Ano II - Nº 11 - Outubro de 1998

 

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Agenda da Dança de Salão Brasileira

 

 

A Mimulus Dança de Salão comemora o seu Oitavo Aniversário e convida os seus amigos para compartilhar da festa.

 

 

Mimulus:

um quê de criança

um quê de alegria e de esperança

um quê de maturidade

um quê de coragem e fé nos objetivos

 

CARO LEITOR:

 

Se para muitos a individualização, a separação, a autonomia, são considerados como marcas da maturidade, nós, da Mimulus, aos oito anos, acreditamos que o nosso desenvolvimento acontece apenas com muitas mãos, com muitos olhos e corações batendo no mesmo ritmo.

 

Numa época em que a televisão, o computador, o automóvel e outras máquinas procuram nos confinar à solidão, a dança a dois convida homens e mulheres para se libertarem da vida corrida, da competição e instabilidade, do isolamento e depressão para comemorar a vida e a reaprender a interdependência. É um trabalho e tanto que jamais realizaríamos sem o outro.

Nós agradecemos as mãos que estão conosco, assim como lamentamos as que perdemos por incompetência. Somos gratos aos alunos que nos ensinam, aos professores que aprendem, aos inúmeros construtores do nosso dia-a-dia. Agradecemos as críticas, as sugestões, a confiança, o apoio tão incondicional, que nem julgamos merecer.

 

Vamos comemorar o nosso aniversário no tempo de quem dança, diferente do medido no relógio, transformando horas em minutos, anos como se fossem dias. E por muitos e muitos instantes vamos, juntos, continuar expressando nossas emoções, idéias, virtudes, defeitos, imagens, personalidade e fé no outro através dos nossos movimentos.

 

PESQUISA

 

Pode o sentimento ser ensinado?

 

O tema dançar com técnica e dançar com sentimento sempre permeia as discussões sobre a dança de salão. E, principalmente, se em aulas o professor tem condições de ensinar sentimento aos seus alunos.

 

Os sentimentos não são ensinados, eles já fazem parte das pessoas. As emoções básicas, como a alegria, o medo, a tristeza, a raiva e o amor nascem com as pessoas e constituem um instrumento de sobrevivência, cada uma delas tem uma finalidade específica para a preservação da vida. Ocorre que, por uma série de razões, no decorrer da vida, vamos perdendo a espontaneidade na demonstração do que sentimos. E, para resgatá-la, precisamos usar alguns recursos, inclusive técnicos. Um adulto, para dançar como uma criança, por exemplo, tem que aprender como fazê-lo: observando a criança, exercitando, até retomar os seus próprios movimentos infantis. Assim, muitas vezes, o que tomamos como uma expressão espontânea, foi fruto de muita técnica, de muito trabalho.

 

O exercício físico, a música, o ritmo, a dança a dois e a técnica, juntamente com a personalidade permissiva dos professores, vão constituir instrumentos para que as pessoas reencontrem a alegria e o afeto, transformem a raiva em movimentos mais vigorosos e o medo em coragem. E quando as pessoas dançam, afastam as tristezas.

 

SINTONIA

 

Vida Partilhada

 

Aconteceu no dia 24 de outubro, pela terceira vez em três anos, o espetáculo "Vida Partilhada". Uma iniciativa da Mimulus e que tem o propósito de mostrar um painel da dança de salão mineira. Foi uma noite e tanto. Dela participaram Pedro Luiz e Netinha, exemplo de longa e duradoura partilha de afeto e alegria. Geraldo Gama, Terezinha Malta, Gelatina e Fernanda, Milo e Cláudia mostraram que há uma nova geração disposta a manter uma dança de salão mais viva. Os convidados e a Mimulus Cia de Dança surpreenderam o público.

 

PANORAMA

 

ROUPAS DE GRIFE

 

No princípio, pagode era uma reunião de sambistas no fundo de algum quintal e as pessoas diziam: "fui num pagode legal". Depois, pagode virou nome de um gênero musicalmente pobre do samba, porém, fonte de grande riqueza para cantores, bandas e fazedores de músicas por metro a cada dia mais melosas. Hoje os mocinhos, vestindo Versace, Dona Karan e outras pesadas grifes, correm o risco de serem confundidos com integrantes das bandas pagodeiras.

 

REALMENTE...

 

Já não se fazem mais sambistas como antigamente. Jorge Aragão, na ânsia de agradar aos paulistanos, fala em édredon no gênero musical que sempre louvou os que dormiam ao relento ou cobertos por uma folha de jornal. Martinho da Villa é um dos poucos que segue a tradição da malandragem. Lançou o "3.0 Turbinado". O 3.0 é uma referência às três décadas de sua carreira e turbinado porque estava tomando a saideira quando lhe chegou a inspiração do nome.

 

O TANGO NO COTIDIANO

 

Declaração de um dos advogados de Mônica Lewinsky sobre o treinamento intensivo que lhe foi dado antes de prestar os seus depoimentos: "O principal era avaliar a credibilidade dela. Foi como dançar um tango: tínhamos que nos assegurar de que ela se sentia à vontade conosco e vice-versa..."

Já em Buenos Aires, o técnico argentino de futebol, Passarella, usa letra de tango para a reflexão dos seus jogadores: "Primeiro, você aprende a sofrer...", Oscar Velazques, parceiro de Madona no filme "Evita", está em cartaz no show "Tango Nights", no Hotel Marriot Plaza, e no Armenoville, leia-se Hotel Alvear, os garçons vestem casacas e luvas brancas e servem champagne para quem paga 50 dólares pelo show que mescla os melhores momentos de Piazzolla e cenas de Gardel em telões.

 

PAGODE EM SAMPA

 

Os paulistas, acostumados com pouco espaço, inventaram uma forma de dançar o pagode, que Chico Peltier classifica como uma dança "estacionária". Isso quer dizer que se dança quase sempre no mesmo lugar. A técnica começou a se desenvolver em shows de bandas em campos de futebol lotados. Com todo mundo espremido, a solução era dançar num pequeno círculo, até fazer um buraquinho na grama.

 

Na impossibilidade de circular muito, outra opção foi jogar a parceira para cima em movimentos aéreos. Os cariocas, acostumados às grandes praias, reclamam e pedem aos paulistas maior adesão ao samba de gafieira.

 

MADE IN JAPAN

 

Maurice Bejart foi eleito pela revista francesa "Le Nouvel Observateur" como uma das 100 pessoas mais importantes do século. Na dança, além dele, apenas Pina Bausch. O coreógrafo trouxe ao Brasil o Tokio Balet para apresentar suas obras de maior referência: Bolero, A Sagração da Primavera e Don Giovanni. A quem lhe pergunta por que o Tokio Balet, ele responde: "Estive em Buenos Aires e perguntei aos argentinos: Quem faz hoje o melhor tango? E eles me responderam que são as orquestras japonesas". Ele concorda que o Japão é o país que melhor preserva as suas obras, que os japoneses aprendem rapidamente, preservam e têm um senso muito especial para o gesto.

 

Os argentinos não negam o perfeccionismo nipônico, mas não admitem que sejam melhores. Alegam que um bandoneonista só é bom se já apanhou muito sereno portenho e que os cantores não entendem uma só palavra do que dizem.

 

NO ENTANTO...

 

Colecionadores guardam como relíquias os discos da "Orquestra de La Luz" de japoneses que tocavam as mais calientes salsas.

 

Nem por isso o Caribe parou de oferecer boa música. Célia Cruz, a Rainha da Salsa, já gravou aproximadamente 70 álbuns em carreira que dura quase meio século. Sua primeira gravação foi feita em 1950 e ela possui mais de 20 discos de ouro. Já atuou com a Orquestra Filarmônica da Flórida em projeto cultural unindo públicos diferentes, porém com a mesma paixão pela música.

 

RITMOS

 

O Rock

 

Não é fácil agradar a todos! É aquela história: "o que seria do amarelo se todos gostassem do azul?"

Ainda bem que não vamos falar das cores, mas, de ritmos; embora também a gama seja tão vasta. Há quem tenha pavor da valsa, adore cair no samba, derreta-se de paixão pelo bolero e outros temem o tango como temem a paixão, à qual jamais se entregarão.

 

Mas é interessante a história. Outro dia houve quem perguntasse como eram os bailinhos da década de 60. Os anos 60 não são fáceis de serem colocados verbalmente - teriam que ser vividos. Diz Paulo Chacon em seu livro "O que é o Rock": "ninguém fez ou faz o que a geração de 68 fez. Nem é obrigado". E continua ele, citando outro autor, assim como nós o citamos: "em 1970, José Augusto Saraiva escreveu que maio de 68 havia passado, mas que ele representava uma onda que seria sucedida por outras que comporiam um 'mar de margens'". Chacon vai além: "68 viu mais longe do que a medíocre ótica humana pode suportar. Para deglutir tudo aquilo que os jovens dos anos 60 denunciavam vai ser necessária mais de uma geração".

 

Mas, por que todo esse preâmbulo para falar de ritmos? A história nos antecede e Alan Freed, um disc jockey americano, em 1951, ao perceber o interesse dos brancos pelo rhythm and blues, a música popular negra, e pelo country and western, as rurais americanas, prevendo a sua fusão e, querendo evitar as torceduras de narizes diante das palavras campo/roça e negro, deu-lhes o nome de ROCK'N ROLL.

 

Pois bem. Os mineiros não viveram os anos 60 ou se esqueceram que naquela época, com o mesmo figurino, nos bailinhos embalados pela voz suave de Nat King Cole, repentinamente, adolescentes alucinavam ao grito de guerra: One, two, three o'clock rock / five, six, seven o'clock, eight o'clock rock / nine, ten, eleven, twelve o'clock, rock'n go / to rock tonight...

 

Não percebem que, com seus filhos ocorre o mesmo, porém ao contrário: saem de casual chique, dançam separados e, depois, atendendo a um apelo que não sabem de onde vem, acabam dançando Nat King Cole, juntinhos.

Os que têm mais de 40, em Minas, parece que se esqueceram dos amendoins, canapés, azeitonas, o conhaque ou o copo cheio de whisky, das muitas imitações de James Dean pulando de carros em chamas, segundos antes de cair num abismo, das lembretas, do equilibrar-se no viaduto Santa Tereza acreditando que Hilda Furacão fornecia a imortalidade e das janelas abertas para que os namorados pudessem partilhar as noites.

 

Temos a declarar que estamos fazendo uma propaganda enganosa: se falamos em rock, os mineiros viram o nariz; já o swing, com ar mais blasé (swing e rock são coisas distintas) as pessoas aceitam. Mas que é bom é: ver, um tempo depois, os mais maduros dançando o rock e jovens sendo reprovados no vestibular porque responderam que a Primavera de Praga foi uma conseqüência da chuva ácida que impediu o desabrochar das flores em todo o mundo, dando origem às ONGs.

 

Mineiros de todas as idades: qual é o problema?

Pais e filhos podem estar juntos, dançando.

O rock existe.

Atendendo a uma demanda nossa de ter filhos e de ter pais, estamos à disposição de todos para o curso:

ROCK E SWING

aos sábados, às 19:00h

VENHAM E ENTREGUEM NAS NOSSAS MÃOS A SUA CRIANÇA...

 

 

ENTREVISTA

 

Baby Mesquita

A alma inquieta da Mimulus

 

Como foi para você a questão da dança?

 

Meu marido sempre gostou muito de dançar e eu me sentia muito pouco à vontade em bailes. No final dos anos 80, a turma da psicanálise descobriu a gafieira e eu achei que seria um bom caminho para me soltar um pouco. E foi. Depois, o Jomar se apaixonou pela dança. Formou-se em engenharia, mas mudou de rumo. A Mimulus nasceu como se fosse um espaço para o nosso lazer, como um sítio é para outras pessoas. Depois é que percebemos a seriedade de tudo, dos compromissos que estávamos assumindo inclusive com a formação de pessoal. Criamos a Cia de Dança, que hoje tem 14 pessoas, veio o jornal e acabei parando de dançar. Fiquei nessa posição de apoio, empenhando em atender às necessidades das pessoas e cuidar da organização. Tive que aprender coisas novas como sobre figurino, iluminação, publicidade, computador e tantas outras que foram surgindo... Sempre gostei de desafios.

 

E como fica essa história da família inteira investindo na dança?

 

O nosso almoço às vezes é meio chato. Mas não é toda a família, pois tenho uma filha que é psicóloga, mora em São Paulo, lida com moda, comportamento e muita arte também. Ela vem, assiste ao espetáculo da Cia, elogia o figurino, me recrimina por não estar fazendo mais exercícios, mas como ela tem a mesma alma inquieta, me apoia. O meu trabalho é minha fonte de crescimento.

 

E o que é crescimento no caso da dança de salão?

 

Aprender a dançar é como nascer de novo, engatinhar, falar uma outra língua. Isso me prende. A dança a dois propicia também o encontro entre as pessoas e relações muito duradouras. Temos alunos que estão conosco há oito anos. A gente vê troca de dentes, as primeiras espinhas, passa no vestibular junto com eles, participa de casamentos, separações, perdas, nascimentos, vai acompanhando a vida de cada um. Crescer também é criar oportunidades para o desenvolvimento do potencial das pessoas. Além disso, os horizontes da dança de salão não foram totalmente descortinados. Há tantas direções... Tem o lado do social, as questões psicológicas, o lado da arte. A dança pode ir para as olimpíadas, para os palcos, para a rua...

 

E você o que acha?

 

Eu vou junto. Para todos os rumos.

 

Até mesmo para as olimpíadas?

 

Para assistir, claro. Embora tenha restrições quanto à dança de competição. Para se chegar a ela foram criadas inúmeras regras, como para o futebol. Foram impostos muitos limites para um universo muito amplo que é o da dança popular que, sendo viva, está sempre sendo recriada. Como é impossível para os competidores estarem constantemente reformulando as regras, incluindo outros ritmos, a dança de competição ficou estanque, separada da cultura. Mas, como é bem estabelecida - e financeiramente viável - não sente a necessidade de mudanças.

 

Mas não existem normas também na dança de salão?

 

Existem, mas elas não são colocadas para que um juiz avalie quem está fazendo melhor. A boa dança de salão é pautada no bom ensino e nos bons profissionais. Ocorre que muitas pessoas dão aulas sem ter idéia do que estão fazendo ou colocando normas pessoais. Fica como se alguém tivesse ido a Miami fazer compras e voltasse como professor de inglês. Para quem não tem a menor idéia do que seja inglês, funciona por algum tempo. Acho que em Belo Horizonte isso já nem acontece tanto.

 

Existe no Brasil algum órgão regulador, alguma associação de profissionais da dança de salão?

 

Não. Não há ainda. No entanto, a globalização encontra ressonância nos indivíduos. Ninguém pode mais querer ser ilha, a tendência é a ação cooperativa. Eu faço parte da Lista de Discussão da Dança de Salão Brasileira, na Internet. Por meio dela, fiquei conhecendo pessoas com as quais posso trocar idéias e aprender. Vejo que as dificuldades são comuns e que há uma fome maior de conhecimento entre as pessoa que estão envolvidas com a dança de salão no Brasil. Pelo computador as pessoas podem falar o que querem sem interrupções, menor envolvimento emocional e menos preocupadas com a concorrência. Ultimamente se fala muito na formalização do ensino e na formação de associações.

 

A formação de associações pode resolver a questão da qualidade do ensino?

 

Não existe nenhum conselho, federação ou associação que impeça o trabalho de um mau profissional. O que diferencia o bom do mau profissional é o mercado e, em todos os segmentos, existe uma oferta diferenciada que busca atender também a um público diferenciado. O que junta as pessoas é o que elas tem em comum - comunidade. Órgãos avaliadores não funcionam. Se o ser humano luta pela aceitação, ele não vai desejar estar numa comunidade que o rejeita. Eu acredito mais numa campanha de esclarecimento público.

 

Que conselho você dá para quem quer aprender a dançar?

 

Que procure ter uma boa base inicial, com bons profissionais, que tenha paciência e procure praticar sempre.

 

E para quem quer se profissionalizar?

 

Que se dedique e estude muito. Não só a dança de salão, mas todas as outras modalidades, além do teatro e do circo. Estude anatomia, psicologia, filosofia, didática... Que tenha uma boa base cultural.

 

Como você avalia hoje a Mimulus e as suas realizações?

 

Acredito que ainda há muito a fazer para o bem-estar do nosso aluno. Em Minas, as pessoas ainda dançam muito pouco e pouco usam a dança como um fator de integração social. Mas a grande maioria já se beneficia melhor dela, ganhando leveza e mais segurança pessoal. Já criamos condições para muitas pessoas se colocarem no mercado dando aulas. O trabalho sério trouxe reconhecimento de diversas fontes. Somos muito respeitados, inclusive em outros países. Acho o trabalho da Cia de Dança fantástico. É preciso que ele se expanda e que mais pessoas o vejam. A nossa maior realização foi ter colocado a dança de salão no nível de outras artes. Mas, ainda temos muito pela frente.

 

Qual é a próxima etapa?

 

Fazer em Belo Horizonte um encontro de pessoas ligadas à dança de salão, em fevereiro do próximo ano, para, sobretudo, uma troca de experiências. Acho que estamos precisando dançar, conversar, conhecer outras pessoas...

 

CINEMA

 

O filme "Será que ele é?" é um sucesso para ser assistido em família, permitindo aquelas risadas que no fundo acabam por reforçar o machismo. No caso, bastou alguém despertar a dúvida na cabeça do personagem principal para que ele perdesse a sua identidade. Não sabe mais se é um homem e, entre outros recursos, usa o da auto-ajuda em fita cassete chamado: "Explore a sua masculinidade".

 

A mensagem é: machos de verdade não dançam em nenhuma circunstância, evitam o ritmo, a graça e o prazer. Os homens só têm permissão para trabalhar, beber e ter dor nas costas. Em vez de dançar, seja homem. Chute alguém, bata em alguém, morda alguém, espelhe-se em John Wayne, Arnold Schwarzenegger. Machos não dançam, mal sabem andar...

 

Melhor rir, melhor dançar....

 

Bom, se não fosse uma comédia, poderia ser um daqueles filmes densos e violentos, cuja trama mostrasse o quanto podem estar perto a repressão do corpo e as deformidades do caráter. Aliás, "Caráter" é o nome do filme que já está nos cinemas e que desbancou o nosso "O que é isso companheiro" na noite do Oscar...


Em tempo: não deixe de assistir o filme "Dance Comigo" (Swall we Dance?). Que trata dos preconceitos, dos benefícios da dança de salão, das relações entre alunos e professores e do respeito que deve existir entre as pessoas.

 

INTERCÂMBIO

 

Curso de Dança de Salão para o 1º Ato

 

"Os assuntos contemporâneos são o alimento artístico do 1º Ato, por isso, desde o seu nascimento, se preocupa com a construção de um intérprete capaz de abrigar, no seu corpo, a mistura da dramaticidade com a leveza, do bom humor com a reflexão. As misturas da dança com o teatro são a sua vocação". É o que diz Helena Katz, crítica de dança do jornal "O Estado de São Paulo".

 

Jomar Mesquita, com o apoio de Juliana Macedo e Daniela Fernandes, ministrou curso de dança de salão, com ênfase em portés, para os bailarinos da Cia de Dança 1º Ato. Uma atividade inserida no projeto CENA ABERTA.

 

PROGRAMAÇÃO MIMULUS

Novembro/98 a Janeiro/99

 

Diariamente:

Aulas de Samba, Bolero e Rock, inclusive aos sábados.

Novos grupos de Tango, Rock, Swing e Forró.

 

Toda sexta:

Prática de Dança, a partir das 21:00h.

 

Dia 11 de novembro

Aula inaugural do curso Facilitadores da Dança, que vai acontecer todas as quartas-feiras, às 21:30h

 

Dia 21 de novembro

Apresentação da Mimulus Cia de Dança de Salão, com a participação especial do Grupo de Dança 1º Ato e alunos da Mimulus no primeiro espetáculo de aniversário

Às 22:00h, no Galpão da Rua Ituiutaba, 325 - Prado

- em seguida, baile

Reservas antecipadas

 

Dia 28 de novembro

Apresentação da mimulus Cia de Dança de Salão, com a participação de Júnior e Cecília Saia, de Buenos Aires

Às 22:00h, no Galpão da Rua Ituiutaba, 325 - Prado

- em seguida, baile

Reservas antecipadas

 

Dia 29 de novembro

"Tango ao Pôr-do-Sol" - mais um presente da Mimulus à cidade

Performances dos melhores dançarinos de Belo Horizonte, presença da Mimulus Cia de Dança de Salão, Júnior e Cecília Saia.

Aula aberta ao público.

A partir das 18:00h, na Praça Carlos Chagas (Praça da Assembléia)

 

Entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro*

Workshop de Tango para Inicantes - duração: 6 horas

Direção: Júnior e Cecília Saia

Número de vagas: 30

Horário: das 19:30 às 21:00h

Local: Centro Mineiro de Danças Clássicas

Rua Maranhão, 1040 - funcionários

Obs.: as inscrições devem ser feitas na Mimulus Dança de Salão

(*) Nesse mesmo período, Júnior e Cecília estarão atendendo alunos intermediários, avançados e profissionais. Horário e preço sob consulta (295.5213 e 344.2882)

 

Dia 18 de dezembro

Baile de encerramento do ano, a partir das 22:00h

A partir das 22:00h no Galpão da rua Ituiutaba, 325 - Prado

 

Recesso de final de ano

A Mimulus interrompe as suas atividades no período de 20 de dezembro a 3 de janeiro, retomando as suas atividades normais no dia 4. Os alunos que saem de férias no mês de janeiro, podem programar antecipadamente a reposição de suas aulas.

 

MIMULUS Dança de Salão

 

Convida seus alunos para aula inaugural

gratuita do novo programa

"Facilitadores da Dança"

Dia 11 de novembro, quarta-feira, às 21:30h

Não há necessidade de parceiros

 

O novo curso visa:

- facilitar movimentos comuns da dança de salão;

- familiarizar os alunos com os mais diferentes ritmos;

- levar as pessoas a ganharem independência, segurança e equilíbrio numa atmosfera lúdica.

 

Programa complementar indicado para todos os níveis e idade.

 

 

CULTURA

 

A posição dos pés na dança de salão

 

Chico Peltier*

Falar sobre a posição dos pés na dança é quase contar a sua
história. A posição dos pés muda sensivelmente de acordo com cada estilo de dança. No balet é diferente das danças indianas, que por sua vez é diferente do flamenco, que por sua vez é diferente das danças de salão, que é diferente de outras mais.

 

Os mais atentos poderiam perguntar: "mas por que isso acontece, se a anatomia humana é uma só?" Na realidade as justificativas vêm da anatomia e os porquês das posições vêm dos objetivos a serem atingidos.

 

O flamenco, por exemplo, desenvolveu várias formas de se "pisar" para dar beleza e força ao sapateado. Assim, são usadas praticamente todas as posições dos pés para se conseguir sons e efeitos diferentes. Temos, portanto, movimentos de planta, de ponta, de meia-ponta, de resvalar que, combinados, atingem o objetivo dessa modalidade.

 

No balet a posição andehors (pés voltados para fora) foi desenvolvida para permitir o deslocamento lateral e os saltos no palco. Quando as danças da corte, o minueto e outras danças sociais européias, foram se popularizando, a posição andehors passou a ser usada por muito tempo nos salões. Nessa época, as danças não eram praticadas com pares enlaçados, mas lado a lado, com as pessoas de mãos dadas e com algumas variações. Por esse motivo, a posição de pés, ensinada pelos mestres da dança, não era um incômodo, mas, sim, um desafio somado ao aprendizado das já complexas coreografias existentes. Mas, quando a valsa, a polca e a mazurca foram parar nos salões mais elitizados, a posição básica de dança de salão foi colocada em cheque e, com ela, todo um complexo ensinamento de postura, eixo e outras questões técnicas. Como os casais passaram a se colocar frente a frente, a única forma de se dançar possível, com os pés assim, era lateralmente. Foi aí então que a dança se voltou para a posição normal dos pés, ou seja, voltados para frente - como andamos - e uma nova técnica começou a ser desenvolvida.

 

A primeira providência foi o intercalar dos pés, sendo o pé direito o escolhido para ficar ao centro. Assim, os movimentos para frente e para trás puderam somar-se aos laterais e ganhou-se liberdade outra vez. A forma de andar do balet, a meia-ponta usada para transmitir leveza e permitir saltos e outras figuras, foi gradativamente substituída pela forma natural de andar.

 

Todas as danças de salão existentes foram influenciadas pelos postulados da época, desde a forma de segurar a dama, a postura, o pisar e o andar. É claro que, com o desenvolvimento das danças, muitas coisas foram se alterando e é por isso que se segura a mulher de formas variadas nos diferentes ritmos. Da mesma forma, pode-se necessitar de uma dinâmica de pés diferente em cada tipo de dança.

 

O que se padronizou nesta época? Foi o que hoje se conhece tecnicamente como footwork, ou seja, o trabalho dos pés, a forma correta de se pisar em cada movimento. Foram, então, padronizadas siglas para cada parte do pé e os movimentos foram sendo escritos e codificados.

 

Alguns exemplos

(tradução não oficial):

 

T: Toe - ponta do pé

H: Heel - calcanhar

IE: Inside Edge - parte interior do pé

BOF: Ball of Foot - metatarso

NFR : No Foot Rise - sem levantar o pé

OP: Outside Partner - do lado de fora do parceiro

FWK: Footwork - trabalho dos pés

 

Surgiram também combinações que indicam o sentido de movimento, como HT, ou seja, Heel/Toe, que representa a forma mais natural de se pisar quando se dança para frente; ou TH, que é o oposto, quando se anda para trás. Os movimentos foram sendo estudados e a naturalidade trouxe as regras.

 

Um passo à frente tem uma dinâmica diferente de um passo atrás e, por isso, a forma de pisar não pode ser a mesma. Se usarmos apenas a meia-ponta para todos os movimentos, não podemos alcançar, por exemplo, a elevação natural de uma valsa, que deve-se iniciar em um movimento para baixo (HT) passar para a ponta (T) e descer (TH), dando a impressão de uma ondulação contínua.

...

Conheço vários professores brasileiros que ensinam a forma correta de pisar e, portanto, essa técnica não é privilégio da dança internacional. O preciosismo da dança internacional, a codificação e padronização, foram necessidades que surgiram com os campeonatos.

 

Nenhuma dança pode se desenvolver apenas com meias-pontas e, quem entende o seu próprio corpo, realiza seus movimento da forma mais natural.

 

(*) Chico Peltier é paulista e teve suas primeiras lições de dança de salão aos dez anos de idade com Madame Poças Leitão. Hoje, aos 33 anos, comemora 23 de atividades ligadas à dança - entre elas a pesquisa - tendo sido um dos primeiros a conhecer e divulgar a Dança Internacional no Brasil. Já esteve no Japão, Estados Unidos, México, República Dominicana e diversos países da Europa, ora aprendendo os ritmos em suas origens, ora dando cursos. Tornou-se nacionalmente conhecido por ter dado aulas de dança de salão na TV, no programa de Ana Maria Braga. Atualmente dirige a LINK Produtora de Eventos que divulga a dança e artistas brasileiros em outros países.

 

FAX

 

De: João Baptista

Para: Baby

 

Bem:

acabei de chegar ao hotel. Não deu para falar no celular, mas nunca gostei tanto de Recife como dessa vez. Fiz duas horas de aula com a Walquíria na Academia do Sandro. Fui apresentado ao grupo como o "pai do Jomar" e todo mundo me aplaudiu. A turma estava cheia. Muitos jovens também. Aqui as aulas começam às 18:30h e as pessoas saem direto do trabalho e vêm dançar. Não existem parcerias fixas; a Walquíria mesmo faz aulas há dois anos sem se preocupar com quem.

 

Depois fomos para o Recife Antigo, levamos a Fabiana e lá encontramos o Marquinhos, seu sobrinho. Mundinho pequeno... Agora querem conhecer você. Eu disse que você é super ocupada, trabalha demais, principalmente para escrever o jornal. Por falar nele, estava pensando que você podia contar como foi a inauguração da Mimulus. Você se lembra dos detalhes? No dia mesmo, às três da tarde, só você acreditava que as coisas iam dar certo. Não tinha água, os pedreiros tinham deixado tudo para a última hora, nem o piso estava colado direito e você lá... Fora as 200 cadeiras que ainda estavam embaladas: quem desembalou foi o Pedro Luiz. Acho que quem foi à inauguração estava lá só para conferir que tinha dado certo. Acabou (lembra?) você olhou para o teto, viu os buracos enormes e disse: "dá até pra ver as estrelas..." O seu anjo da guarda é mesmo forte.

 

O dia seguinte - o primeiro das aulas - chovia tanto lá dentro, que as pessoas se esconderam nos cantos. Estourou um cano no meio do salão e tivemos uma fonte que não estava no projeto. Uma aluna acabou enfiando a perna dentro de um dos baldes cheios da água que escorria pelos tubulões. Depois a gente ri das coisas, não é? Escreva sobre isso. É um pedaço bonito da nossa história.

 

Senti você meio ciumenta pelo telefone. Gostei! Mas quero dizer que tenho o maior orgulho de você, pela sua garra e forma como sempre se propõe crescer. Saudades... Passo por Salvador e chego na hora da prática. Vamos dançar "Começaria tudo outra vez" do jeito que você gosta. Dá um beijo em todos por mim.

 

João Baptista

 

CARTAS E E-MAILS

 

"Estive com alguns mineiros no 'Tango Uno'. Acharam o show daqui espetacular e, pasmem, não conhecem a Mimulus. Realmente a única explicação que eu tenho é aquela velha historia de que santo de casa não faz milagres... Tomara que essas pessoas entrem em contato com vocês e comprovem. Abraços mimulosos".

Douglas Traversin - São Paulo

 

"Gostaria de parabenizar vocês pelo profissionalismo do show que tive o prazer de assistir. Continuem nesse empenho, que considero como principal: levar a dança de salão a todos aqueles que a admiram e, principalmente, àqueles que a amam. Parabéns, mais uma vez".

Leo, by Leo e Elaine - Academia Pé-de-Valsa - Belo Horizonte

 

"Agradecemos a oportunidade que tivemos para divulgar o nosso estado, as suas riquezas culturais e mostrar que o nordeste é atrativo e potencialmente grandioso. À vocês, a nossa mais sincera amizade e admiração. Que Deus abençoe essa parceria e que nós possamos construir juntos uma nova dimensão para a arte de nosso país".

Katiane Maranhão - Presidente da Associação Cultural Grêmio Pernambucanidade Viva - Recife

 

"Acompanho o trabalho de vocês há quase oito anos e sempre me surpreendo. O azul da capa do último jornal não precisava. No dia-a-dia vocês colocam muitas cores nas nossas vidas".

Maria Antônia Guedes - Belo Horizonte

 

"A todos vocês, que fazem da arte-dança o sonho materializado; e não se contentando em fazê-la brilhar aos nossos olhos, vêm pacientemente, nos pegar pelas mãos - passo a passo - para vê-la cintilar também através de nós... o meu carinho, amizade reconhecimento e votos de prosperidade, união e felicidades sempre".

Maria Margarida R. de Souza - Belo Horizonte

 

"Gente, a home page da Baby é o máximo. Aconselho todos a uma visita. Ai... a foto inicial é espetacular. O cara segura o chapéu num estilo espetacular e a loira é uma gata. Quem é essa loira? Ela é a Baby? É casada? Acho incrível uma moça tão bonita quanto ela não ser fã, ainda, de Caesar Nijinsky. Você não acham? Ai... a home page é demais. Para ficar melhor só precisava de uma foto minha lá!!! Ia evitar de ter bugs...! Quanta modéstia a minha... Eu sou o máximo em termos de tudo, até da modéstia... Um beijo para todas e, para os rapazes, um acenar de mãos".

Caesar Nijinsky - Rio de Janeiro

 

Visitem a

home page da Mimulus Dança de Salão, no endereço provisório:

 

<www.geocities.com/Paris/Bistro/3145>

 

e enviem-nos suas sugestões e comentários

 

ESPECIAL

 

Programação de Aniversário

 

Primeiro Espetáculo

dia 21 de novembro, às 22:00h

Mimulus Cia de Dança, Alunos e Grupo de Dança 1º Ato

- em seguida, baile

 

Segundo Espetáculo

dia 28 de novembro, às 22:00h

Mimulus Cia de Dança, Alunos, Júnior e Cecília Saia

- em seguida, baile

 

Direção Geral dos espetáculos:

Jomar Mesquita

 

Breve descrição dos participantes:

 

Júnior é brasileiro, mas se destacou na Argentina, para onde mudou-se em 92 para aprender a dançar tango. Voltou ao Brasil, seis meses depois, já fazendo parte do espetáculo Tango Mio, e apresentou-se em São Paulo. Depois disso nunca mais parou. Entre viagens pela América Latina, diversos cursos dados no Brasil, apresentações nas principais casas de espetáculos de Buenos Aires, ainda encontra tempo para escrever um livro sobre o Tango.

Depois de dez viagens ao Japão, familiarizado com o povo e a família real - para quem já se apresentou - estreou em Tóquio, em junho de 98, o seu próprio espetáculo: Tango Vênus.

 

De aluno de Copes, o criador do Tango Danza, passou a seu assistente desenvolvendo trabalhos coreográficos como os do filme Tangos, de Saura, que, em breve, chega às telas do Brasil. De assistente a ator, bastou estar presente nos sets das filmagens. Experiente diante das câmeras, Júnior foi escolhido para o vídeo institucional da cidade de Buenos Aires.

Um brasileiro, para nenhum argentino botar defeito, vem mostrar que o Tango é dança universal (o que a Mimulus Cia de Dança já vem falando com outras palavras e sotaque mineiro). E vem bem acompanhado: sua parceira, Cecília Saia já esteve no Brasil com a ópera-tango "Maria de Buenos Aires", no Teatro Municipal de São Paulo, em 1990. Recém-chegada da Broadway, onde fez parte por muito tempo do "Forever Tango", é da seleta equipe de Copes e considerada como uma das melhores profissionais da área.

 

O Grupo de Dança 1º Ato foi criado em 1988, em Belo Horizonte, por Suely Machado e Kátia Rabello. O 1º Ato reúne bailarinos de diferentes formações e mostra rara vocação para o cruzamento da dança com o teatro. Contando com o patrocínio exclusivo do Banco Rural, desde 1990, vem reunindo elencos afinados e consolidando a sua imagem como das mais importantes na manifestação da dança no Brasil.

Para a inserção no espetáculo de aniversário da Mimulus, a Cia se faz representar pelos bailarinos Paula Davis e Fábio Dornas, em "Uísque com Guaraná", onde a coreógrafa Dudude Herrmann faz predominar o humor, a ironia e o romantismo convencional.

 

Os alunos da Mimulus Academia de Dança, que participam do oitavo aniversário, encaram a dança de salão como um instrumento de desenvolvimento pessoal, social e artístico. Vindo das mais diferentes direções, trazem em suas bagagens ricas histórias pessoais e se encontram em um momento de intensa doação dos seus gestos de afeto e partilha.

 

A Mimulus Cia de Dança de Salão acaba de fazer seis anos e há muitas formas de se contar a sua história. Uma delas é a partir dos pais dos seus componentes. Quase todos eles faziam aulas de dança de salão e levavam seus filhos com a proposta de que ficassem quietos e sob a mira dos seus olhos. Com o passar do tempo, perceberam que o ambiente familiar da Mimulus era ideal para deixá-los, enquanto se ocupavam de outros afazeres. Aos poucos, seus filhos foram deixando a quietude e, quando os pais voltaram, eles já estavam alimentados de dança, de circo, de teatro e realizando os sonhos dos pais deixados em algum canto da imaginação. João Baptista, pai do Jomar, não abriu mão dos seus sonhos e depositou no filho a confiança para guiar seus passos. Outros componentes se aproximaram constituindo uma talentosa família.

...

Fica assim contada, mais uma vez, a história de uma Cia de Dança de Salão sem precedentes que não sejam os sonhos, os pais, os filhos, a coragem e o afeto.

 

Presente da Mimulus Dança de Salão

para a cidade:

TANGO AO PÔR DO SOL

Dia 29 de novembro, a partir das 18:00h

Praça Carlos Chagas (Praça da Assembléia)

AULA ABERTA AO PÚBLICO

Performances dos melhores dançarinos

de Belo Horizonte

Presenças de Cecília Saia e Júnior

 

Apoio: João Bosco (sonorização)

201.5558 - 984.9904

 

EXPEDIENTE

 

Mimulus em Movimento

Ano II - Nº 11 - Outubro de 1998

Publicação bimestral da Mimulus Dança de Salão

 

Diretora responsável: Baby Mesquita

Jornalista responsável: Antônio C.de Oliveira - Mtb 3425

Fotografias: Jomar Mesquita

Diagramação e montagem: Bitransitivo (481.6186)

Impressão: Jornal Balcão

Tiragem: 3.000

Distribuição: gratuita

Endereço para correspondência: Rua Ituiutaba, 325 - Prado - CEP 30410.660

Fone: (031) 295.5213 - Telefax: (031) 344.2882 - Belo Horizonte, MG

e-mail: mimulus@uol.com.br

Este jornal pode ser acessado na Internet no endereço:

http://www.dancadesalao.com/jornal/mimulus

 

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