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Jornal DAA Considerando o Salao - 61

CONSIDERANDO O SALÃO


CONVOCAÇÃO

 

No momento, o que a dança de salão mais precisa é organização. Por uma série de razões, me envolvi muito com a futura Associação Nacional de Dança de Salão. Sinto, como divulgador desta iniciativa, que o mais premente é, ainda, que todos estejam informados e saibam exatamente o que vem a ser e por que a associação é vital para o nosso setor. Então abaixo respondo a questões que se impõem sobre o tema:

 

Porque é necessária uma associação?

Desde que entrei na dança de salão, ouço falar das carências da área. São problemas recorrentes que há muito afligem professores e alunos. Na prática temos poucas mudanças desde então, mas o mais importante – a mentalidade, percepção e postura de muitos profissionais – efetivamente mudou e mudou para melhor. Já se percebe que a união da categoria poderá trazer, em médio prazo, as outras mudanças necessárias: melhor qualificação, real reconhecimento como profissão, melhor divulgação, bailes e eventos grandiosos para captar novos adeptos, conquista de patrocínios, maior e melhor circulação da informação, etc.

Como começou esta história da Associação Nacional de Dança de Salão?

O desejo é antigo, anterior a nova geração de dançarinos. Mas considero que neste contexto, foi decisiva a semente que lancei há três anos na Semana da Dança promovida pela Mimulus. O assunto rendeu muita discussão, mas não foi à frente. Em fevereiro deste ano, quando de novo reunidos no evento da Mimulus, Baby Mesquita propôs que montássemos a associação naquele momento - não dava para perder mais tempo - e depois convidaríamos todos os demais profissionais para se juntar a nós. Fizemos algumas reuniões e o grupo interessado concluiu que, apesar da Baby estar certa em relação ao tempo, era nosso dever fazer antes uma campanha de informação: teríamos um ano para falar com o máximo de pessoas - cada participante das reuniões divulgando em seu Estado, em sua mala direta e onde mais pudesse – buscando adesões. Definimos ainda que a associação seria lançada em fevereiro de 2004 – evitando assim que mais uma vez ficássemos somente no discurso. Desta forma, estendemos democraticamente o poder de decisão e atuação, e estarão fora principalmente aqueles que optarem por privilegiar interesses pessoais e mais imediatos, não desejando trabalhar pela coletividade.

O que foi feito nesse período?

Fizemos o Brasil a Dois, evento com o objetivo de divulgar a dança de salão e o ideal associativo, criamos uma página na internet, uma lista de discussão - para questionamentos e votação do estatuto; estamos passando listas de apoio à criação da entidade e que documentam o real anseio por uma melhor organização e conseguimos levar o assunto a jornais e TVs.

O que já está decidido?

Que a participação é aberta a todos. É possível enviar até 31 de novembro sugestões com proposição de mudanças na base do estatuto (que se encontra na página virtual); até 20 de dezembro essas sugestões serão votadas por aqueles que se inscreveram na lista de discussão, em janeiro de 2004 o lançamento do estatuto acontecerá durante o II Salão Rio Dança no Rio de Janeiro e o lançamento da Associação deverá acontecer em fevereiro.

Quem vai ser o presidente?

Quando do lançamento oficial da associação será designado um representante a quem caberá organizar o sistema de votação. A presidência será ocupada através de eleição. Os interessados deverão montar chapas, candidatar-se e conquistar o posto. Serão eleitores todos os associados.

Algumas pessoas me perguntam se tenho interesse em presidir a associação - eu me responsabilizei por divulgá-la e lançá-la, e estou cumprindo meu compromisso - na verdade, devido à dedicação que a presidência exigirá não me vejo, no momento, apto a concorrer ao posto, já que não tenho conseguido, por causa dos inúmeros compromissos e atividades que assumi, atender da forma que gostaria meus projetos de estudo, minha escola e até mesmo minha saúde.  

Quais são os objetivos da Associação?

O estatuto determina as linhas gerais, mas é a diretoria que colocará as idéias em prática. Na minha opinião - e vou certamente votar para que isso aconteça - a entidade deve informar os associados, criar uma rede de parcerias, fazer um cadastro nacional de profissionais e adeptos, criar um fórum permanente de debates, fazer divulgação institucional, buscar recursos e amparo legal para o fortalecimento do setor, ajudar os estados a criarem suas associações, apoiar eventos favoráveis à dança de salão, zelar por sua imagem e defendê-la,  repelindo ações e eventos que sejam prejudiciais ao desenvolvimento da dança a dois.

Que mais a Associação pode fazer?

Num segundo momento devemos criar condições para a ampliação dos horizontes técnicos, criar certificados de qualidade, promover cursos multidisciplinares (fisiologia, pedagogia, música, psicologia etc, tudo aplicado à dança de salão), cursos de prática de ensino, oferecer assessoria jurídica, de marketing e de imprensa aos associados, promover seminários e congressos, defender juridicamente o setor, promover a ética, melhorando a relação entre os profissionais - e muitas outras questões que virão com o dia a dia, mostrando o que é viável e possível. 

Como participar?

Qualquer um pode e deve se juntar a essa iniciativa, ser um mobilizador, participar das discussões e do trabalho que vem pela frente - o primeiro passo é se inscrever na lista. O modelo é tão democrático que ainda dá até para decidir qual será o nome da associação: Andanças ou Andas. Inscreva-se, dê suas sugestões e vote através das páginas: (www.dancecom.com.br/cbds) ou (www.dancadesalao.com).

 

Como disse no início entendo que a dança de salão precisa hoje, mais que tudo, de organização como classe, como categoria profissional e por acreditar nisso faço o convite: venha se engajar nessa luta. Pelo reconhecimento de nossa arte; pelo reconhecimento de nossa profissão, pelo progresso de nossas escolas, pelo nosso futuro.

É tempo de pensar grande. É tempo de trabalhar e lutar por todos. Não importa que por vezes pareça que estamos sendo ingênuos, idealistas ou até mesmo usados. Importante é abrir estradas, mostrar caminhos e assim faço minha a frase do mestre chinês Lao Tzu: Grandes realizações só são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos".

Luís Florião é professor

de dança de salão


  

Luís Florião
é professor de dança de salão

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