MATÉRIAS


GRUPODE RUA DE NITERÓI - POR UMA DANÇA DIFERENTE

O DAA entrevista Bruno Beltrão, coreógrafo do Grupo de Rua de Niterói, que vem quebrando tabus e conquistando novos espaços para a sua arte. Bruno apresentou a peça "Eu e meu Coreógrafo no 63" com grande sucesso no 10o Panorama Rio Arte de Dança, trabalho totalmente diferente do que estamos acostumados a ver na dança de rua. Enquanto comemora a escolha para a importante mostra internacional de dança Rencontres Coreographiques de Seine-Saint-Denis, na França, Bruno experimenta novos contextos e discute os rumos de sua dança.

Dança, Arte & Ação - Fale um pouco do trabalho "Eu e meu Coreógrafo no 63".

Bruno Beltrão - Nosso desejo foi utilizar a linguagem corporal do break dance, da dança de rua, só que com outra conotação, quebrando tabus, fazendo possível o que não era: se a dança de rua não pode ser dançada sem música, vamos dançar sem música. Se a dança de rua não pode repetir movimentos, então vamos repeti-los.

É ir contra tudo o que está acontecendo. É uma tentativa do grupo de sair desse ambiente que vê essa forma de dança como show, como entretenimento. Nossa proposta é encarar a dança como pensamento, que venha a agregar alguma coisa de valor para o público.

Na estréia, eu fiquei surpreso com a reação da platéia que, em vários momentos, achou graça, riu. Meu objetivo não é entreter ninguém com o meu trabalho; não estou aqui para divertir e acho que já tem diversão demais. Você liga a TV e é o dia inteiro diversão. As pessoas já têm isso.

Para o público e profissionais da dança de rua a mentalidade ainda é essa: o virtuosismo é o principal e só importa fazer uma coreografia curta, rápida, por que você tem um tempo estipulado. Ou seja, unicamente voltada para os festivais competitivos, vistos como grande oportunidade de trabalho e geradores de mercado. Falo sobre isso no ensaio que escrevi para o livro Lições de Dança 2 da UniverCidade, "Break dance - fissão e reação em cadeia".

Foi assim que comecei também: participei de festivais por dois anos. Porém, percebi que naquele contexto, onde você tem apenas 5 minutos para mostrar tudo do bom, do melhor que é capaz, e sair vencedor, são impostas tantas restrições que tudo é simplificado num único objetivo: ganhar.

Daí que 90% dos participantes entra no festival apenas com essa idéia, e o que se vê é, na maioria dos trabalhos, uma pobreza conceitual tão grande, uma dança tão vazia que não dá para levar a sério.

Na verdade, estou buscando, tentando sair desse meio. Então, eu não sei se eu consegui, se um dia vou conseguir, mas é uma coisa que deixo explicita: a minha vontade é não fazer dança burra.

Por isso eu admiro o Balé de Rua de Uberlândia, onde o seu diretor, Fernando Narduchi, trilha outro caminho e está procurando criar uma linguagem própria e genuína.

DAA - Como surgiu o Grupo de Rua de Niterói?

BB - A história do grupo começa em 96, a gente participando maciçamente dos festivais competitivos. Fomos um sucesso arrasador: participamos de 9 festivais e vencemos todos. Fomos eleitos 5 vezes o melhor grupo aqui no Estado e até no Campeonato Internacional de Funk em Nápoles, na Itália.

DAA - E você está rompendo com essa fórmula de sucesso?

BB - Logicamente os resultados são importantes, mas hoje eu tenho uma outra visão: Acho falsa essa questão de dizer que o grupo A está em 1o lugar e o grupo B está em 2º. Nenhum jurado está realmente apto para isso. A dança de rua é ainda muito nova, começou a mais ou menos 20 anos. Na maioria das vezes, os jurados não tiveram maior contato com o estilo. É gente de balé clássico, dança contemporânea, e que acha que, pelo conhecimento que tem em outras modalidades, pode julgar a dança de rua. Acha que vai ser a mesma coisa, mas não é.

Cheguei a elaborar uma pesquisa chamada Projeto de Dança de Rua 2000. Era uma tentativa de criar padrões. O julgamento tem que ser técnico, quase cientifico, senão se torna pessoal.

Como dizia Descartes, bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo, todo mundo se acha bem provido dele. Acredito que o julgamento não pode ser por gosto, por bom senso de cada um, quem julga responde por uma comunidade muito grande. É o festival que está premiando e não aquele jurado. Por isso eu sou totalmente contra os festivais competitivos.

DAA - E por que, na sua opinião os festivais têm ainda tanta receptividade?

BB - A comunidade da dança de rua ainda está muito envolvida, vendo nos festivais a única forma de se projetar. Mas eu digo: não foi porque venci o campeonato na Itália que eu hoje estou aqui, nem por que venci 9 festivais que fui convidado. Estou aqui por passei a pensar o que estou fazendo, por buscar uma outra forma que é totalmente diferente do que fazia antes. Antes eu nunca faria um duo por que queria colocar trinta no palco e fazer igual ao Dança de Rua do Brasil. Mas ao quebrar paradigmas, vejo que posso botar dois sem problema nenhum, eu posso fazer um solo.

Eu preparei essa apresentação sem qualquer preocupação em ser virtuoso, o importante é saber o que está por trás daquilo ali: qual a idéia? É inteligente? Não é?

Então o convite passa a ser mais importante: a gente sai de um contexto e entra em outro, o que para mim tem sido ótimo. Estou trocando experiências com companheiros que já estão aí a um tempo, estamos aprendendo.

DAA - Como foi a concepção de " Eu e o meu coreógrafo no 63 " ?

BB - Esse trabalho foi muito difícil, eu sofri muito, por que inicialmente não acreditava nele. Eu já tinha a idéia de que a dança não é mímica e na faculdade essa concepção é bastante reforçada e me influenciou. Não gosto da noção de que estou interpretando e o público tem que entender. Eu larguei essa questão de ter que entender. O que faço é tentar colocar lado a lado a fala e o movimento do artista. Ele não está interpretando o que está falando. Ele está dançando.

Nossa preocupação era trazer uma conversa original, pura e sincera e colocar a fala e a dança e ver se uma coisa bate com a outra. Na verdade, é obvio que bate, por que é a mesma pessoa.

Durante o desenvolvimento, a participação do Willow foi admirável: além da fala, ele nos ajudou a sair de um processo de limitação, contribuindo para a nossa libertação dentro da própria dança de rua, sem amarras do tipo: isso é movimento de dança de rua, isso não é. Essa atitude foi fundamental para a formatação da coreografia.

DAA - Como foi montada a gravação que serve de base ao trabalho?

BB - Foi totalmente espontânea. Nós estávamos em um quarto de hotel, e íamos jantar. O Willow começou a falar e eu resolvi gravar e no final eu disse: "A gente já acabou a coreografia, já tenho toda ela na cabeça." Aí ele não entendeu nada. Contei o que tinha feito: gravei tudo que você falou e vamos trabalhar em cima disto.

Ele é coerente, autêntico. Só fiz isso por que é uma pessoa muito especial. O que eu queria era captar sua essência, era fazer um retrato do que passa na cabeça dele, sem edições, sem controles. Ele tem uma história muito rica, ele já sofreu. Pode então originar essa dança tão intensa. Nos deu uma liberdade, uma possibilidade exuberante de criação de movimentos. Na verdade isso é explicito nele e essa coreografia nasceu da admiração que eu tenho por ele. O que se ouve é uma conversa, sem nenhuma preocupação com essa questão de entendimento e confesso: estou, neste momento, até um pouco incomodado por ter, talvez, passado uma impressão que não desejava; essa coisa de mímica, de interpretação.

DAA - Você fala que ao acabar a gravação a coreografia já estava toda pronta. Como é isso?

BB - Na verdade é tudo do Willow, a fala, a movimentação. Na verdade eu dirigi o que já estava ali.

DAA - E como o seu trabalho está sendo definido pela comunidade da dança de rua?

BB - Eu não estou querendo definir se sou dança de rua ou não. Já falaram que somos um grupo de contemporânea que aprendeu a técnica da dança de rua e até que somos outro tipo de dança de rua. Mas quem tem que definir é o público. Nossa idéia era sair do convencionado, suar muito e arriscar: sempre fica aquela expectativa de como este novo será recebido.

DAA – Como você foi selecionado para o Panorama?

BB - Na faculdade, descobri a filosofia e fiquei apaixonado. O Roberto Pereira era o professor. Também conheci a Lia Rodrigues e a Sílvia Soter. Quando apareceu o Duos de Dança no SESC a Sílvia me indicou, e o trabalho que apresentei teve uma grande repercussäo - foi a nossa passagem para esse outro mundo; por que a gente está em um mundo diferente.

DAA - Como você está sendo recebido nesse "mundo novo"?

BB - O break dance todo mundo já conhece, já viu aqueles caras que rolam para lá e para cá, aqueles movimentos típicos. Do jeito que a gente está fazendo só é novo e causa essa repercussão positiva, pela mudança do contexto em que colocamos a questão da exploração musical e do espaço de cena, por essa tentativa de aprofundar um pouco mais o conceito da coreografia, pelo fato da gente ter feito isso e vir com o break dance, com footwork, com movimento de chão.

Isso tudo é muito novo. Na verdade o break dance é muito rico, impressiona por que tem uma linguagem muito particular, muito curiosa. E a maior prova de que estamos no caminho certo é que fomos selecionados para a Mostra de Seine-Saint-Denis.

DAA - E quais são os projetos futuros?

BB - Pretendo apresentar o novo espetáculo "Cinco Sinapses para Dança de Rua" em março no Espaço Cultural Sérgio Porto, mas ainda não está confirmado. Acertada mesmo está a participação no Projeto Corpo Santo da Universidade Federal de Porto Alegre em novembro. No mais estamos esperando, fomos vistos pelo curador Guy D'Armet e talvez aconteça uma viagem a França, os organizadores do Danças na Cidade, uma mostra que acontece em Lisboa, também demonstraram interesse por nosso trabalho.

 


O duo “Do popping ao pop e vice-versa” faz parte do novo espetáculo do Grupo de Rua de Niterói.
Em cena os bailarinos Alessandra Pinho e Willow


CARLINHOS DE JESUS - UM PROFISSIONAL A MIL

Verão, férias, muita preguiça, parece que o ano só começa mesmo depois do carnaval. Mas não para Carlinhos de Jesus. Esse é um dos períodos em que ele é mais requisitado: além de dar aulas, cuidar de sua escola e da companhia de dança, ele assina a coreografia da comissão de frente da tradicional Estação Primeira de Mangueira, prepara a saída do bloco carnavalesco "Dois para lá dois prá cá" e atua no "Ela Brasil", musical em cartaz de 2a a 5a feira na casa de shows Garden Hall.

O dançarino e coreógrafo ainda encontrou tempo na agenda lotada para falar ao DAA sobre sua rotina de trabalho, projetos e aposta no futuro da dança.

Dança, Arte & Ação: Como estão os trabalhos para a comissão de frente da Mangueira? Você pode nos adiantar alguma coisa?

Carlinhos de Jesus: A comissão está a pleno vapor: ensaios diários, muita expectativa e preparação para não fazer feio quando os portões da Sapucaí se abrirem e a Mangueira passar. Você sabe que o segredo é a chave do sucesso, precisamos surpreender o público, por isso só mostramos a verdadeira coreografia da comissão de frente no dia do desfile. Preste atenção: a Mangueira será a segunda escola a desfilar na 2a feira e teremos mais uma vez uma apresentação arrojada e de grande impacto. Será uma grande surpresa!!!

DAA: Fale sobre o "Dançando no Interior"

CJ: Este projeto foi uma das melhores coisas que me aconteceu no ano de 2001. Estava na gaveta há algum tempo e não conseguia concretizá-lo por falta de patrocínio. No final de 2000, eu o encaminhei à Helena Severo, secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, obtive a aprovação e consegui levar para o interior um pouco da nossa dança de salão.

O programa dividiu-se em oficinas de dança, shows e bailes sempre realizados em praças públicas. A nossa equipe era formada por dez músicos da Banda Signus comandados pelo maestro Marcelo Furtado, doze dançarinos da Cia da Dança Carlinhos de Jesus, pessoal para montagem de palco, camarim. A iluminação e sonorização ficou aos cuidados de Alexandre Japiassú, e tínhamos ainda dois camareiros, dois auxiliares, um segurança, dois motoristas, assessoria técnica e de imprensa, um verdadeiro batalhão!

De setembro a novembro atendemos a dez cidades: Mendes, Itaguaí, Santa Maria Madalena, Barra Mansa, Areal, Iguaba Grande, São Francisco de Itabapuana, Itaperuana, Duas Barras e Tanguá. Esperamos repetir a dose em 2002.

DAA: O que representa participar de um musical como o "Ela Brasil"? Como está sendo a repercussão? O espetáculo deve continuar após o carnaval?

CJ: Participar de um projeto desses é muito importante para o artista brasileiro. Sabemos que o país não tem a tradição da produção de musicais. Com certeza o sucesso de um espetáculo como este, que emprega sessenta pessoas em cena, mostra que é possível o retorno de um investimento tão alto.

Para mim não é uma novidade participar de musicais, mas este tem uma conotação especial devido ao investimento e a qualidade técnica dos participantes. Apesar de ser um veterano, estou curtindo como um iniciante.

A repercussão está sendo positiva e continuaremos em cartaz sem data para o encerramento. A idéia é que o "Ela Brasil" seja o espetáculo oficial da cidade do Rio de Janeiro.

DAA: O que significa ter o nome transformado em griffe?

CJ: Representa ser referência, modelo; e isto traz um peso, uma responsabilidade. Ficam de olho em você e as críticas são mais vorazes. Mas também é muito gratificante, tenho no mercado sapatos, camisas, CDs, bonés, leques e as fitas de vídeo "Aprenda a dançar com Carlinhos de Jesus."

DAA: A dança de salão tem Carlinhos de Jesus como um de seus representantes mais significativos, certamente o mais famoso e popular. Você pensa em garantir a continuidade do seu trabalho através da formação de um discípulo especial?

CJ: Além do talento e carisma, o que faz o artista se destacar dos demais é a sua perseverança, responsabilidade, dedicação e amor ao que faz. Estes predicados servem para qualquer área de atuação. Tenho na Casa de Dança profissionais de primeira linha, dedicados e que, com certeza, continuarão nosso trabalho com toda a eficiência e talento. Estou muito feliz com a minha equipe e acredito no sucesso de todos.

DAA: Você é muito requisitado. Para dar conta de tantos compromissos como fica o horário de trabalho?

CJ: Gostaria que o meu dia tivesse 48 horas, faço ginástica, ensaio, dou aulas, coreografo, atuo no teatro, respondo a e-mails, faço reuniões... é claro que tem dia que ninguém consegue falar comigo. Sou um viciado em trabalho; às vezes quando tenho um dia de folga, acho estranho, parece que está faltando alguma coisa. Nos meses de janeiro e fevereiro vou deitar às 2:30h e acordo às 9h, durmo em média sete horas, me alimento muito bem e faço exercícios diariamente, inclusive sábados e domingos.

DAA: Acabamos de passar pelo temor de um conflito mundial, as mudanças acontecem cada vez mais rápido e não há mais a certeza de manutenção do status quo; tudo é muito passageiro. Neste contexto qual o lugar da dança e suas perspectivas?

CJ: Vimo-nos sob a iminência de uma terceira guerra. A população está empobrecida e a indústria do entretenimento é a que mais sofre. A dança é caracterizada como lazer e perfeitamente descartável numa situação de crise. Mas sabemos que as manifestações artísticas são de suma importância para manter o bem estar da sociedade. As pessoas procurarão na dança uma forma de extravasar suas angústias e preocupações. Acho também que a dança tende a se transformar com coreografias mais fortes e expressivas.

DAA: E novos projetos? Já estão marcadas temporadas, viagens ao exterior?

CJ: Pretendo repetir o Dançando no Interior, lançar um novo CD e ...não, não se preocupem, pois não cantarei; somente indico músicas para a dança a dois. E quem sabe, levar ao palco o show que aguarda na gaveta por patrocinadores. Viagens ao exterior estão sempre na minha agenda; iríamos fazer em dezembro apresentações nos Emirados Árabes e Índia, mas não foi possível devido à crise mundial. Quem sabe em 2002?

Os ensaios do "Dois prá lá, dois prá cá" acontecem todos os domingos na Casa de Dança Carlinhos de Jesus, na rua Alvaro Ramos, 11 - Botafogo. Dia 9 de fevereiro, sábado de carnaval, a Casa será o ponto de concentração do bloco que sai as 16h e atravessa o Túnel Novo com destino à Copacabana. A folia segue em frente ao Hotel Copacabana Palace até as 20h. Já à venda a camiseta do bloco que traz desenho exclusivo do cartunista Ziraldo.


ESCOLA DE SAMBA AGORA É UNIVERSIDADE

A Universidade do Samba, idealizada pelo jornalista Paulo Garritano, pretende formar profissionais que dominem as técnicas de desfile, saibam tudo sobre o samba e estejam aptos a enfrentar esse mercado tão competitivo que gera anualmente aproximadamente 2 mil empregos diretos e indiretos.

Os cursos são de especialização e dão direito a certificado de conclusão. Os alunos terão entre outras, aulas de criação e desenvolvimento de enredo, história do samba, samba no pé, harmonia, conjunto e evolução/direção de carnaval, ritmo e percussão e ainda mestre-sala e porta-bandeira, ministradas por figuras tradicionais do carnaval carioca. Paulo Garritano é o professor da cadeira de cobertura jornalística de carnaval.

O curso, que funciona aos sábados, tem coordenação do carnavalesco da Portela Alexandre Louzada e oferece além das aulas teóricas, prática no barracão da Escola.

A Universidade do Samba está instalada na Rua Silveira Martins 153 -Catete (prédio da Faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães). Mais informações pelo tel. (21) 2556-7995 ou pelo end. universidadedosamba@hotmail.com

 


MOMIX VIAJA PELO BRASIL COM SEU NOVO ESPETÁCULO

A companhia de dança contemporânea Momix, em seus 22 anos de existência consagrou-se por suas criações surrealistas, misturando humor, efeitos de luz, acessórios e cenografias diferentes com os corpos de seus bailarinos.

Em março, o Momix retorna ao Brasil trazendo seu novo espetáculo "Opus Cactus" criado pelo fundador da Cia., Moses Pendleton, que também é o diretor. No elenco Cynthia Quinn, Brian Sanders, Kori Darling, Pi Keohavong, Brian Simerson, Craig Berman, Nicole Loizides, Jae´l Carapolo, Kara Oculato, Michael Holdsworth e o The Arizona Ballet, dão representação a visões distorcidas do deserto de Sonora, em especial do cactus Saguaro, vegetação característica do lugar e que é reproduzida na cenografia sob a forma de imensos cactus e flores exóticas.

Com figurinos de Phoebe Karzin, tendo a música de Brian Eno, Dead Can Dance, Bach, além da música aborígene australiana e a nativa norte-americana como fundo, os artistas dividem o palco com as esculturas de Alan Boeding, as marionetes de Michael Curry e os cactus de Susan Asís. A iluminação é de Joshua Starbuck e John Finan.

Com a promessa de um espetáculo surpreendente, "Opus Cactus" chega ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro no dia 8, e tem ainda apresentações nos dias 9 e 10 de março. A turnê segue por mais seis capitais: dia 12 no Teatro Castro Alves (Salvador), dia 14 no Teatro Villa Lobos(Brasília); dias 16 e 17 no Palácio da Artes(Belo Horizonte); 19, 20 e 21 no Teatro Municipal de S.Paulo, dias 22, 23 e 24, no Teatro do Sesi (Porto Alegre) e por fim dias 25 e 26 no Teatro Guaíra, em Curitiba.

 

 


SEGUNDA SEMANA DE DANÇA MIMULUS

De 27 de janeiro a 2 de fevereiro, Belo Horizonte assiste a segunda edição do evento "Semana de Dança" da Escola Mimulus de Dança de Salão. Apresentação na Praça Marília, grupos de estudo, oficinas de dança e projeção de vídeos no Centro Artístico de Dança Mimulus, aulas regulares no Galpão da Cia e espetáculo no Teatro do Palácio das Artes compõem o programa. Bailes também estão previstos. Agenda completa e mais informações pelos tels. (31) 3295-5213 ou 3344-2882 ou ainda pelo endereço eletrônico mimulus@uol.com.br .

 

 


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