Setembro 1997.
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EXCLUSIVA - Jaime Arôxa.
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Nome dos mais importantes no cenário da dança de salão brasileira, Jaime Arôxa fala do II Encontro Internacional e defende a tese de que, constituída a Federação, é preciso, "num primeiro momento, organizar a própria dança de salão, e só depois pensar em dança de competição"

- Quais os profissionais mais conhecidos que participaram do II Encontro?
- Luigi Marini, que foi vice-campeão italiano de dança latina e hoje tem escola em Padova.
Andre e Claudine Massaro, pais de Stephane Massaro, que vem trabalhando comigo há quase um ano, e Sebastien Massaro. A família tem uma escola de dança de salão em Chartres, na França, onde nasceram. Usam inclusive o nosso símbolo. Eles estão desenvolvendo um trabalho com danças brasileiras, na Europa, principalmente o samba de gafieira, e estão abrindo escolas na Córsega e na Sardenha. Daniel e Cathy Avenel, franceses que promovem a "Noite da Dança de Cherbourg", um encontro a que comparecem pessoas do mundo inteiro.
Caridad Rodriguez, de Cuba, a mais importante professora de dança de salão de seu país, que durante dez anos deu aulas na televisão cubana.
Os campeões mundiais Kim e Cecilie Rygel, além de Pablo Pugliese, filho de Mingo Pugliese, tangueiro argentino dos mais respeitados.

- E quanto aos brasileiros presentes?
- Como sou eu que organizo o Encontro, coloquei, representando o Brasil, os professores do meu grupo, inclusive o Jô, que é de Recife, como eu, e dá aulas de forró.

- A quem coube a organização do II Encontro?
- À Tânia Carvalho e à JZ Congressos, que o realizaram e produziram. Em termos de riscos, só eu. Os outros, a nível de lucro. À Tânia coube o grande trabalho, ao lado da JZ.
Eu fico na direção e trabalho mesmo durante o Encontro.

- Quais os objetivos do Encontro?
- Dar informação, desenvolver o gosto pela dança de salão, fazer com que pessoas que não estão na dança apaixonem-se e percebam que existe possibilidade de organizações grandiosas como esta.

- Muito se fala sobre a dança de competição. Quais as propostas básicas da Federação que você, junto a outros profissionais, pretende criar?
- A Federação não está sendo criada para a dança de competição e, sim, num primeiro momento, para organizar a própria dança de salão.
Futuramente é que vamos começar a pensar em dança de competição. Por enquanto, temos que arrumar a casa. Esta é a nossa idéia.

- Quais os próximos passos visando a implementação da Federação?
- Isto ainda está sendo definido pelos profissionais que a compõem.

- Quais os profissionais engajados neste movimento?
- Sallo Tchê, a academia do Fernando Macedo junto com a Rachel Mesquita e seus professores, a nossa escola, a entidade dos Amigos da Dança, de Jacarepaguá, o Carlinhos de Jesus - que ainda não pôde comparecer às reuniões, mas a Stelinha já disse que ambos vão participar -, o Marquinhos, o Oswaldo. Todos já confirmaram seu engajamento. Quanto mais, melhor para a Federação.

- Como você encara as críticas à dança de competição?
- Encaro com ética e respeito, afinal cada um trem sua opinião. Não vou dizer que seja fácil criar a Federação. O futuro dirá... As críticas e problemas sabemos que são verdadeiros, mas vamos ver se temos inteligência suficiente para, considerando as diferenças, encontrar algo em comum, sem que elas impeçam a nossa evolução. Temos diferenças, e acho que é importante mantê-las, mas conviver com elas é politicamente correto.

- Você já está trabalhando junto a fisioterapeutas?
- Na verdade, eu estou mais observando do que fazendo um trabalho em conjunto com eles. Eu conheço bem a dança de salão e o movimento. Daí, então, o meu trabalho ser terapêutico. Quando leio sobre terapeutas e observo o trabalho deles, vejo que temos muita coisa em comum. Dançar a dois é uma terapia corporal, não aquela terapia de manuais, mas uma terapia baseada na prática do movimento. E isto eu quero informar e provar ao mundo científico.


Jaime Arôxa momentos antes da entrevista concedida a Ricardo Leão
Foto de Monique Furtado.


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