Na hora de preparar este editorial, vinha pensando na origem do Tango e minha veia antropológica incursionou na origem da humanidade. Então vieram as informações do arquivo cerebral: Tese Darwin ou Tese Deus? Junto a este conflito, surge a lembrança de dedicar este número às mulheres do Tango.
Bem, aceito que o homem descende do macaco, assim como Deus criou a mulher! Imaginem a cena: o homem-macaco boquiaberto, entre as folhagens, olhando aquela maravilha, a mulher recém-feita. Como a Vênus de Botticelli, Eva espreguiçando-se, ainda úmida da criação, examinando seu corpo, retorcendo-se para olhar-se atrás, alisando suas ancas, satisfeita ao sol do paraíso. E o quase-homem babando no seu galho... Com esforço, ele formula um pensamento no seu cérebro "primativo": Então, isto é fêmea!!! ...não aquela macaca que eu tenho em casa... Quando o homem sugeriu coabitar com Eva e começar outra espécie, ela concordou, rindo, porém disse a ele precisaria evoluir muito para chegar lá.
Desde então, temos tentado. Ninguém pode dizer que não marcamos as figuras, que não damos espaço, que não tentamos conduzir com precisão, que não colaboramos com a sua sensualidade, que não temos tentado - tudo! (Obrigado, Veríssimo! A.D.R.)
Publicação mensal graciosamente distribuída onde esta dança é ensinada, aprendida, trabalhada e querida. Tiragem limitada.
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