Compasso do Leitor

 Escolas do ABCD

Gostaria de agradecer ao jornal Dance pela edição especial de fevereiro sobre as escolas do ABCD. A população, e mesmo os municípios da região, não são tão agitados como em São Paulo, onde as coisas acontecem mais rápido. É necessário muito trabalho. Posso dizer que uma das conquistas de que me orgulho muito é a concretização e fortalecimento da Associação das Escolas e Profissionais do ABCD. A entidade realmente está caminhando para o lado certo. Já trouxe grande avanço, que foi o crescimento da amizade e companheirismo entre os profissionais que participam do grupo. Lamento que outras escolas e/ou profissionais não tenham aderido à idéia e ao objetivo da Associação, que é fortalecer a dança na nossa região. Ressalto que a Associação não tem objetivo de padronizar didática de ensino ou monopolizar o mercado. "Formar cartel", como já escutei por aí. Não temos interesse de limitar o crescimento de novas escolas ou de novos profissionais. Temos interesse, sim, em que todos prosperem, tenham êxito. Nosso ideal é que a união realmente faça a força. Por exemplo, ao invés de cada escola tentar fazer seu baile com duzentos pessoas, para tentar novos 50 ou 100 alunos, por que não fazer algo para mil pessoas e atrair outras mil? Se um baile de uma escola é divertido, o que dizer então de um baile com dez ou mais escolas juntas? Pois é, queremos mais e mais gente na dança. E mais: não é chato ter bailes sempre com as mesmas caras? Sem nada de novo? O fato de ter cada vez mais escolas, e profissionais mais bem preparados, é ótimo para a evolução geral. Se 0,5% da população de São Paulo, que é de aproximadamente 10milhões, freqüentar aulas, teríamos, em tese, 50 mil alunos, dividindo-se entre as diversas academias. Hoje, somando todas as escolas de dança de salão, não temos cinco mil alunos. Logo, por que não esforços para aumentar, nem que seja em 0,01%, o número de pessoas interessadas em dança? Na Associação, procuramos manter e trocar contatos de trabalho. Repassamos e indicamos trabalhos uns para os outros. Há intercâmbio de experiências. Participação conjunta em eventos. Ou seja, um ajuda o outro. Uma sociedade só cresce quando existe interação entre os indivíduos. A dança só vai prosperar com interação entre escolas e profissionais. Exemplo de sucesso merecido: os dois congressos de salsa da Conexión Caribe, em São Paulo. Eles reuniram grandes profissionais da salsa. Deu certo. Peguemos, pois, uma carona com eles para os demais ritmos. Aos que torcem pelo sucesso da nossa Associação, e pela criação de uma em São Paulo, um grande abraço! E, para aqueles que ainda crêem que a dança é apenas seu pequeno mundo... esperança.

Emílio Ohnuma

São Bernardo do Campo, SP.

Milton Saldanha

Jornalista

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