As pessoas são diferentes umas das outras e semelhantes entre si. Por essas razões, hora se entendem, hora se desentendem. Não falam a mesma língua, têm cor, sexo, tamanho, capacidades diferentes. Algumas pessoas são mais competitivas, outras mais cooperativas. Tem gente rígida e tem "manteiga derretida". Muitas são impulsionadas para as artes, outras para os esportes.
Pois a dança pode ser arte para artistas, esporte para competidores. Pode, também, ser lazer ou uma atividade aeróbica e, como a corrida, a curto prazo proporcionar saúde e bem estar. Pode ser um "escape" da rotina e, de repente, proporcionar benefícios extras, como perder peso, conhecer outras pessoas, descobrir uma nova profissão, fazer as pessoas se sentirem mais bonitas, descobrir o prazer, alongar o corpo, destravar os quadris, o afeto ou a alegria.
A dança beneficia as pessoas de muitas formas e em todos os lugares do mundo.
Os desejos de quem a procura precisam ser explicitados. Atendidos com qualidade e visando o desenvolvimento da afetividade. A dança deve procurar equilibrar e harmonizar pessoas. Os movimentos só fazem sentido quando promovem a auto estima, o auto conhecimento, a integração, unindo as pessoas nas suas diferenças e produzindo, entre elas, a comunicação.
OPINIÃO
Sem muito esforço nos lembraremos de, pelo menos uma vez, termos ouvido: "a dança para mim é terapia". Nada de descabido nessa afirmação. Para admiti la não precisamos ver o professor como um terapeuta, apesar de que ele pode, sempre, fortalecer o ego do aluno, mobilizando lhe a confiança. No entanto, terapeuta somos nós mesmos à medida que, através da dança, nos ajudamos.
O movimento da dança, e tudo a que ela nos induz, é o movimento da própria vida: descoberta, crescimento, participação, busca do prazer, equilíbrio, ritmo, harmonia, beleza, paixão. Movimentos que às vezes nos parecem difíceis e desafiadores como certos momentos da vida um dia tornam se simples e naturais. E o desalento, quando superado, nos oferece uma gratificação proporcionada.
Seu aprendizado é como todo aprendizado e, como tal, requer condições indispensáveis: continuidade, confiança... Com o decorrer do tempo, o dançarino reaprende como usar o seu corpo e aí, nesse processo de reeducação, talvez esteja também alguma semelhança com a terapia. A experiência tem me demonstrado que, também como a terapia, a dança nos leva a uma transformação interior, por exemplo, à medida que nos permite conquistar a convicção de que SOMOS CAPAZES e, conseqüentemente, faz crescer em nós a autoconfiança e a autoestima. Isso nos incita a capacidade de, não só na dança, mas também na vida, discernir e tomar atitudes de acordo com o nosso propósito e coerentes com as nossas possibilidades.
Aprender não é apenas imitar, mas ser capaz de criar o seu próprio estilo. O professor mostra as possibilidades, assim como o terapeuta orienta o paciente, para que este encontre o seu modelo. Os movimentos nunca serão certos ou errados, mas movimentos próprios de cada um. A repetição, que às vezes nos parece enfadonha, explica se por si: cada vez que repetimos, vivemos, de modo diferente, o mesmo movimento. Assim como na vida: não é a realidade que muda, mas a maneira de vivê la. Aquela aula ínócua ou desinteressante, um dia revelar se á preciosa. E se um dia nos perguntarmos "para que tanta exigência?" "Não pode ser mais leve, mais espontâneo?", logo vamos compreender que a liberdade é conseqüência da disciplina e que só é possível consegui la quando forem adquiridos os instrumentos indispensáveis para o seu uso.
Portanto, a dança é realmente uma ótima terapia e, como esta, pode ser vista como tratamento para aliviar angústias individuais e coletivas. Em ambas dança e terapia temos muito o que aprender. Além disso, soluções e descobertas, nesse aprendizado, podem ser transpostas para a vida, e, simultaneamente, podem ser reflexo de nossas atitudes fora do salão. Na sociedade moderna, caracterizada cada vez mais por um espírito privativista e individualista, que às vezes leva o homem a se enclausurar, nós, seres sociais, podemos nos esforçar e nos ajustar para integrar nos. Buscar o ajustamento dos tempos: o individual com o social, porque as discrepâncias criam transtornos.
E nós, dançarinos, podemos nos exercitar, neste aspecto, procurando harmonizar dois tempos: o nosso e o do(a) osso(a) parceiro(a).
Maria de Lourdes Novaes
Maria de Lourdes é mineira, mas reside há muitos anos em Florianópolis, onde dá aulas de Produção Textual, em diferentes cursos da UFSC. Sua filha, Helena, esteve em Belo Horizonte e levou o primeiro número de nosso jornal. De posse do nosso e mail, Maria de Lourdes solicitou nos uma fita de vídeo, o que deu ensejo a uma troca de correspondência e o florescimento de agradável amizade. Aos poucos foi contando sobre a importância da dança em sua vida, de Helena (que também adora dançar), do filho (que estuda medicina em Belo Horizonte) e acabou confessando que, como Maria Clara Machado, "eu saí de Minas, mas Minas não saiu de mim".
PANORAMA
Surge na rede a primeira lista de discussão sobre a dança
de salão. Uma inicia-tiva do Projeto Radar, de Campinas, e apoio
da Agenda da Dança de Salão Brasileira. Através da
lista, chegam convites para eventos em todo o Brasil, pesquisas sobre os
ritmos e suas origens, fontes musicais, críticas e contribuições.
Já conta com um bom número de adeptos, que estão
sendo orientados quanto à redação das mensagens e
o uso adequado da lista, para evitar que os correi-os eletrônicos
fiquem entupidos com mensagens muito grandes, vírus e assuntos que
não sejam pertinentes. O cadastro pode ser feito nos seguintes endereços:
(http://www.maperna.com.br/dance/agenda) ou
<http://radar.dglnet.com.br/dança.htm>.
"Eu louvo a dança, pois ela liberta as pessoas das coisas,
unindo os dispersos em comunidade.
Eu louvo a dança que requer muito empenho, que fortalece a saúde,
o espírito iluminado e transmite uma alma alada.
Dança é mudança do espaço, do tempo, do
perigo contínuo de dissol-ver-se e tornar-se somente cérebro,
vontade ou sentimentos.
A dança requer o homem libertado, ondulando no equilíbrio
das coisas.
Por isso eu louvo a dança.
A dança exige o homem todo ancorado em seu centro para que não
se torne,
pelos desejos desregrados, possesso de pessoas e coisas, e arranca-o
da demonia de viver trancado em si mesmo.
Ó homem, aprende a dançar!
Caso contrário, os anjos não saberão
o que fazer contigo."
Para o concurso de Danças do Mercosul, uma série de bons trabalhos de dança de salão deveriam se inscrever. É falso, como muitos afirmam, que o júri de uma mostra de dança, que engloba muitas modalidades, não tenha condições de avaliar trabalhos diferenciados e que, por isso, a dança de salão deveria re-servar um espaço próprio para competir. A qualidade, principalmente, é de fácil percepção.
CIRCULANDO
"O Círculo de Baile é uma escola de dança de salão com uma história recente, porém com o aval de uma bagagem de muitos anos de trabalho, dedicação e experiência. Quando começamos o projeto, uma de nossas finalidades era que os alunos aprendessem a dançar divertindo-se. Outra era que os três casais, que formam o Círculo de Baile, e os outros professores convidados ensinassem as danças da maneira mais próxima possível de suas origens.
Nossa idéia portanto, é que cada um dos ritmos que ensinamos tenha a forma, o estilo e o conteúdo do lugar de onde surgiu. A forma que utilizamos para expressar isso, quando falamos entre nós, é: manter e ensinar as danças de salão na sua forma TRADICIONAL. Isso pressupõe um trabalho extra, que nos obriga a buscar as fontes para que nossa formação seja adequada. São freqüentes nossas viagens a outras escolas de outros países, bem como presença de professores convidados à nossa.
A dança de salão no seu estilo internacional (ballroom dance) nos parece mais próxima à dança de competição. É uma disciplina mais estrita em seus movimentos e normas, já que obriga a coreografia dos movimentos dos bailarinos, perdendo a espontaneidade da improvisação, que caracteriza a dança de salão tradicional. Também acreditamos que está afastada de suas origens, estandartizando cada um dos ritmos com um estilo anglo-saxônico.
Nós preferimos respeitar as origens das distintas danças: dançar e ensinar o tango e a milonga como é na Argentina; as danças tropicais como são em Cuba e na República Dominicana; os distintos tipos de swing, rock e hustle como nos Estados Unidos; o pasodoble como é na Espanha; e, claro, o samba como é dançado no Brasil.
O que não desejamos é que a dança de competição,
que em pouco tempo pode chegar a ser esporte olímpico, seja considerada
como padrão a seguir na hora de dançar a dança de
salão. Dança tradicional e dança internacional deveriam
ser consideradas como estilos diferentes dentro das danças de salão,
com técnicas e objetivos distintos, que não têm porque
se excluírem e que, em algumas ocasiões, poderiam complementar-se".
RITMOS
Era uma vez um bando de gente que não se conhecia e que se reu-niu
numa rodoviária do Nordeste para descer o país afora, cada
um com os seus motivos. Já era seis horas da tarde e foram se acomo-dando
para enfrentar 2 dias de viagem. Às dez da noite acordaram: o ônibus
parou. Desceu o motorista, deu uma olhadinha, subiu de novo e informou:
"o radiador tá quente, vou buscar água". Foi e nada dele
voltar. Lá pelas tantas, alguém disse: "o motorista sumiu.
Cadê? Va-mos ver". Lá longe avistaram uma luzinha e foram
em sua direção. Ficaram várias pessoas no ônibus
e, depois de um tempo, alguém disse: "cadê o povo que foi
atrás do motorista?" Desceram, viram a luzinha e resolvem ir ver
o que tinha acontecido. Quando chegaram lá o que viram? O motorista
e a primeira leva no maior forró... E por lá todos ficaram
por um bom tempo. Alguns até viraram compadres mais tarde e o resto
da viagem foi muito boa porque, depois de dan-çar forró,
ninguém teve pressa de chegar.
Em torno de todos os ritmos há sempre uma polêmica sobre onde nasceu, de onde veio o nome. Com o forró também brigam os lingüistas. Para alguns o termo é uma corruptela de "for all" - bailes que os ingleses promoviam para todos - e mineiros afirmam que começou em Nova Lima (depois que se vê o filho bonito todo mundo quer ser o pai). Para outros, o forrobodó, que significa confusão, foi a origem, e, sem dúvida, muita gente fala "que forró" no lugar de "que bagunça".
E são pessoas desatualizadas que o empresário Emanuel Gurgel quer tocar, seja através da Internet, seja pelos satélites, com o seu projeto "Invasão do Forró". Esperamos que seja o autêntico forró que venha por aí, com a sanfona garantindo o ritmo, a zabumba gerando o swing e o triângulo mantendo a uniformidade, em melodias simples, naquele ritmo binário que não deixa ninguém ficar parado.
Que o projeto dê chance para todo mundo ouvir a Banda de Pífanos
de Caruaru, que já tocou até para Lampião, não
usa instrumentos eletrificados e produzem, eles mesmos, as flautas transversais
de taquara que aprenderam a tocar com os índios. Com exceção
de Benedito Biano, que aos 86 anos prefere continuar vivendo em Pernambuco
e morre de medo de avião, cinco dos músicos da banda moram
na periferia de São Paulo, mostrando que o forró encontra
espaço em qualquer lugar do Brasil.
Há quem torça o nariz, mas tenha na memória o
"Pisa na fulô" do João do Valle, escute Fagner, Gilberto Gil,
Amelinha, Raul Seixas, Elba Ramalho, te-nha a felicidade de conhecer
Dominguinhos, Hermeto Pascoal e Sivuca. Este último prefere ser
chamado de sanfoneiro a acordeonista, já que a sanfona que
ele abraça é palavra feminina. Até Edson Cordeiro
já se rendeu, quase transformando em trecho de ópera "A mulher
que virou homem", de Jackson do Pandeiro. Já o grupo Mestre Ambrósio,
que mescla o forró à cibernética, teve o primeiro
cd disputado à tapas. Já rodou o Brasil e a Europa e encontrou
espaço no Festival de Inverno de Ouro Preto.
A palavra forró inclui inúmeros ritmos diferentes, como o maxixe, o baião, o xo-te, o xaxado, o coco de roda, a ciranda, o frevo e o samba matuto. Já influen-ciou muitos músicos brasileiros, mas o preconceito é antigo. Nos programas de auditório de Ari Barroso, na década de 40, Bob Nelson podia se apresentar vestido de cowboy, mas o genial Luiz Gonzaga não podia apresentar-se de cangaceiro.
No Nordeste os forrós são muito elegantes. Se a moça estiver acompanhada da mãe, o rapaz pede licença pra dançar com a filha. Mas, após a licença dada, que a mãe se vire de costas porque não tem nada mais sensualmente explícito. Perto do forró, o tango parece brincadeirinha de médico.
Melhor forma de aprender o forró? Pegue um ônibus e pare, pegue outro, de-pois outro... vem sempre um depois. Não tenha pressa. Busque todas as luzinhas que você enxergar pelo Nordeste afora e não se assuste se encontrar um professor chamado Mineirinho, lá pelas bandas de Maceió.
INTERCÂMBIO
No show da Mimulus Cia. de Dança "Baile Moderno", em agosto, esteve presente o professor Mineirinho, que reside em Maceió, mas constantemente roda o Brasil dando cursos de forró.
Via Internet, Sérgio Coelho enviou um texto mostrando a diferença
entre os estilos inglês e americano da dança de competição.
Segundo ele, o estilo americano, que é praticado nos Estados Unidos
e Canadá, é mais livre, inclui uma variedade maior de ritmos
e se ajusta, em alguns casos, aos salões. Mas explica que o estilo
que vigora mundialmente nas competições é o chamado
Estilo Internacional. Ele manda o endereço para correspondência:
sergioac@aol.com.
Sérgio é português, mas mora nos EUA.
Através do e-mail podemos acessar a Homepage de Marcelo Paladino:
<http://www.palladino.com.br/home.htm> e ler a respeito da história
de cada ritmo.
VERTENTES
Há pouco tempo tive a grata satisfação de receber em meu consultório o jornal "Mimulus em Movimento". Fazendo uma leitura atenta, alguns pontos me chamaram a atenção. Não que eu vá aqui falar sobre a dança, pois esta não é mi-nha especialidade. Entretanto, certas questões retornavam constantemente à minha memória.
Por exemplo: na sessão "Especial", no artigo "O Certo e o Errado na Dança de Salão", citando Steve Paxton, onde nos diz que "para dançar, primeiro é preciso perder o movimento e depois lutar para trazê-lo de volta". Como conceber algo a ser aprendido que primeiro, necessariamente, deve ser perdido?
Pensando sobre esta questão perder/aprender fiquei repassando situações relatadas por meus pacientes no ambiente terapêutico onde, em resumo, o ponto central poderia ser localizado na necessidade de perder aquilo que lhes serve bem para que o novo possa surgir. Mas não podemos imaginar que este é um trabalho fácil.
Muitas vezes as pessoas têm consciência de que a relação amorosa vai mal, que algumas dificuldades parecem intransponíveis, ou mesmo que, por mais que se tente mudar algumas coisas em suas vidas, estas parecem sempre estar se repetindo.
Perder o que se tem, por mais que isso já não sirva, gera sentimentos dos mais diversos - insegurança, angústia, incertezas - pois o que se tem, certo ou errado, bom ou ruim, de alguma forma pertence à pessoa. Quem não conhece um casal que vive brigando, se agredindo, mas que não se separa? Os anos passam, o par sabe mais dos defeitos um do outro do que das virtudes, mas, entretanto, permanecem juntos.
Em suma, assim como na dança, em certos momentos da vida é necessário perder o antigo e velho para que o novo possa surgir. Quando se perde algo valorizado, de início o que se tem é o vazio, a falta, a ausência, mas, no mo-mento seguinte, este será preenchido com um novo objeto.
Muitas vezes é conveniente nesse momento de passagem estar acompanhado de um profissional qualificado que possa fazer uma escuta e conduzir o sujeito para o que seja de fato uma nova e pessoal escolha.
E se pensarmos as mudanças enquanto movimento e extrairmos dessa palavra seu potencial metafórico:
ESPECIAL
A Mimulus, ao trazer diversos profissionais a Belo Horizonte, vem divulgando
e enriquecendo a dança de salão. Foi na Mimulus que Jaime
Arôxa e sua compa-nhia de dança se apresentaram pela primeira
vez em nosso estado, bem como os professores argentinos Esther e Mingo
Pugliese, Carlinhos de Jesus, Eric e Gheusa, dentre outros.
Em mais uma atitude pioneira, a Mimulus traz a Belo Horizonte os LINDY
HOPPERS ingleses, Carolene Hinds e Russel Sargeant, quando participarão
de dois espetáculos, seminários e cursos durante o mês
de novembro.
Russel Sargeant é professor, coreógrafo e bailarino. Por 11 anos dedicou-se ao Ballrrom Dance, sendo qualificado como professor de danças latino-americanas pela UKAPTD, até que em 1987 descobriu o "Lindy Hopper" Frankie Manning. Estudou com ele e se aperfeiçoou em Nova York com o sapateador de jazz Chazz Yong. Seu trabalho tornou-se conhecido por suas apresentações públi-cas e pela rede de televisão dos Estados Unidos, Suíça, Áustria e Itália, onde cursou a Conti Academy of Performing Arts.
Carolene Hinds é coreógrafa, bailarina, professora, diretora artística do grupo Jiving Lindy Hoppers e do JLD Dance Theatre. Formada em teatro, dança pelo Laban Centre for Movement & Dance in London. Há dez anos iniciou sua for-mação no autêntico jazz-dance com os "Lindy Hoppers" Mama Lu Parks, Frank Manning e Pepsi Bethel. Em Nova York estudou com o tap dancer Chazz Yong e, em St. Louis, Missouri, com Katherine Dunham. Já se apresentou em diver-sos países da Europa, nos EUA e no Japão, para públicos de até dez mil pessoas.
É a forma mais original de se dançar o swing e uma das danças mais fantásti-cas já criadas. Há centenas de eventos em todo o mundo preservando o lindy hop. Foi dele, e de sua riqueza coreográfica, que surgiram posteriormente todas as variações do swing, o jive e o rock. Cresce no Brasil o interesse pelos ritmos preservados por uma cultura, a exemplo do tango argentino, no entanto o que se conhece do swing é muito pouco, contentando-se os profissionais com as suas variações conhecidas de forma residual. A vinda de Russel e Carolene à Belo Horizonte traz para a dança de salão uma grande oportunidade de enri-quecimento.
Dia 25 de novembro
Carolene e Russel farão a entrega dos certificados para os participantes
do Primeiro Curso de Lindy Hop
realizado no Brasil e desenvolvido por
Jomar Mesquita e Juliana Macedo.
Local: Mimulus às 20:30h
Entre os dias 23 e 30 de novembro serão realizadas Ofici-nas
de Lindy Hop para profissionais de dança de salão nos níveis
básicos e de aperfeiçoamento.
Recomenda-se que, para melhor aproveitamento, as pes-soas interessadas
procurem a Mimulus Dança de Salão para cursos de iniciação,
que serão realizados durante o mês de outubro.
Programas especiais podem ser solicitados no nosso ende-reço.
Dia 16 de novembro (é noite de lua cheia)
Pela terceira vez consecutiva a Mimulus propõe o tango em praça
pública. Em muitas cidades do Brasil, o baile já tomou conta
das praças e das praias. Belo Horizonte tem lindos locais onde pode
ocorrer a integração de professores e alunos de todas as
academias de tango e de mostrar para a cidade um pouco mais da dança
e da arte. Estão sendo cotadas a Praça da Liberdade e a Praça
Marília de Dirceu.
FAX
Esperamos que vocês, quando receberem este jornal, já estejam bem em Ma-drid e que tenham levado boas recordações do Brasil e de Belo Horizonte. Certamente uma delas foi a de ter dançado o forró, não? A visita de vocês foi muito prazeirosa para nós, mas enfrentamos alguns constrangimentos, pelos quais pedimos desculpas. Gostaríamos de explicar porque vocês não conseguiram trocar com facilidade os travellers-cheks: é que nossos bancos estão muito sem dinheiro. Já criamos para eles um fundo de ajuda e estamos pagando, por cada folhinha de cheque, quase um dólar. Mas parece que isso ainda não tem sido o suficiente. Por isso eles só vendem e não compram os cheques de viagem. Mas o Brasil tem uma lei de defesa do consumidor muito boa e temos a certeza que, com a nossa reclamação, as agências bancárias trocarão aquele adesivo onde está escrito "Trabalhamos com travellers-cheks" por "Vendemos...", caso contrário serão punidos por propaganda enganosa.
Os engarrafamentos de trânsito também não são uma constante e normalmente os nossos motoristas são muito educados. Ocorre que nossa cidade está se preparando para ser a "Capital do Século" e virou um canteiro de obras - as flores serão plantadas mais na véspera. No entanto, vocês perceberam como todos estão treinando a cordialidade e me cumprimentavam chamando-me de D. Maria?
Da nossa parte, temos a lamentar o excesso de zelo que tivemos com as
férias de vocês. Quando os vi, na véspera da partida,
dançando o rock com o maior charme, pensei que tínhamos perdido
uma grande chance de passar para os nossos alunos tamanha graça.
Da próxima vez, além dos passeios, vocês vão
ter que tirar um tempinho para dar umas aulas.
Esperamos que, através do nosso intercâmbio, fortaleçam
os laços entre a Es-panha e o Brasil. Mais uma vez, nosso carinhoso
abraço,
Baby
CARTAS E E-MAILS
"Aos amigos da Mimulus um grande abraço".
Gian Carlo, Paolo, Miriam e Alessio Perotti - Piemonti, Itália
"Ficamos felizes em saber do sucesso de Jomar e Juliana na Europa. Eu
quero mais é que o mundo saiba que há brasileiros no topo.
Parabéns por isto e pelo jornal na Internet".
Marcinho Veríssimo - Rio de janeiro
(Marcinho Veríssimo dirige o Centro de Artes e Danças, no Centro Profissional do Barra Shopping, sala 313 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - fone (021) 326-2705).
"Através do jornal partilho as conquistas da Mimulus e fico feliz
com o sucesso merecido. À Baby, meus parabéns pela matéria
do espaço Opinião, pela clareza e competência com que
expôs o assunto".
Elizabeh Taniguchi - Dolce Vida - Belo Horizonte
"Gostaria de cumprimentá-los pela qualidade do jornal. Sou professor
de dança de salão e gostaria que me enviassem sempre o jornal
para que os meus alu-nos também pudessem ler".
Luciano de Jesus - Montes Claros
"Através da Mimulus acredito que poderei fazer o que há
de melhor na dança de salão em Araxá".
Taciana Almeida - professora de dança de salão - Araxá
"Todos os fãs da dança de salão deveriam
conhecer o trabalho de vocês e compreender toda a sua riqueza. Espero
vocês aqui".
Catarina Almeida - Uberaba
"Recebi o jornal e achei fantástico, principalmente em nossa
cidade, onde a dança de salão caminha lentamente se comparada
ao Rio de Janeiro, onde se dança mais".
Luiz Antônio Rodrigues - Belo Horizonte
"Querido amigo Jomar: estoy muy contento de haberlos conocido. Su arte
mató al público! Fue una verdadera maravilla. Ahora los quiero
volver a ver en el escenario japones!
... Muchos saludos para su encantadora compañera de baile Juliana".
George Kanematz - Tokio
"Gostamos muito de receber o Mimulus em Movimento. A capa do quarto
número está lindíssima. Mandem sempre notícias".
Maria Ângela e Gisele - Lavras
EXPEDIENTE