MATÉRIAS

FACULDADE ANGEL VIANNA

 
Uma das mais tradicionais escolas de dança do Rio de Janeiro é agora Faculdade. Mais uma vitória de Angel Vianna que, ao longo de sua carreira, deu nova dimensão à aprendizagem em dança, fundindo os processos de auto-conhecimento e criatividade, numa orientação didática macro, planetária sem, contudo, se descuidar do indivíduo, visto como ponto de partida de transformação do mundo.
É com essa marca de sucesso que a Faculdade Angel Vianna  lança os cursos de Licenciatura Plena em Dança (para formação de professores) e o Bacharelado em Dança (formação de dançarinos) que terão início em 19 de março de 2001. Atenção para os prazos:
Inscrições - de 25 de janeiro até o dia 05 de março, mediante apresentação de original e cópia da carteira de identidade, preenchimento de ficha de inscrição e pagamento de taxa de R$ 50,00.
Provas   - O processo seletivo será em duas etapas: teste de habilidade específica e prova escrita, nos dias 10 e 11 de março de 8 às 12hs, respectivamente.
Resultados - divulgação de lista de aprovados, na própria faculdade, no dia 14 de março.
Matrículas - os selecionados terão do dia 14 a 29 de março para matricular-se.
Para quem ainda não sabe a Faculdade Angel Vianna fica na Rua Jornalista Orlando Dantas, 02 - Botafogo e a secretaria atende no horário de 8 às 12h e de 13 às 18h.

 

 



 
MÚSICA PARA DANÇAR
Dançando no Salão, esse é o nome do CD que acaba de ser criado especialmente para os adeptos da dança a dois. O disco traz em doze faixas vários sucessos da música nacional e internacional, entre elas sambas, boleros, salsas e música pop interpretadas em português, espanhol, italiano e inglês. E ainda, muito bem inserida no tema da obra, uma homenagem à "primeira dama da dança de salão", a música Antonietta na gafieira.
O disco é um projeto da cantora Christina Paz, que selecionou o repertório e coordenou musicalmente a gravação de base do disco; contando com a colaboração de seu professor de dança, e também DJ, Márcio Carreiro, além de uma equipe tarimbada, entre músicos, técnicos e arranjadores, composta por profissionais reconhecidos, que trabalham com diversos nomes de sucesso da MPB.
Este é o primeiro CD solo da cantora, que tem uma extensa trajetória: aos sete anos iniciou o estudo de piano, mais tarde, graduou-se em letras e música, foi professora de ambos os cursos,  em 78, ingressou no Conservatório Brasileiro de Música e até hoje dedica-se ao estudo de canto. A estréia em shows foi junto ao Coral Madrigal Guanabara, nos idos de 77, participou também de grandes óperas, e em seu currículo aparecem ainda trabalhos como backing vocal de cantores famosos, gravações de jingles e vinhetas para comerciais de rádio e televisão e preparadora vocal de atores para peças teatrais.
Nos últimos dois anos, Christina tem se dedicado a realizar shows solo, mostrando seu trabalho no Brasil e até no exterior.
O disco "Dançando no Salão" está sendo divulgado e vendido em bailes e nos redutos e academias do estilo. A produção que é independente, pode ser encontrada também em lojas virtuais: www.cdyou.com , www.musicbeats.com e www.somlivre.com .



 
MOSAICO:
A NOVA COLUNA SOBRE DANÇA CONTEMPORÂNEA
Inauguramos um novo espaço, dedicado à dança contemporânea,  e para o qual buscamos uma voz significativa, competente e especializada para o delicado trabalho de investigar o cenário e as tendências dessa dança, oferecendo uma análise embasada dos espetáculos, conceitos e fatos desta arte.
Convidamos então Marina Martins, dançarina, coreógrafa, diretora, professora e pesquisadora. Mestre em Teatro pela UNI-RIO, graduada em Artes Cênicas também pela UNI-RIO, Marina traz em seu currículo experiências significativas tais como a Assessoria de Dança para o MAM/RJ, docência na UniverCidade/RJ no curso de licenciatura plena em Dança,  a co-direção da cia Atores Bailarinos do RJ, entre muitas outras, de igual ou ainda maior relevância para a Contemporânea. A nova colunista pretende "estimular nos leitores o gosto pela diversidade do olhar e pela reflexão. Pensar a dança sob vários aspectos e pontos de vista, além de ressaltar a importância da arte da dança e suas diferentes manifestações como reflexo social. "Só se conhece verdadeiramente um povo, quando conhecemos a sua dança"
Inspirados pelo título MOSAICO, escolhido pela própria Marina - "gosto também da imagem do fragmento, da lente-de-aumento e do close-up" - que nos dá a idéia da plasticidade, de pequenos pedaços juntando-se, afastando-se, tornando a reagrupar-se até compor a figura final", resolvemos fazer um rápido "bate-papo" onde descobrimos em cada resposta um pouco desta profissional dedicada e apaixonada por sua arte.

 

 

Dança, Arte & Ação - O que te incentivou a escolher a dança como profissão?
Marina Martins -  A sensação que eu tenho é que fui tomada pela dança. Não foi uma opção racional e projetada. Sempre gostei de ver dança e teatro e quando garota brincava de vestir panos e fantasias para dançar; chegava a imitar trechos dos balés que minha tia me levava para ver. E assim foi, quando dei por mim estava fazendo aulas o dia inteiro, mas o que adorava era estar no palco, o lugar onde me sentia inteira e feliz.
DAA - E o estudo na área teatral ?
MM - Depois de anos dançando, senti a necessidade de entender teoricamente aquilo que eu fazia. Procurei a escola de teatro por causa do curriculum em teoria, que abrange a história do teatro, da arte e da filosofia de todos os tempos. Foi uma excelente opção porque abriu meu senso crítico e estético e o gosto pelo conhecimento. Meu trabalho melhorou muito, fora o imenso prazer em fundir consciência e paixão.
DAA - Fale um pouco sobre a experiência na Joffrey School
MM - Fui para a Joffrey, em Nova York, porque precisava do visto de estudante que eles davam. Me sentia muito diferente deles: uma latina, morena, de estatura média, com as pernas um pouco curtas e roliças no meio daqueles bailarinos loiros, altos e magros. Já havia estudado balé no Teatro Municipal do Rio, o Klauss Vianna, que era o meu professor, disse que o meu corpo e principalmente os meus pés não haviam sido feitos para a dança clássica. De fato, sentia muitas dores nos pés e minha bacia sempre foi fechada... Mesmo assim, freqüentava as aulas de balé e não fazia feio. Tinha a inspiração para me salvar! Eu realmente me sentia uma bailarina e tinha bastante energia para superar as "deficiências" físicas. Foi um ótimo desafio que me fez entender que jamais seria uma bailarina clássica e isso, ao invés de me desanimar, me impulsionou a procurar a minha própria dança.
DAA -  E como foi a experiência na Cia de Atores Bailarinos
MM - Pois é, foi com os Atores Bailarinos que encontrei a minha dança. A Regina foi prá mim uma grande mestra. Fiquei trabalhando na cia desde a fundação em 79 até 93. A gente fazia de tudo um pouco para poder dançar. Trabalhávamos, incessantemente, na criação coletiva de uma linguagem gestual contemporânea calcada no expressionismo, pela via do Sistema Laban de Movimento. Improvisávamos muito, dando vazão às emoções e à criatividade num processo muito intenso. Foi então que me aproximei das artes plásticas, porque enquanto o Luiz Áquila pintava em seu atelier, na sala ao lado nós dançávamos, além, é claro da convivência com os outros artistas amigos dele. Fizemos muitos espetáculos em lugares alternativos, em qualquer lugar que fosse interessante. Foram quase 20 anos de pura paixão pela dança.
DAA - Você tem também uma bagagem expressiva junto ao teatro/tv/cinema.
MM - Bem, prá mim o teatro e a dança são praticamente a mesma coisa, aliás, as artes cênicas em geral dependem de um corpo em cena. O que varia é a estética e o estilo da representação, com mais ou menos texto, com marcações mais rígidas ou aleatórias, mais realista ou abstrato, tanto faz. O palco é o lugar da representação pelo corpo e eu adoro ensaiar atores, juntar as imagens da fala com o movimento, de ajudar a fazê-los entender sua função na cena. O trabalho em equipe é muito rico, desde a conceituação até a realização de um espetáculo, seja de dança ou de teatro, é o que verdadeiramente me emociona, o processo criativo. Já na TV é bem diferente, é mais impessoal. É rápido, não há o desenvolvimento de um processo criativo, digo isso em relação aos programas que fazem parte de uma estrutura em que o tempo é muito curto. E isso se aplica, de certa forma ao cinema, mesmo quando se trata de um filme musical como foi a Ópera do Malandro. O tempo é curto demais e você tem que chegar com tudo pronto e marcar. Depois eles fazem o que querem na moviola, cortam muito a coreografia, o que dá uma certa frustração. Mesmo assim o cinema é bem melhor que a TV e é interessante, também, trabalhar com o fragmento. Eu adoraria fazer mais filmes musicais, e um dia, quem sabe, dirijo um?
DAA - Quais são suas atividades/trabalhos/projetos atuais?
MM - Estou ingressando no doutorado em teatro para falar da estética modernista e a formação da dança moderna e contemporânea no Rio de Janeiro a partir de fontes literárias e iconográficas e darei aulas de dança em um curso superior de educação artística, no qual relacionarei as artes impressionista e expressionista à estética do movimento da dança e do ato de pintar. Além disso, e apesar de estar 7 anos sem pisar num palco... talvez, quem sabe... ponha em prática alguns dos meus projetos coreográficos para 2002.



 
AS AMÉRICAS: O PAPEL DA CULTURA
O Primeiro Fórum Internacional da Sur-Montreal, projeto cultural com o patrocínio da Societé Saint Jean Baptiste, irá realizar-se em Montreal, nos dias 30 e 31 de Março de 2001.
Com a proposta de discutir o papel da cultura nas Américas, o fórum pretende fazer um diagnóstico atual, compor um quadro de perspectivas, passando pelos efeitos da globalização na criação e preservação da diversidade e analisar os vários aspectos sócio-políticos e também metodológicos no fazer cultura.
O evento contará com discussão de teses, conferências e painéis de debate nos diferentes temas a serem estabelecidos pelo Comitê Organizador, integrado pelas Universidades MCGIll, UQAM, Concordia e de Montreal.
Entre os resultados esperados pelos organizadores estão: a criação de um canal de discussão e intercâmbio de idéias entre todas as Américas, sobre o fazer cultura e seus efeitos em nossos povos; a criação e concepção de um laboratório experimental de Pensamento, trabalho e ação filiados ao projeto cultural SUR, com o objetivo de estimular e viabilizar a participação de profissionais das diferentes áreas em fóruns internacionais correlacionados; montar as bases do que seria o Primeiro Encontro Internacional de literatura, dança, teatro, arte e folclore produzido pelo Projeto Cultural SUR, a acontecer provavelmente em 2002 e que os trabalhos apresentados sejam registrados e publicados sob patrocínio.
Contatos, informações sobre inscrições, regras de participação etc. através dos endereços: 152 Villeray, Montreal Qc. H2R 1G3, Canadá, (514) 271 1437, ou correio eletrônico: pcsur@magma.ca . Atenção interessados - o limite para apresentação de trabalhos é de 30 dias antes do evento.

 

 



 
SALSA NA AMÉRICA

 
O "III Congresso de Salsa da Costa Oeste" acontecerá de 25 a 27 de maio em Los Angeles. Com o tema "Criando União", o evento é um entre uma diversidade de encontros ao redor da cultura salsera  promovidos mundo afora.
O congresso anual, que está em sua terceira edição, será uma realização grandiosa, com a participação de vários dançarinos, bandas e disque jóqueis internacionais: no fim de semana, quem tiver resistência encontrará ocupação da manhã à noite, começando às 9:00 com aerosalsa, passando às aulas até as 16:00, podendo emendar com a música ao vivo para dançar e treinar até as 18:00, aí então, é recomendável uma refeição reforçada para repor as energias, porque à partir das 20:00 e até as quatro da manhã, além de assistir aos shows das 50 companhias convidadas, tem mais salsa ao vivo e eletrônica para o pessoal se acabar!
No cardápio de cursos, além da prática em diversos níveis, pode-se optar por história da dança e música da salsa desde os anos 50, ministrada por Cachao (que escreveu o primeiro mambo em 1938) e pelo bem sucedido agente Richard Bonilla; ou ainda ética para o salão & dicas de como estabelecer e obter sucesso num estúdio de dança, pelo dançarino David Melendez.
Mais de 3.000 salseros são esperados para esta edição, onde o organizador do evento, Albert Torres homenageará alguns músicos e dançarinos representativos na salsa: Israel Lopez Cachao, Richard Bonilla, Armando Castro, David Melendez, Luis e Joby Vasquez.
 Buscando união e intercâmbio, reúnem-se representantes das diferentes vertentes formadas a partir da universalização da salsa e entre eles, destacamos a presença franco-brasileira da recém criada companhia "Lasalsamba", dirigida por Stéphane Massaro e contando com integrantes dos dois países.
 Os interessados em participar devem informar-se o quanto antes, pois a organização do Congresso oferece preços antecipados com desconto para o pacote incluindo hospedagem e traslados. Mais detalhes no sítio virtual: www.salsaweb.com/albert (em inglês), ou na página de Stéphane Massaro: http://massarodance.ifrance.com (em francês), e-mail:  stephanemassaro@hotmail.com . O dançarino Rogério Mendonça, que vem estudando e divulgando a salsa há cerca de dez anos, está entusiasmado e já organiza uma excursão brasileira para Los Angeles, com pacote que inclui passagem aérea, hospedagem e passaporte para todas as atividades do congresso, informações: tel. (21) 483 8878, 99645317 ou e-mail: gerro@gogo.com.br .
No Brasil, onde a salsa vem sendo bem acolhida há anos, sem contudo alcançar o sucesso e repercussão que teve em países como França, Japão ou Estados Unidos, chega a ser curioso pensar em como um ritmo de salão pode movimentar milhares de pessoas, numa só produção, aquecendo o mercado da música e dança latinas. Curioso, e por que não, inspirador? Imaginem só, se os brasileiros conhecessem e se orgulhassem mais de sua cultura, assim como os cubanos ou os argentinos, que difundem respectivamente a salsa e o tango por todo planeta: o samba de par poderia ser sucesso internacional, com orquestras especializadas, maior mercado para os músicos e dançarinos, e, por exemplo, lá no Japão, onde já se ouve e produz a música do samba, o povo poderia optar por dançar o samba de gafieira,  em vez do internacional. Acabariam conhecendo também o forró, a dança da lambada, que resistiu à decadência do ritmo musical... Vale se inspirar no exemplo de trabalho de outros artistas latinos, testemunhar, conhecer, trocar e poder então sonhar com grandes congressos de ritmos brasileiros por todo globo.

 

 


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