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BORDERÔ


Aconteceu na UFBA o VI Fórum Nacional de Dança, reunindo cerca de 120 pessoas de todo o país. Com a vitória alcançada no Congresso Nacional no último mês de setembro, com relação ao projeto de lei que submeteria a dança ao Conselho Federal de Educação Física (Confef), era de se esperar um progressivo distanciamento do Fórum, bem como o recuo do Confef. Deu-se o oposto. Enquanto o Confef mantém suas investidas (principalmente no interior e na região sul do país), o Fórum mostra que se mantém vivo e segue brigando pelos direitos da comunidade da dança em todo o Brasil. "Já há liminares na Justiça Federal garantindo que a dança nada tem a ver com o Conselho de Educação Física. Por isso, não é preciso ter medo das ameaças do mesmo", diz Rosa Coimbra, integrante executiva do Fórum. Segundo Rosa, os dançarinos e donos de academias que se sintam constrangidos com as ameaças do Confef devem procurar os sindicatos ou o Ministério Público, e eventualmente até a polícia. Várias propostas foram formuladas, entre elas a criação de uma Secretaria de Dança no Ministério da Cultura, a possibilidade de um orçamento regionalizado e uma maior transparência na distribuição dos incentivos financeiros destinados à cultura. Com o intuito de aproveitar o início da gestão do próximo Ministro da Cultura, o VII Fórum Nacional de Dança está marcado para acontecer em Brasília, entre os dias 15 e 18 de janeiro de 2003. A página do Fórum de Dança é: “www.lite.fae.unicamp.br/forumdedanca”.


Saiu o resultado da curadoria para o 1º Ateliê de Coreógrafos Brasileiros, a ser realizado na cidade de Salvador, Bahia. Os selecionados são: “Pele” de Ivani Santana (SP), “Três Motivos” de Jussara Miranda (RS), “Memória em Desalinho” de Karin Rodrigues (CE), e, por fim, “DVD Digital Vídeo Dança” de Evelin Moreira e “Soco no Vento ou Sugestão da Última Palavra” de João Perene (BA). Os espetáculos serão criados, produzidos e apresentados no Teatro Castro Alves, onde serão vistos por diretores e críticos de dança, jornalistas e curadores, além do público em geral. O Ateliê de Coreógrafos Brasileiros objetiva identificar talentos e apoiar seu trabalho, proporcionando todos os recursos humanos, técnicos e materiais necessários à montagem das coreografias escolhidas, projetando os artistas no mercado nacional e internacional. A mostra será realizada entre os dias 16 e 23 de setembro, paralelamente às apresentações ocorrerão outras atividades, como aulas públicas, mesas redondas, sessão de vídeos, palestras e oficinas. A realização é da EP. Produções Culturais, e-mail: “epssa@terra.com.br” / “epprossa@ig.com.br”.


A Antares traz duas atrações internacionais até o fim do ano: a Rosas, companhia belga que completa 20 anos, apresenta o espetáculo "Rain", com música de Steve Reich e direção da coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker. E o Aterballetto, uma importante companhia de dança contemporânea da Itália, fundada em 1979. Na turnê brasileira, o Aterballetto mostra obras de Jirí Kylián, William Forsythe e Mauro Bigonzetti, seu diretor artístico. Confira o calendário das turnês: Rio de Janeiro (Theatro Municipal): Rosas – 31 de agosto e 01 de setembro; Aterballetto – 26 e 27 de outubro; Brasília (Teatro Nacional): Rosas – 4 de setembro; Aterballetto – 1º de novembro; São Paulo (Theatro Municipal): Rosas - 6, 7 e 8 de setembro; Aterballetto – 6 e 7 de novembro; Belo Horizonte (Palácio das Artes): Rosas – 10 de setembro; Aterballetto – 30 de outubro; Porto Alegre (Teatro do SESI): Rosas – 12 de setembro; Aterballetto – 3 de novembro.


A Companhia Montalvo-Hervieu apresenta em turnê nacional o novo trabalho, "Babel Feliz". No elenco figuram bailarinos, acrobatas, comediantes, mágicos e músicos - a peça pretende transpor a vida moderna em toda sua confusa agitação - formas intrigantes, movimentação surpreendente, um espetáculo vibrante com promoção da Dell'Arte. Em cartaz de 12 a 14 de setembro no Tetro Alfa em São Paulo, dia 17 no Teatro Castro Alves em Salvador, chegando ao Theatro Municipal no Rio de Janeiro de 19 a 21.


Em dezembro último, a Cia Vatá, de Valéria Pinheiro, foi convidada a participar do II New York City Tap Festival, realizado em julho deste ano. Diante da falta de apoio do governo brasileiro, a organização do evento e o próprio governo americano se comprometeram em arcar com os custos da viagem, e ainda agilizaram a concessão de vistos, fazendo em 24 horas o que não se obteve de nossos gestores culturais em seis meses! Graças aos anfitriões, a Cia. Vatá pôde divulgar nossa cultura levando à Nova Iorque “Bagaceira, Cana e Engenho” espetáculo de sapateado com muito côco, cabaçal, maracatu e baião. Gilsamara Moura passou por situação semelhante: “Ursa Maior” foi a única peça de dança convidada pelo “Brasil em Nurembergue”, evento que há dez anos organiza um intercâmbio entre artistas alemães e brasileiros. Diante mais uma vez da negativa do MINC, os patrocinadores do evento resolveram a situação custeando as passagens aéreas. Com isso, “Ursa Maior” foi apresentado e debatido em Nurembergue, na Alemanha, também em julho. O número, que combina dança, música, vídeo e poesia, é baseado na obra Macunaíma, de Mário de Andrade. Infelizmente, nem todos têm a sorte de conseguir tanto apoio de outros países e muitas vezes, convites que são boas oportunidades de tornar nossa arte mais conhecida e respeitada internacionalmente, acabam sendo declinados por falta de uma política voltada para o desenvolvimento da dança.


Essa é para quem possui algum projeto aprovado por lei de incentivo, mas ainda não conseguiu patrocínio. O Cadastro Nacional de Projetos Culturais (CNPC) criado pela Revista Marketing Cultural tem o objetivo de servir como guia para as empresas patrocinadoras e vitrine para o produtor cultural. Além disso, as propostas podem ser veiculadas nas páginas virtuais da revista. Outras informações e instruções para cadastro e pesquisa podem ser obtidas no endereço eletrônico “www.marketingcultural.com.br”.


Apesar de radicada na Alemanha, a coreógrafa Lina do Carmo não se esquece da pátria mãe: trabalha pelo resgate da cidadania de crianças e jovens da zona rural do entorno do Parque Nacional Serra da Capivara, onde desenvolve um plano pedagógico que tem a dança como eixo da formação artística - o programa Pro Arte da Fundação Museu do Homem Americano. Conciliou tempo em sua agenda para finalmente apresentar o aclamado solo Victoria Regia, no Rio de Janeiro, prepara adaptação de sua obra “Aruanãzug”, para a Cia de Dança Alaya, que deverá estrear em 23 de outubro no Teatro Nacional de Brasília e promete novas produções para breve.


“Dança das Marés” (foto) é a mais nova criação do coreógrafo e bailarino Ivaldo Bertazzo, em associação com o grupo Corpo de Dança da Maré. Esta é a terceira produção do grupo – as outras foram “Mãe Gentil”, de 2000, e “Folias da Guanabara”, de 2001. Patrocinado pela Petrobrás, o espetáculo fala daquele período conturbado que marca a transição entre a infância e a adolescência. Em cena, 62 jovens com idade entre 11 e 20 anos, vindos do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. O roteiro de Dráuzio Varella baseia-se nos depoimentos das crianças quanto aos sentimentos e sensações características dessa muitas vezes problemática passagem. Quem assina a trilha musical é o grupo Uakti, cuja experimentação chega ao ponto de misturar sons de instrumentos feitos com tubos de PVC e sonatas de Mozart. Estréia carioca no SESC/Tijuca, de 4 a 29 de setembro – (21) 2238-4566, e em São Paulo no SESC/Ipiranga, de 9 a 27 de outubro – (11) 3340-2000.


Teve início em agosto o programa Extensão Brasil, uma novidade no FID (Fórum Internacional de Dança), evento dirigido e criado por Adriana Banana que acontece desde 1996 em Belo Horizonte. Até junho de 2003, estão previstos espetáculos de dança contemporânea a preços populares (R$5,00), além de debates abertos ao público, oficinas e laboratórios gratuitos. O programa que tem patrocínio da Petrobrás objetiva incentivar o intercâmbio entre os profissionais do meio e já divulga a agenda completa, embora algumas companhias ainda devam confirmar presença. A estréia foi da Cena 11 Cia de Dança, com show em agosto e participação até setembro. Os próximos deverão ser: Vera Sala, (set/out); Verve Cia da Dança (out); Alaya Arte do Movimento (nov/dez); WLAP (fev); Cia Oito Nova Dança (mar/abr); Marta Soares (abr/mai); Musicanoar (mai/jun) e Márcia Milhazes Dança Contemporânea (jun/jul). Todas as apresentações acontecem no Teatro Sesiminas - Rua Padre Marinho 60 - Sta Efigênia - Belo Horizonte. Mais detalhes na página “www.fid.com.br”.


Deborah Colker apresenta Casa, dias 20 e 21 de setembro, no Teatro Odylo Costa, Filho, na UERJ. O espetáculo de dança contemporânea que estreou em 2000 já foi visto por mais de cem mil pessoas. Usando o cotidiano de uma residência como temática, Deborah volta a explorar o espaço de maneira ousada. A equipe técnica conta com: Jorginho de Carvalho na iluminação, Gringo Cardia no cenário, Yamê Reis nos figurinos, Berna e Kassin na trilha sonora, concepção de Flavio Colker e João Elias na produção. Ingressos a R$20,00. Bilheteria: (21) 2587-7481.


"Eternamente" do Ballet de Londrina (foto), dirigido por Leonardo Ramos e com trilha sonora criada especialmente pelo músico Marco Tureta entra em cartaz no Rio de Janeiro de 6 a 8 de setembro. Para a circulação nacional a companhia tem o apoio do EnCena Brasil, concedido pela FUNARTE. O espetáculo “Eternamente” que aborda temas delicados como o homossexualismo é recomendado para maiores de 16 anos e tem duração de 1 hora e 15 minutos.Teatro Cacilda Becker (Rua do Catete, 338 - (21) 2265-9933). Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00.


A Companhia de Dança Steven Harper apresenta, nos dias 12, 13, 14, 19, 20 e 21 de setembro, no Teatro Cacilda Becker, o espetáculo Sincopizante, nascido da parceria de Steven com o coreógrafo contemporâneo Mário Nascimento. Mantendo as tradições do sapateado, mas ao mesmo tempo buscando um novo contexto, o número une a técnica do sapateado americano imortalizado em Hollywood com elementos provenientes da dança contemporânea, tudo isso embalado por ritmos tradicionais brasileiros. O Teatro Cacilda Becker fica na rua do Catete, 338 – Rio de Janeiro. O telefone para contato é (21) 2265-9933 e a entrada custa R$ 10,00.


O Ogawa Butoh Center realizará a 6ª Edição da mostra Butoh Inside Movement Series, no Theatro São Pedro, em São Paulo, de 25 a 28 de setembro. O Butoh é um estilo que surgiu no Japão, criado nos anos 60 por Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata numa época em que a entrada maciça da cultura ocidental no país tornava necessária uma maior proteção ao rico patrimônio cultural japonês. O Butoh, porém, não busca a exclusão, mas sim um maior intercâmbio entre as várias manifestações artísticas. A dança explora as dualidades, como vida e morte, cômico e trágico. Parte da renda obtida na mostra Butoh será destinada a programas sociais mantidos pelo Ogawa Butoh Center Associação Cultural e Ecológica, localizada em São Simão. Mais informações no endereço eletrônico: “http://orbita.starmedia.com/~ogawabutohcenter”.


De abril a dezembro, na primeira terça-feira de cada mês, o Espaço Alameda vem sediando o projeto Arte Sem Barreiras, numa realização colegiada por três instituições: o Alameda, o Programa Arte Sem Barreiras/Comitê Very Special Arts do Brasil/Juiz de Fora e a Associação Amigos do Ekilíbrio – Dança, Cultura e Cidadania. O Programa Very Special Arts Internacional foi criado em 1974, e hoje já atua em 91 países. A iniciativa contempla a divulgação e promoção dos trabalhos artísticos que incluam pessoas portadoras de deficiências e estuda políticas ligadas ao uso das artes como ferramenta de inclusão na sociedade. O endereço do Alameda é Rua Moraes e Castro, 300 - Alto dos Passos, Juiz de Fora - MG, mais informações pelo e-mail: “grupoekilibrio@uol.com.br”.


A Cia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch estréia o musical inspirado na obra de Chico Buarque e de Cândido Portinari “Ele por nós”. O grupo que se apresenta com o apoio do RioArte é formado por alunos de diversos cursos técnicos do ensino médio. A coreógrafa e dança-educadora Rosane Campello comemora esta nova fase do trabalho que se iniciou em setembro de 1999 e, vendo chegar o momento de seus alunos se formarem no curso técnico, batalha por condições de dar continuidade ao projeto, na forma de oportunidades para os bailarinos que agora se deparam com a necessidade de definição profissional. O espetáculo pode ser visto no Teatro Ziembinski, na Tijuca, nos dias 19 e 20 de setembro e retorna à pauta em 23 de outubro no João Caetano, no Centro e nos dias 12 e 13 de dezembro no Gláucio Gil, em Copacabana.


A Eduardo Severino Companhia de Dança apresenta "Alma Tonta", inspirado na poesia Canção Ballet, de Mário Quintana. A história fala sobre um homem e uma mulher, separados por dois mundos ao mesmo tempo próximos e intransponíveis, e do desejo e angústia que daí decorrem. Misturando poesia, música ao vivo e eletrônica, o espetáculo, indicado para Melhor Coreografia, Melhor Bailarino e Melhor Bailarina no Prêmio Açorianos de Dança 2001 da Prefeitura de Porto Alegre e selecionado para a Mostra Internacional de Dança de Florianópolis, será apresentado na Sala Álvaro Moreira, em Porto Alegre, nos dias 04, 05 e 06 de outubro. Ingressos a R$ 10,00, R$ 8,00 e R$ 5,00 para estudantes e artistas. A Sala Álvaro Moreira fica na Avenida Érico Veríssimo, 307.


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