespeitosa aos demais. É o preço, e o risco, de aceitar a função.

Sob estes aspectos, ser jurado num evento de repercussão profissional para dançarinos ou bailarinos é incompatível com o trabalho de repórter, cuja atividade deve ser tanto quanto possível impessoal, isenta e livre de qualquer compromisso, formal ou informal. Num evento descontraído, mais para a brincadeira, tipo miss simpatia ou rainha de um baile, é totalmente diferente. Aí aceitamos a incumbência, como já ocorreu, porque não há carreiras profissionais em jogo.

Julgar é sinônimo de comprometimento, com sérios e variados riscos, sendo o principal deles o da injustiça, mesmo que involuntária. Quem se mete nisso deve também estar atento aos jogos e pressões, veladas ou explícitas, de interesses comerciais e de estrelas que se julgam imbatíveis e credoras naturais da melhor classificação. O pior de tudo é quando alguém, ainda que sem qualquer base e sem provas, resolve colocar a honestidade dos jurados sob suspeição, sugerindo ou até mesmo afirmando categoricamente que as cartas estavam marcadas. Situações assim tornam-se insuportáveis, gerando desgastes de conseqüências inestimáveis. É por todas estas razões que o jornal Dance jamais promoveu, nem planeja, qualquer tipo de competição dançante. Se vier a mudar essa postura, no futuro, não serão poucas nem irrelevantes suas condições, a começar por um corpo de jurados absolutamente isento, de fora da região, de preferência do exterior.

Os dançarinos de maior projeção deveriam também ser mais cuidados com a própria imagem, recusando-se a participar de concursos que misturam avançados com iniciantes; sem pré-seleção; sem regras de circulação na pista que valham pontos; sem espaço e iluminação adequada; sem um corpo de jurados qualificado e previamente orientado, que se reúna para cotejar aferições, decidindo por pesos, justificados, sabendo que critérios cada um representa. Os ganhos ao vencer um concurso ruim são mínimos, senão nulos, porque falta credibilidade ao evento. O pior é que nesses casos os derrotados são mais comentados do que os vitoriosos. O estrago é imenso. Queima o dançarino, geralmente quem não merecia isso.

Na verdade não somos favoráveis a concursos -- sobretudo porque não existem regulamentos e critérios pré-estabelecidos, aceitos por todos. O julgamento fica por conta exclusivamente de critérios pessoais, sem base técnica de consenso. Se nos esportes, com régras claras e múltiplas, que todos conhecem, os juízes falham, porque são humanos, o que esperar de um julgamento sem qualquer regulamento, onde só vale o arbítrio pessoal e indevasável? Que mistérios, provindos do íntimo, podem conduzir uma decisão em que só pesam sentimento e noções estéticas (que podem ser questionáveis) de alguém em dado momento elevado à condição de sábio da dança? Ou existe jurado, seja do que for, que não faça pose de rei do conhecimento? E mais: como julgar dança, uma atividade que envolve sutilezas e imensuráveis aspectos, inclusive subjetivos?

"Ah, eu conheço", responderá nosso todo poderoso jurado, em dado momento pretenso senhor dos destinos da carreira alheia. Mas conhece o que? Onde está escrito que o melhor é assim e não assado? Quando um jogo de basquete termina em 100 a 99 pode-se afirmar que há um vencedor, não um time melhor, se prevalecer o bom-senso. Em dança, com competidores do mesmo padrão, a situação pode ser a mesma. Nesse caso, sem a ajuda de evidências como a cesta e a bola, quem nos garante que o ponto decisivo levou a medalha de ouro realmente ao peito merecido?

 

(NR: A expressão deste ponto de vista não representa nenhum prejuízo à cobertura normal dos concursos de dança. Dance opina, mas não priva seus leitores do direito à informação).

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Vá com o mestre brasileiro ver de perto os mestres argentinos

 

Excursão do Centro de Dança Jaime Arôxa a Buenos Aires

Apoio e participação: jornal Dance

 

Um pacote completo (aéreo e terrestre), com tudo incluído. Você só gasta mais se quiser.

 

Para quem quer aprender, aperfeiçoar, ou simplesmente ver e curtir, em companhia dos melhores dançarinos brasileiros e argentinos.

 

Saída: 10 de abril, sexta-feira.

Retorno: 13 de abril, segunda-feira.

 

Para detalhes e reservas: (011) 5561-5561 ou diretamente na Av. Vereador José Diniz, 4.014 - Campo Belo.

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Centro de Dança Jaime Arôxa

INFORMA

* Curso de Gafieira Intermediário - Sábados - 16:30h

Professores Marcelo e Karina

R$ 35,00/mês

 

* Tango em Buenos Aires - Saída 10/04

4 dias - aulas - shows - passeios

 

* Dia 28/3 baile do Centro de Dança Jaime Arôxa no aniversário do E.C. Banespa.

 

Informações e reservas 5561-5561

 

"Ter razão ou ser feliz? Eis o dilema da vida. Na nossa dança você consegue ser feliz usando a razão. Dê o primeiro passo... Venha nos visitar"

 

Av. Ver. José Diniz, 4014 Campo Belo F. 5561-5561

R. João Ramalho, 295 Perdizes F. 263-7369

 

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Escola de Dança Norberto "Pulpo"Esbrez

 

Tango

Dança de Salão (com o professor carioca Renato Assis)

Novas turmas sextas, sábados e domingos

 

Consulte-nos sobre Audição para Bolsistas e Curso para Professores

 

Rua Maranhão, 752 - Higienópolis - Tel/Fax (011) 257-0206

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BOLERO BÁSICO, INTERMEDIÁRIO E AVANÇADO

Com Marcello Moragas e Danielle Aguiar,

os professores da Companhia Carlinhos de Jesus que estão revolucionando o bolero carioca.

Dias 28 e 29 de março. Vários horários.

R$ 45,00, com direito ao baile dia 27 de março, onde o casal se apresentará.

 

 

LINDY HOP BÁSICO E INTERMEDIÁRIO,

SOLTINHO AVANÇADO

E TANGO

Com Jomar Mesquista e Juliana Macedo,

a sensação mineira que está strapolando em São Paulo!

Dias 25 e 26 de abril. Vários horários.

R$ 40,00, com direito a uma cortesia para bailes da Strapolos.

 

Cursos regulares de gafieira, pagode, zouk, soltinho, capoeira, free dance, flamenco e danças de salão para crianças e adultos.

 

Aulas de segunda a segunda

Alto de Pinheiros, Vila Mariana, Campo Belo e Barueri

 

Bailes em todos finais de semana

 

Sede: rua Pereira Leite, 70 - (011) 3871-4468

www.strapolos.com

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Aprenda Tango em Buenos Aires

 

Imagine ter aulas com Graciela Gonzales, Osvaldo Zotto, Esther e Mingo Pugliesi. Ir a lugares como Café Tortoni ou Confiteria Ideal e bailar em várias milongas portenhas.

 

Informe-se, vagas limitadas!

 

Coordenação: Vitor Costa - tel. 261-0314

Operadora de Turismo: Celebretion Tours - tel. 820-6839

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Palco

Escola de Artes

Tel. (011) 280-6354

31 DE MARÇO AULA ABERTA DE DANÇA DE SALÃO

Baby / Ballet Clássico / Jazz / Flamenco / Dança do Ventre / Teatro / Piano

R. da Consolação, 2685 (Próx. Al. Santos)

 

 

DANÇA DO VENTRE

Curso individual ou pequeno grupo. Curso rápido e eficaz. Roupas e bijuterias para dança do ventre e cigana. Cristina Barakat - (011) 572-5876. Rua Bagé, 20 apto. 32 - Metrô Ana Rosa - Vila Mariana.

 

Studio Aldeia da Dança

Promoção de aniversário! Matricule-se já para qualquer curso de dança ou terapias orientais e ganhe seu mapa astral!!! Faça parte desta Aldeia.

Rua Dr. Bacelar, 178 - Vila Clementino - Metrô Santa Cruz - Tel. (011) 570-8840.

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Compasso do Leitor

Melhorar os bailes

Desde já, espero ser bem entendida, pois quero apenas contribuir para a melhoria dos bailes. Através da minha observação, e ouvindo a opinião de diversos alunos, cheguei a algumas conclusões que ajudam a entender a falta de mais pessoas de academias nos bailes. Sobre as orquestras: tudo bem, elas são ótimas, as músicas muito boas. Mas precisam tocar mais para os alunos das academias e professores, e não apenas para o público em geral. Seria ideal variar entre músicas lentas, médias e rápidas. Os alunos em fase inicial não podem dançar rápido. É importante variar os ritmos e respeitar a estrutura e originalidade de cada um.

Ao terminar uma música deveria haver espaço de alguns segundos para despedidas entre os parceiros. Nesse sistema, em que emendam tudo, fica dificil pedir licença de uma forma gentil. Enfim, se os músicos estivessem abertos a escutar e aceitar sugestões de professores e alunos de dança de salão acho que poderíamos ter bailes melhores e mais agradáveis. O sucesso decorrente favorecia os organizadores dos bailes, as próprias orquestras, e levaria ao crescimento da dança de salão. Hoje um problema sério é que os alunos fazem aulas, aprendem a dançar bem, e não encontram motivação para ir a determinados bailes. Isso explica uma tendência forte à organização de bailes pelas próprias escolas, em suas sedes ou em salões alugados. Pesa nisso o fato de que assim podem escolher a trilha sonora. Será que terá que ser sempre assim? Será que não podemos melhorar? Por favor, pensem sobre isto.

Outras observações: num salão de baile é importante que o piso seja adequado e não escorregadio demais; que os casais girem o salão, no sentido anti-horário; que cada um respeito o próximo, não procurando trombar com os demais casais; que exista lugar para sentar.

 

Karina Sabah

Professora do Centro de Dança Jaime Arôxa

São Paulo - SP.

 

Yóga & Dança

Embora Dance esteja em seu quinto ano, só agora recebi um exemplar. A matéria que mais me chamou a atenção foi o Editorial - "O aluno é o único juiz". Pretendo tirar xerox e passar para meus alunos. Que, por sua vez, também irão passar para os seus alunos. Não acredito em coincidências, mas ao longo de vários anos venho falando a mesma coisa que ali está escrito. Tudo aquilo é muito lúcido, muito real, muito verdadeiro. É uma situação dura e difícil, contra a qual os bons profissionais, os sérios e honestos, ficam lutando. Ocorre também, por outro lado, que há pessoas que procuram um curso e só se interessam pela mensalidade. O quanto custa. São estes que contribuem diretamente para que ocorra o que lá está escrito. Aliás, nem interessa a eles saber sobre a seriedade de um profissional ou de uma escola. Saber sobre a estrutura de um curso. Quem o está administrando. Qual o currículo ou qual o histórico do profissional. Só lhes interessa aquele precinho estranho, baratinho, baratinho... Pouco importa a qualidade do ambiente ou dos seus banheiros. Ou como é a sala de aulas.

Sou professor nos últimos 28 anos e formo professores ao longo dos últimos 20 anos. Já dei aulas na maior parte dos países conhecidos no Ocidente e no Oriente. Lamento muito que as coisas por aqui aconteçam sempre desta forma. Mas acredito que algo novo já esteja acontecendo, mudando. Espero que muitos outros profissionais escrevam e apoiem o Dance. Se é que vão ter a coragem de fazer isso sem medo de expor suas opiniões honestamente. Ou sem medo de afetar seus estrelismos. Ou, o que é pior, de perder algum aluno. Pois, só tem esse medo quem não tem competência.

Aproveito para informar que temos dentro da escola um grupo muito forte ensaiando uma coreografia de dança exclusiva com movimentos de Yóga, para apresentações públicas. O nome deste grupo é Mahabharata Yoga Dance e o trabalho já vem sendo estruturado desde o ano passado e é inédito no país. Existe o Grupo BodhiSatwa Dance Company de Yóga, nos Estados Unidos, dirigido pela dançarina e professora de Yóga Mara Carrico, mas a proposta deles é totalmente diferente da nossa. Trabalhamos diretamente com o lado étnico da dança oriental e o resultado é algo profundamente feliz, leve, solto, com muito ritmo, harmonia e melodia. Sou amigo da Mara Carrico, morei na mesma casa que ela na Califórnia (EUA), demos aulas juntos lá e foi ela quem preparou o visual e a coreografia para o último clip da Madona, que aliás é também algo muito especial.

 

Claudio Duarte

Presidente do Congresso Mundial de Yóga e fundador do Curso para Formação de Professores de Yóga; Unicid - Universidade Cidade de São Paulo - 6941-3499 R. 209/215.

São Paulo - SP.

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Audições da Strapolos

A Strapolos Bar Academia, de Roberto Mendoza, promoverá audições para formação do grupo profissional de danças Strapolos e para bolsistas, dia 5 de abril, domingo. Podem se habilitar homens e mulheres. Os candidatos ao grupo profissional devem ser de nivel avançado. Já a audição para bolsistas será dividida em duas categorias, para leigos e iniciados. As inscrições poderão ser feitas de 23 de março a 2 de abril. A escola fica na rua Pereira Leite, 70 - Alto de Pinheiros - fone 3871-4468.

 

Audição de Norberto

Norberto "Pulpo"Esbrez está chamando para audição de seleção de bolsistas em sua escola de danças, dia 29 de março, domingo, às 18h. São dez vagas, só para homens. Os bolsistas serão preparados para o quadro de futuros professores da escola. 259-8131.

 

Antonieta volta a S. André

A Escola Maria Antonieta restabeleceu sua parceria com o Instituto de Artes Coreográficas, de Santo André, localizado em ponto nobre da cidade, a famosa Avenida Portugal. A administração continua nas mãos do casal Rogério-Maria Helena, enquanto Celso Vieira responde pela direção artística. O baile temático Anos 60, dia 28 de março, sábado, a partir das 22:30, vai marcar a retomada do esquema. O curioso é que a Escola Maria Antonieta e o Centro Jaime Arôxa se revezaram em parcerias com o Instituto. Um triângulo amoroso, com divórcios. 454-9866.

 

Fabinho assume escola

Fabinho, com sua esposa e parceira, a bailarina Madalena, desligou-se do Instituto de Artes Coreográficas e está assumindo a direção, como sócio, da nova unidade do Centro de Dança Jaime Arôxa, em Santo André. A casa tem até piscina, que poderá ser usada pelos alunos. No próximo Dance serão mostrados todos os detalhes do novo projeto.

 

Aldeia forma grupo de flamenco

O Studio Aldeia da Dança, na Vila Clementino / Vila Mariana, fará audição dia 4 de abril, a partir das 10h, para seleção de bailarinos (eles e elas) que integrarão sua Companhia Experimental de Flamenco, na categoria amador. Haverá duas categorias, adulto e infantil, esta última para crianças de 8 a 12 anos. Os candidatos terão que ter noções de flamenco. O prazo para inscrições é até 3 de abril e no dia da audição os candidatos terão que chegar no mínimo com meia hora de antecedência. Rua Dr. Bacelar, 178 - Metrô Santa Cruz. 570-8840.

 

La China ensinará flamenco no Raies

La China, uma das celebridades do flamenco, que já ministrou cursos em vários países, principalmente no Japão e Argentina, vem ao Brasil para dar aulas no Raies Dança Teatro, de 4 a 16 de maio. Os cursos, direcionados para estudantes e profissionais da dança flamenca, darão ênfase para técnica de sapateado, ritmo e coreografia. Haverá turmas pela manhã e à noite, em níveis avançado e intermediário.

Olga Maria Marcioni, conhecida como La China, nasceu em Buenos Aires, onde ainda pequena iniciou estudos de ballet clássico e arte flamenca. Aos 15 anos passou a dançar no Ballet Teatro Avenida, em Buenos Aires, e logo em seguida trabalhou com Manuel Benitez Carrasco. Mais tarde formou seu próprio grupo, Los Cortijeros, com o qual fez uma turnê pela América. Em 74 inaugurou Los Tarantos, tablado flamenco na Venezuela. La China trabalhou ainda em tablados de grande importância para a arte flamenca, como Los Gallos (Sevilla), Las Brujas e Torres Bermejas (Madri). Em

93 esteve em Paris, no Theatre Du Musée Grevin, onde se consagrou com sua personalidade e carisma.

O Raies Dança Teatro, recentemente inaugurado, fica na rua Capote Valente, 109. Fone 280-7952.

 

Lindy Hop voltará

Jomar Mesquita e Juliana Macedo retornam a São Paulo dia 4 de abril para novos workshops de Lindy Hop no Espaço de Dança Andrei Udiloff e na Strapolos Bar Academia. Não é parceria, os cursos são separados. Uma escola fica na Vila Madalena e a outra no Alto de Pinheiros.

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O cidadão internacional Chico Peltier

Ele está com um pé no Brasil e outro no exterior, com muitos planos e a energia de sempre. E anuncia uma grande novidade: um curso de Ballroom Dance, em abril, com quick step, para dançarinos brasileiros de alto padrão. Falando ao Dance, abriu o jogo com afirmações polêmicas, como esta: "o campeonato mundial é fechado para os ingleses e não tem jeito. É super manipulado".

 

Chico Peltier acaba de retornar do Japão e Estados Unidos, depois de uma temporada iniciada no final de outubro do ano passado. Naqueles países praticamente carimbou seu passaporte como cidadão internacional da dança de salão, acentuando principalmente seu interesse pelo Ballroom Dance, a modalidade mundial de competição que no mínimo desperta a curiosidade dos brasileiros e que, mesmo sem ainda ter chegado por aqui, já andou despertando (através do jornal Dance) polêmicas apimentadas.

Para satisfazer essa curiosidade e ao mesmo tempo tentar vencer resistências, Chico vai iniciar um curso especial de Ballroom, em abril , acreditando que terá poucos alunos e que serão quase todos professores, intuindo que os melhores do ramo costumam se manter atentos e interessados em tudo que seja novo, pelo menos no Brasil.

Chico Peltier, titular da SpaçoArt, academia instalada no Itaim Bibi, iniciado pelas mãos da célebre Madame Poças Leitão, há muitos anos é um nome conhecido na área da dança, desde os tempos em que dividia casa e trabalho com sua ex-mulher, Carla Salvagni (hoje dona da CooperAtiva), na então famosa escola Carla e Chico, freqüentada pelos habitantes dos Jardins. Já naqueles tempos nutria paixão pelas viagens e iniciou contatos importantes em vários países, além de ter participado de muitos eventos, onde colheu com Carla reconhecimento e aplausos calorosos.

De temperamento polêmico, questionador, inquieto, Chico é o que se pode classificar como um profissional sério e batalhador, que trabalha muito, tem curiosidade intelectual, busca seu desenvolvimento e canaliza recursos financeiros para intensa pesquisa de dança internacional. Por exemplo, é dono de um dos melhores acervos no Brasil de vídeos, livros e Cds sobre dança de salão, pois em suas viagens arrebanha tudo o que vê.

 

Trabalho duro no Japão

A SpaçoArt já há algum tempo tornou-se escola-irmã da Universal Dance Academy, de Yuko Harada, de Yokohama, no Japão. É uma das duas escolas do Harada Dance Club, com dois grupos de shows e atividades - um especializado em ritmos latinos e americanos e outro em tango argentino. Chico participou do primeiro, que tem o curioso nome de Red Wood Trees (árvores da madeira vermelha). O outro se chama La Cadência. Deu aulas de estilo brasileiro (o que sempre faz sucesso lá fora) e latinos, e fez coreografias. E encantou-se com a seriedade do trabalho dos japoneses, que incluem nestas escolas inclusive matérias paralelas, como percussão e até espanhol básico, que ajudam na assimilação da cultura e da proposta latina. Outro exemplo do alto padrão da escola são os cursos que promove, com grandes nomes do cenário internacional, como o próprio Juan Carlos Copes, do tango argentino, que ficou por lá alguns meses, deu cursos, deixou vídeos gravados.

Chico viajou por conta desse convênio com a Universal, mas custeou as próprias despesas com suas aulas aos japoneses. "Fiz várias coisas - conta - mas todo o tempo o meu interesse principal esteve concentrado no Ballroom Dance. O trabalho foi duro, das 10 da manhã às 10 da noite, às vezes até mais. E de vez em quando ia a Tókyo, 40 minutos de trem, assistir aos ensaios do Gardenia Circle, um grupo onde treinam dançarinos profissionais voltados para competições. Todas as quartas e sextas tinha um treino especial e intensivo, de duas horas, com a Toshimi, a parceira que a Yuko Harada convidou para dançar comigo na festa de fim de ano. Preparamos uma apresentação de valsa. Tivemos ainda ensaios do grupo de tango argentino La Cadência, três noites por semana. Participei de duas coreográfias com minha outra parceira, a Nakajima, e fizemos um show na Candelária, casa argentina em Tókyo".

Aos domingos, finalmente, descansava? "Negativo", responde Chico: "às 10 horas começava a aula de percussão latina para o grupo da Red Wood Trees e depois do almoço a aula de dança latina, seguida da minha classe de samba brasileiro". Quando, afinal, descansava e passeava? "Quando a gente saia na noite, para comer, beber, cantar e... dançar" (Risos).

Só para ingleses

Chico Peltier afirma que a introdução do Ballroom Dance nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, ao contrário do que muitos dizem, e a grande imprensa noticiou, não está ainda concretamente definida. As associações de dança internacional estão desunidas, brigando, com isso perdem força política e tornam as possibilidades ainda mais remotas. E abre o jogo, sem meias palavras, sobre uma questão: "o campeonato mundial, na categoria principal, é fechado para os ingleses. Isso não tem jeito. O Tanaka, por exemplo, o principal competidor japonês, teve que se separar da sua esposa, para dançar com uma inglesa e competir. Há outros casos iguais, de pessoas buscando compor casais mistos para competir, tentando ganhar o campeonato, que é super manipulado". Chico explica que existem vários outros campeonatos, de níveis inferiores, onde há possibilidades para outras pessoas ganharem. Os americanos, segundo ele, chegam a ponto de ironizar, não chamando de dança internacional e sim de "dança inglesa". "Nem a valsa - diz Chico - que seria a valsa vienense, ali do lado deles, eles não aceitam. Tem que ser a valsa inglesa. Isso para não falar no samba, que nada tem a ver com o samba do Brasil, não está nem nos limites".

"Os brasileiros - ressalta - pensam que vão chegar lá, influenciar, mudar regulamentos e ganhar tudo. É uma tola ilusão. O campeonato existe há cem anos e nem os europeus conseguiram isso".

Por, que então, investir nisso? Chico explica: "porque na realidade a competição acontece de quatro em quatro anos, em nivel de Olimpídada, mas na realidade há campeonatos todos os anos, de nivel internacional, muito interessantes, com muito dinheiro envolvido. E, mais do que isso, a técnica que se desenvolve no patamar da dança internacional é excelente. Não existe nada comparável. Seria como do balé clássico para a dança de salão. A estrutura, a organização, toda a forma de treinamento de professores e dançarinos é incrível".

 

 

Serviço

SpaçoArt Chico Peltier

Rua Renato Paes de Barros, 34 Cep. 04530-000

Itaim Bibi - São Paulo/SP.

Tel/Fax 881-0112

 

 


Leveza do Ser

 

Fernando Di Mathus e Marinês Nery (847-1537) ministram oficinas de dança de salão, a partir de março, na Casa de Cultura da Freguesia do Ó (876-7266), Casa de Cultura de Santo Amaro (522-8897) e Acervo da Memória e do Viver Afro-Brasileiro (578-2421). Todas são gratuitas, mas é obrigatória inscrição prévia. Fernando, homem de teatro, é formado pela Passos & Compassos e Carlos & Silvia Danças. Marinês, manequim e ginasta, é formada em ballet e jazz pela Escola de Dança Ismael Guizer.

 

Glória & Guess, academia da Zona Leste, instalada na rua da Mooca, mudou a data do seu baile de aniversário, que seria dia 28 de março. A nova data não estava definida ao fechamento desta edição. 608-4832.

 

Espaço Andrei Udiloff anuncia para o próximo trimestre cursos específicos de gafieira, bolero, soltinho e forró, além de dança de salão básico 1, básico 2 e intermediário. Dia 28 de março, às 21:30, promove baile à fantasia, em sua sede. Dia 25 de abril baile sem tema. Na Vila Madalena. 813-6196.

 

Egberto Gismonti, instrumentista e compositor, faz espetáculos musicais no Instituto Itaú Cultural, integrados ao evento multidisciplinar Viagens. Dias 13 a 15 e 20 a 22 de março. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados a partir das 10h do dia do espetáculo. Av. Paulista, 149. 238-1720.

 

Mônica Fontes, da Palco Escola de Artes, nos Jardins, está montando um programa de diversificação da sua escola de danças. Fica na Consolação, 2685. Fone 280-6354.

 

Palace recebe George Benson, com o melhor do jazz novaiorquino, de 17 a 19 de março. Ed Motta, em "Manual prático para festas, bailes e afins", pop nacional, dias 27 e 28. David Byrne, um dos maiores nomes da world music, ex-integrante dos Talking Heds, em única apresentação em São Paulo, dia 31 de março. 531-4900.

 

Mineirão, choperia e restaurante, em São Bernardo, dirigida por Clóvis Della Negra Caruso, está incrementando a dança de salão, com música ao vivo e inclusive aulas de cortesia para os clientes, com Ana Paula, às quartas. Os dias para dançar são de quarta a domingo, das 19h às 21h. Aos sábados geralmente tem feijoada com pagode. Av. Maria Servidei Demarchi, 1897 - fone 4396-2467.

 

Grupo Afro Brasil Dance se apresenta no projeto Arte nas Ruas, da Secretaria Municipal de Cultura. As datas (de março) e locais são: dia 23 Praça D. José Gaspar (Centro); dia 25 Praça da Liberdade; dia 30 Praça da República. O projeto atende pelo 253-2331, ramais 285/287.

 

Projeto Dançar. Desde 1996 a Escola Municipal de Bailado vem desenvolvendo o Projeto Dançar, dirigido à pessoas dos 15 aos 35 anos, mais cursos para mães de alunos. Tem cursos de técnicas em pontas, nomenclatura, técnica clássica para bateria e adágios, para saltos e giros, alongamento, condicionamento físico e postura, expressão corporal, inciação ao balé, dança folclórica para iniciantes etc. Nos baixos do Viaduto do Chá, s/n. 239-5336.

 

Ivaldo Bertazzo está na lista dos indicados ao Prêmio Multicultural Estadão 98, na categoria Criadores. Sua contribuição para o desenvolvimento da dança no Brasil foi, e continua sendo, simplesmente notável.

 

Vitor Costa promove baile de tangos e boleros, dia 20 de março, em sua escola, nas Perdizes. Das 21h às 2h. Aberto a todos os apreciadores. R. João Ramalho, 295-A. 263-1101 ou 263-7369.

 

Celso Vieira reativa o esquema de funcionamento de segunda a segunda da Escola Maria Antonieta, a partir do dia 22 de março. Dia 20 voltam as práticas dançantes das sextas, para alunos e convidados, com a opção do Videokê, em sala separada, das 21:30 às 23:30. 272-3948 ou 6915-8780.

 

Twyla Tharp, norte-americana, uma das mais importantes coreógrafas da atualidade, que iniciou sua carreira aos 23 anos, em 1965, estará com seu grupo no Brasil a partir de 10 de novembro. A turnê brasileira vai começar por Salvador, passar por Curitiba e São Paulo, e terminar no Rio. Não serão mais que três dias em cada cidade e quem perder a chance de conhecer as criações de Twyla com certeza terá do que se arrepender, caso pretenda conhecer algo de dança.

 

Norberto Esbrez informa que vai abrir sua segunda academia de dança de salão, com ênfase no tango, em São Paulo. Está procurando uma casa adequada. 257-0206.

 

Virginia Holl estreou a promoção bimestral do Dance Club, em parceria com o Clube Piratininga, aos sábados.

 

Jaime Arôxa ministrou palestra na unidade Jardins, de Cecília Terra, para um público seleto. Mesclando explicações com demonstrações práticas, conseguiu prender a atenção do pessoal durante duas horas, o que não é fácil.

 

Cecília Terra convidando para o baile do Centro de Dança Jaime Arôxa Jardins, dia 20 de março, das 22h às 3h, a R$ 5,00. 852-9445 ou 852-2982.

 

Adriana Cavalheiro retornou de longa temporada a bordo do navio Costa Alegra, onde participou de shows e deu aulas, e está de volta ao mercado de dança de salão. 883-2132 ou 99067479.

 

ABC vai ferver com os investimentos na região do Centro Jaime Arôxa, Escola Maria Antonieta e Instituto de Artes Coreográficas. Certamente as academias já estabelecidas e bem consolidadas buscarão respostas com novidades. Uma vez agregadas aos bons clubes e espaços dançantes que existem no ABC, a dança de salão poderá viver um grande boom nesta área, atraindo também gente da Capital.

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Paulo & Sandra agora cantam

Os dançarinos Paulo & Sandra, que se mudaram de Fortaleza para São Paulo há dois anos, e que se apresentaram por todo o Brasil com Beto Barbosa e a banda Mastruz com Leite, agora estão agregando à sua carreira as atividades de compositores e cantores de forró. O CD experimental já ficou pronto, com duas músicas, muito animadas, ótimas para dançar. Leva o título de "Vem Comigo Chamegar".

O casal vem fazendo uma carreira movimentada. Além dos trabalhos no Brasil, estiveram em Portugal e na Espanha, com um grupo de danças. Na TV, já se apresentaram no Jô Onze e Meia (SBT), Xuxa (Globo), Domingo Legal (SBT), Bem Brasil (Cultura), Raul Gil (Manchete), Especial Sertanejo (Record), Ana Maria Braga (Record), Mara (Record) e Mulheres (Gazeta/CNT). Foram também jurados, por dois meses, no concurso de forró do programa Quem Sabe Sábado, da Record.

De maio a julho Paulo e Sandra estarão fazendo uma turnê pelo Nordeste. Antes disso farão shows no Forró da Galinha (21/3), Forró da Batata (27/3), Bezerrão (11/4), Sandália Clube (13/4), Juazeiro (25/4) e Center Danças (25/4). Para contatos/recados: (011) 253-4545 Código 69-186.

 

Júnior volta

O brasileiro Júnior, um dos mais renomados dançarinos de tango da atualidade, assistente de Juan Carlos Copes, em Buenos Aires, volta a São Paulo para mais um workshop organizado pelo Dance Club, de Virginia Holl, dias 28 e 31 de março. Haverá turmas de iniciantes, iniciantes II e iniciados, na Colméia, Jardins, e na rua Maranhão, Higienópolis, ao preço de R$ 50,00 por pessoa. Ele dará também aulas particulares no Espaço de Dança Andrei Udiloff, na Vila Madalena, e no Espaço Vitor Costa, Perdizes. 3794-4439 (Dance Club); 261-0314 (Vitor Costa); 813-6196 (Andrei Udiloff).

 

Bolsistas já atuam na Antonieta

Os bolsistas selecionados em audição da Escola Maria Antonieta, uma equipe de 40 pessoas, moços e moças, já estão circulando pela escola com as camisetas especiais que os identificam entre os demais alunos. Os bolsistas têm livre acesso a todos os cursos, aprendem muito, e ajudam a suprir as necessidades de parceiros, a qualquer momento. Celso Vieira reuniu o grupo e foi bem claro: quer todo mundo bem integrado, relações cordiais, amizades. "Se alguém virar estrela está fora", alertou.

 

Vá conhecer o mundo do tango !

 

Os mestres Jaime Arôxa e Vitor Costa, e mais a promotora Virginial Holl, organizam excursões tangueiras a Buenos Aires. Os pacotes são ótimos.

 

Jaime Arôxa

10 a 13 de abril

O Centro de Dança Jaime Arôxa está organizando excursão ao mundo do tango -- Buenos Aires -- com programação especial, que vai mesclar atividades de turismo, lazer e compras com workshops e visitas aos mais consagrados redutos de dança portenhos. O evento tem apoio e participação do jornal Dance.

A excursão será de 10 (sexta) a 13 (segunda) de abril, aproveitando o feriado esticado da Semana Santa. Já na sexta-feira, dia 10, depois da primeira aula na escola do famoso tangueiro Mingo Pugliese, o grupo apreciará um show na casa noturna Senhor Tango. Neste mesmo dia o pacote oferece entrada para o baile no La Estrella, conhecido clube argentino. Os deslocamentos serão em ônibus especial.

No sábado, dia 11, Jaime Arôxa e sua equipe oferecem uma festa privada aos brasileiros, com jantar, orquestra e show de tango, no El Morroco. Depois, o grupo segue para o baile do Confiteria Ideal.

No domingo, dia 12, antes da aula de tango, haverá city tour, passando pelo Centro, La Boca, Palermo, Recoleta, Costanera Norte e outros pontos, todos de interesse turístico e cultural. À noite, baile no tradicional Almagro, que Arôxa classifica como o "Templo do Tango".

Tudo isso já está incluído no preço, de US$ 867 (parte aérea + terrestre) para quem embarcar em São Paulo e de US$ 877 (parte aérea + terrestre) para quem embarcar no Rio de Janeiro. A saída de São Paulo será às 9h, de Cumbica. No Rio a saída será às 7:45, do Galeão. Para mais informações e reservas: (011) 5561-5561 e (021) 266-2615.

 

Virginia Holl

18 a 22 de abril

O pacote programado por Virginia Holl, do Dance Club, oferece uma viagem de cinco dias para o feriado de 21 de abril, com saída dia 18 e volta dia 22, ao preço de US$ 563 por pessoa, que inclui hospedagem em quarto duplo no Hotel Colón, com café da manhã, vôo pela Canadian Airlines, translados, city tour, orientação para passeios turísticos, lazer e compras.

Diariamente, tanto à tarde quanto à noite, os participantes terão à disposição intensa programação voltada para o tango, com saídas para as práticas, milongas e espetáculos, que não foram incluídas no preço do pacote por serem optativas. Virginia Holl esclarece que "os preços das práticas e milongas são muito acessíveis, variando entre 3 e 10 dólares". Lembra também que os espetáculos são mais caros, mas os grupos conseguem negociar descontos. Poderão ser marcadas também aulas particualres, individuais ou coletivas, embora o principal objetivo do pacote seja o de vivenciar o tango do jeito que os portenhos o conhecem e praticam.

Para se comunicar com o Dance Club ligue 3794-4439.

 

Vitor Costa

10 a 14 de junho

Na excursão de Vitor Costa a Buenos Aires os cursos serão ministrados à tarde, entre 16h e 19h, cada dia com um professor diferente. Ao fechamento desta edição Vitor Costa estava em negociações com Graciela Gonzales, Esther e Mingo Pugliese, Gustavo e Olga. No período noturno haverá saídas para as milongas, entre 23h e 4h.

Os dados básicos do pacote incluem 4 noites no Hotel Rochester, com café da manhã e taxas hoteleiras; translados in/out em Buenos Aires; translados in/out para aulas e milongas; seguro de viagem Top Card; parte aérea com Aerolíneas Argentinas.

As visitas incluem lugares históricos do tango, como o Café Tortoni e a Confiteria Ideal, um dos pontos preferidos de Vitor Costa. À noite todos vão bailar nas milongas.

"É um roteiro de cursos e passeios para quem realmente quer se aprofundar na matéria", afirma.

A viagem está sendo organizada pela Celebretion Tours, que pode fornecer todos os detalhes, pelo (011) 820-6839. O pagamento pode ser feito em três vezes, sem juros, ou no cartão (Diners ou Credicard), em até 12 vezes. Apto. triplo a US$ 606; apto. duplo a US$ 636; apto. single a US$ 795. Todos incluem mais US$ 49 de taxa de embarque. O custo total de aulas e passeios será de US$ 200 à vista ou em duas parcelas de US$ 100, quitadas antes do embarque.

O Espaço Vitor Costa fica na rua João Ramalho 295, Perdizes (011) 263-1101 ou 263-7369.

 Campanha Quem Dança Alimenta Criança 98

Dia 21 de abril, terça

21h

Participação dos profissionais de dança do Rio e São Paulo

Duas bandas para dançar a noite inteira

Ingressos a R$10,00 e um agasalho*

A renda será revertida para cestas básicas

Promoção: Celino Fernandes

AVENIDA CLUB

Rua Pedroso de Moraes, 1036 - Pinheiros - Tel. 814-7383

* Não obrigatório

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Audição para formação de equipe brasileira de dança de competição

e formação de professores com graduação internacional

 

* Audição: domingo, 28 de março, às 17:30

* Treinos: terças e quintas, das 22:30 às 24:00

* Início: 31 de março

* Local: SpaçoArt Chico Peltier - R. Renato Paes de Barros, 34 Itaim Bibi

Informações: (011) 881-0112

 

Coordenador: Chico Peltier

Assistente: Márcia Fujii

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Entrevista

JOMAR MESQUITA -- JULIANA MACEDO

Alegria mineira cativa dançarinos de São Paulo

Aos 27 anos de idade e 9 de dança, Jomar Mesquita e sua parceira Juliana Macedo, da Academia Mimulus, de Belo Horizonte, estiveram em São Paulo, pela primeira vez, para uma temporada rápida de workshops, na Strapolos Bar Academia, de Roberto Mendoza, e no Espaço de Dança Andrei Udiloff. Rápida, sim, de apenas dois dias, num final de semana, mas suficiente para ter arrebatado o exigente público da cidade que participa intensamente do movimento da dança de salão. A dupla conquistou a cidade de cara, com dois workshops do divertido, movimentado e histórico Lindy Hop, dos loucos anos 30, nascido no Harlem (bairro negro de Nova York), e que voltaria reestilizado, mais tarde, nos anos 50, com cara de "novidade" e batizado como rock and roll. Aproveitaram para fazer shows relâmpagos, nas duas escolas, mostrando porque conseguiram prêmios em eventos consagrados e de grande porte, como o Enda, em São Paulo, e o Festival de Joinville, em Santa Catarina. Dançaram tango, samba e, claro, Lindy Hop.

Eles concederam esta entrevista ao Dance na escola de Udiloff, suados e ainda excitados pelos calorosos aplausos que acabavam de receber, imediatamente após o show. Em poucos minutos seguiriam para a Strapolos, para nova jornada, e novo sucesso.

 

Dance - Você é mineiro?

 

Jomar - Sim, nasci em Varginha e moro em Belo Horizonte desde os 9 anos. Lá estudei e me formei em engenharia mecânica. Só que durante o curso eu já dançava e já sabia que não iria ser engenheiro, queria trabalhar com dança.

 

Dance - É intrigante. Vitor Costa, Roberto Mendoza e eventualmente mais alguém também fez engenharia para virar dançarino...

 

Jomar - (Risos). Realmente, e eu já conhecia os dois. Nunca imaginei que fosse dançar, só descobri isso quando estava na universidade. Passei então a investir nisso, viajei muito, fizemos muitas aulas fora de Belo Horizonte.

 

Dance - Como foi o "clic"?

 

Jomar - Foi através dos meus pais, Baby Mesquita e João Batista Mesquita. Eles já dançavam e davam aulas. São os donos da Academia Mimulus, de Belo Horizonte, onde meu pai ainda dá aulas e minha mãe faz toda a parte administrativa. Eles dançavam por diversão, faziam isso bem, os amigos começaram a pedir uma aulinhas e com isso surgiu a idéia de criar uma escola.

 

Dance - Quando foi isso?

 

Jomar - Há uns 11 anos. Então comecei a fazer aulas com eles, mais por hobby. A partir daí fui gostando cada vez mais, tornei-me viciado em dança.

 

Dance - Sabemos que você viajou bastante.

 

Jomar - Fiz muitas aulas no Rio, Buenos Aires, na Costa Rica, Cuba, na Europa. Fui buscando informações em muitos lugares.

 

Dance - Estudou com quem no Brasil?

 

Jomar - Fiz muitas aulas com Jaime Arôxa, João Carlos Ramos, e cheguei a fazer algumas aulas com Carlinhos de Jesus. Também com argentinos que estiveram por aqui. Meu principal professor de tango é o Mingo Pugliese, que vem tanto aqui que a gente brinca dizendo que ele já é quase brasileiro.

 

Dance - O tango que você apresentou aqui no Espaço Andrei Udiloff é muito diferente do que geralmente tenho visto. Fale um pouquinho sobre isso.

 

Jomar - Este tango é bem forte, bem agressivo. Mas veja que a gente tem várias coreográfias de tango, em diversos estilos. Este que você viu o último que a gente trabalhou, mas dançamos também o que chamaria de um tango mais leve, em outro estilo, algo dançado no silêncio, bem tranquilo. Um deles a gente apresenta sob um foco, super tranqüilo. Outro, que meu grupo trabalha, é com cadeiras, tem movimentos interessantes.

 

Dance - Qual é o forte do teu trabalho?

 

Jomar - Fazemos diversas coisas. Temos um espetáculo montado passando por todos estes ritmos. Entra um bloco de tangos e milongas, outro de samba, mais de um de forró etc.

 

Dance - E o tango sobre pernas de pau? É algo bem circense. Você já viu alguém fazer?

 

Jomar - Em dança de salão nunca vi antes. Na perna de pau o pé fica a cerca de 70 centímetros do chão. Fico com uns 2,40 ou 2,50 metros de altura. A perna de pau é amarrada na altura do joelho, por dentro da roupa. Já tinha visto em circo. Aliás, sempre gostei de circo, inclusive fiz aulas de artes circenses, com malabarismo, acrobacias.

 

Dance - Mas qual é o carro chefe, seu ponto forte?

 

Jomar - Depende muito do dia. Há dias em que estou inspirado para o tango, em outro para o Lindy Hop, de repente é zouk... Depende muito da hora. De vez em quando a gente vai ensaiar, começa a dançar tango, então ela ou eu fala, "olha, hoje não tá com clima de tango", aí a gente passa para outras coisas.

 

Dance - Nos fale um pouco sobre o movimento de dança de salão em Belo Horizonte, inclusive escolas, esquecendo a concorrência.

 

Jomar - Há sete anos o estilo de dança lá era completamente diferente do que se dançava em São Paulo e no Rio. Ninguém dançava tango argentino, nem samba de gafieira e outros. Fazendo cursos fora, acabamos levando isso para lá. Hoje há diversas escolas, de ex-alunos meus, ex-parceiras, que foram montar seus próprios negócios. Belo Horizonte tem diversas escolas, das quais umas quatro mais fortes, com um trabalho super legal, com espaço para os alunos dançarem, fazem bailinhos. O movimento está crescendo por lá.

 

Dance - A cidade tem boas casas de dança?

 

Jomar - Ainda está faltando isso. Nossa escola funciona como uma casa de danças também, para ajudar a suprir essa lacuna. Temos sempre um espaço preparado, para algum show ou baile. Mas casas de dança mesmo, como aqui em São Paulo, não temos em Belo Horizonte. Falta um público grande para isso.

 

Dance - Se algum empresário paulista resolver arriscar daria certo?

 

Jomar - Acredito que por enquanto ele não teria público suficiente para garantir bons resultados. Algumas pessoas já tentaram, colocando dança de salão em discotecas, mas isso dura só uns dois ou três meses e eles acabam desistindo. Existem sim algumas casas de forró, como em São Paulo e Rio.

 

Dance - Como é a estrutura da Mimulus?

 

Jomar - O número de alunos varia muito conforme a época do ano. Nas férias baixa e depois começa a crescer novamente. Estamos numa faixa de mais de 400 alunos.

 

Dance - Esse número é muito bom, pelas características da cidade que você descreveu.

 

Jomar - É ótimo e a gente tem orgulho disso. É a maior escola da cidade e a única que trabalha com espetáculos. Existe a Mimulus Escola de Dança e a Mimulus Companhia de Dança.

 

Dance - Continuam indo ao exterior?

 

Jomar - Todos os anos vamos para a Europa, temos uma escola na Espanha, onde sempre damos um curso. Há dois anos seguidos fazemos apresentações em Paris, Londres, Bruxelas. Vamos voltar para cursos e apresentações.

 

Dance - O que vocês ensinam na Espanha?

 

Jomar - Geralmente samba. Já fizemos um pouco de Lindy Hop. Aproveitamos o intercâmbio com a escola para aprender com eles também. E damos aulas de outros ritmos para os professores. Mas geralmente os grupos que eles abrem são para samba.

 

Dance - Já participaram de concursos internacionais?

 

Jomar - Ainda não. Só de diversos festivais aqui no Brasil. Já fomos premiados no Festival de Joinville, duas vezes na Mostra de Novos Coreográfos, no Rio.

 

Dance - Qual foi o prêmio em Joinville?

 

Jomar - O primeiro lugar profissional. Ganhamos a maior nota geral na categoria profissional. Participamos na modalidade de dança caráter, ou folclórica, não lembro agora. Tiramos a maior nota concorrendo com as outras modalidades também, inclusive ballet clássico. Nesse caso eles dão um prêmio em dinheiro. Já dançamos no Enda, em São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso, onde também fomos premiados, com o primeiro lugar.

 

Dance - Os planos para o futuro?

 

Jomar - São vários. Agora estamos trabalhando com crianças carentes, num projeto de envolvimento de meninos e meninas na dança; outro projeto para implantar a dança de salão em empresas, na linha de relaxamento e combate ao estresse; um projeto para fazer novos vídeos, além de um de tango, que acabou de ser editado; e temos ainda um projeto grande para um espetáculo com música ao vivo, para palco, em teatro.

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Juliana Macedo

 

Dance - Como foi sua formação em dança?

 

Juliana - Comecei aos 5 anos de idade. Fiz ballet clássico até os 12 anos. Morava no interior, minha família mudou-se para Belo Horizonte, onde passei a participar de um grupo de dança espanhola.

 

Dance - E a dança de salão, como surgiu?

 

Juliana - Meus pais começaram a fazer aulas na Mimulus. Comentavam muito em casa, fiquei curiosa, e como sempre gostei de dança fui para a escola para conhecer e não parei mais. Larguei o resto e fiquei só na dança de salão.

 

Dance - Como você começou a trabalhar com o Jomar?

 

Juliana - Cada um de nós tinha seu parceiro. O meu foi morar no exterior e o Jomar me convidou para fazer uma coreografia. Deu certo. Havia outra moça, ela parou, foi fazer outras coisas, e nós continuamos. Fomos também namorados durante dois anos. Hoje só trabalhamos juntos, ele tem outra namorada e eu outro namorado.

 

Dance - E dá certo isso?

 

Juliana - No começo foi dificil, complicado de explicar e de entender, mas a gente tem que trabalhar.

 

Dance - Como é a relação de vocês: o Jomar é a estrela, ele é quem aparece, ou você tem seu espaço?

 

Juliana - Quando a gente dançava e namorava só ele ficava em evidência, eu permanecia quietinha. Com o tempo ele foi aprendendo a me respeitar mais e agora não existe tanto isso. A questão é que em todos os casais é o homem que se destaca. Isso não me incomoda, nem atrapalha. Inclusive dou muitos palpites.

 

Dance - Você tem outras atividades?

 

Juliana - Estou no terceiro ano de arquitetura.

 

Dance - E quando se formar, vai fazer arquitetura ou dança?

 

Juliana - A idéia é conciliar as duas coisas.

 

Dance - Tem outros planos, diferentes do Jomar?

 

Juliana - Não. Nossa trajetória é a mesma.

 

SERVIÇO

Mimulus Dança de Salão

Rua Ituiutaba, 325 - Prado

Belo Horizonte - Cep. 30350-340

(031) 295-5213

Telefax (03l) 344-2882

mimulus@net.em.com.br

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Celino convida ao Avenida

Celino Fernandes está preparando para o dia 21 de abril, terça-feira, à partir das 21h, a oitava versão da sua promoção Quem Dança Alimenta Criança, no Avenida Club, na rua Pedroso de Moraes, 1036 - Vila Madalena, Pinheiros - fone 816-8294 ou 814-7383. Na festa, que terá apresentações de dançarinos profissionais do Rio de Janeiro e São Paulo, fará também a comemoração do seu aniversário. Os ingressos custarão 10 reais, mais a doação de um agasalho, não obrigatória.

 

Projeto Dançar

O Moinho Santo Antonio está de volta com o Projeto Dançar 98, promoção de Eliane e Jan, agora às segundas-feiras, a partir das 21h. Mantém as apresentações de academias de dança e bailes com grandes orquestras, no amplo espaço oferecido pela casa. 291-3522.

 

Leandro e Luciana

Estarão na Escola Maria Antonieta, aos domingos, a partir de 22 de março, conduzindo curso especial de pagode, para dançarinos de nivel intermediário e avançado, além de um específico para profissionais. 272-3948 ou 6915-8780.

 

Danças em Ferraz

Ferraz de Vasconcellos, SP, está promovendo até o dia 22 de março sua 29a. Festa da Uva Fina, que entre as diversas atrações inclui shows regionais e apresentações variadas de danças folclóricas. A entrada é franca. A cidade fica a 39 kms da Capital, via Rodovia Ayrton Senna, até Itaquaquecetuba, passando por Poá. Ou pela Radial Leste, via Itaquera/Guaianases. Os eventos estão concentrados no Centro Poliesportivo Municipal, o Birutão. Para mais dicas ligue (019) 232-9794 ou 235-2393. Bom passeio!

 

Volkswagen Clube

Acertou parceria com a Escola Maria Antonieta e está oferecendo aulas de dança de salão aos seus associados, em São Bernardo do Campo. Começou em fevereiro e já tem cerca de 160 alunos, em quatro turmas. Os professores são Joelson e Rose, mais Emílio e Débora, que contam com uma sala especialmente reservada para as aulas.

 

Avenida melhora o ar

O jornalista Marcelo Bairão, um dos sócios do Avenida, passou muito trabalho, pela complexidade da tarefa que teve que coordenar, mas finalmente conseguiu concluir a instalação do novo ar condicionado da casa, que envolveu cerca de 20 mil reais de investimentos. Agora são mais 8 bocas soprando, inclusive sobre a pista. Ufa!

 

Encontro em Recife

Jaime Arôxa vai fazer seu III Encontro Internacional de Dança fora do Rio de Janeiro, pela primeira vez. Conseguiu apoio oficial do governo de Pernambuco e transferiu o evento para Recife. As reduções das tarifas aéreas, por conta da concorrência acirrada entre as companhias, mais os pacotes que possam ser articulados para grupos, poderão facilitar a ida dos dançarinos de outros Estados.

 


  • Entrevista com Stephane Massaro e opinião de Jaime Arôxa. Jun/1997

  • Entrevista com Maria Antonieta . Maio/1997

  • Entrevista com Júnior, nosso embaixador de tango em Buenos Aires. Abr/1997

  • Café Piu-Piu, boa música e dança no Bixiga há quatorze anos. Abr/1997

  • AVENIDA CLUB, os segredos do sucesso, quando completa dez anos, em Pinheiros, de cara nova. Abr/1997

  • Edição 35 do Dance. Fevereiro, 1998

  • Edição 34 do Dance. Janeiro, 1998

  • Edição 29 do Dance. Agosto, 1997

  • Edição 27 do Dance. Junho, 1997