Por que boas notícias?!
Porque sim. Para fazer foco no sim, botar pilha na energia construtiva, ativar a solidariedade, faxinar o mofo da acomodação. Porque as pessoas estão cansadas de só ouvir falar em desemprego, violência, corrupção, desonestidade, impunidade e más condições de vida. E querem soluções rápidas para esses problemas, ou seja, boas notícias para a sua vida cotidiana e seu futuro – em especial no que se refere a trabalho, saúde, educação, habitação e alimentação – além de lazer, arte e cultura, é claro!.
Não se trata de negar a importância da denúncia, da vigilância sobre os desmandos dos governos, do mau uso dos recursos públicos, dos abusos do mercado, das agressões ao meio ambiente ou da má conduta de indivíduos e grupos. Estas são e têm que continuar a ser feitas tanto pela imprensa tradicional quanto pelos meios de comunicação alternativa.
E o outro lado da notícia? O contraponto das mazelas, as ações positivas, construtivas, enriquecedoras? A luz no fim do túnel? Onde ficam? Essa é a proposta da Boas: garimpar notícias e idéias que contribuam efetivamente para a melhoria da qualidade de vida, o bem-estar e a auto-estima dos brasileiros, de um jeito leve e dinâmico, bem no "espírito carioca". Assim, em vez de tudo acabar em pizza, pode acabar em samba, chorinho...
"Mas o que é boa notícia pra uns pode não ser pra outros", questiona um leitor desconfiado. Boas se propõe a discutir isso também, num bom papo de botequim. E mais: quer subverter o próprio conceito de notícia, não se restringindo ao que "aconteceu ontem" ou "vai acontecer amanhã", mas amplificando o que está acontecendo em muitos lugares e pouca gente sabe. Daí a idéia de garimpo, que peneira as boas notícias "ocultas" em inúmeras páginas sobre os assuntos que mais afetam o dia-a-dia das pessoas. Logo, não é um clipping eletrônico (que se restringe ao que é veiculado pela mídia estabelecida), e sim um filtro cibernético.
Boas, porém, não se limita ao mundo virtual: também vasculha os cantos do Rio, em busca de boas histórias e de cenários pouco explorados, e as esquinas da vida, atrás de ações cidadãs e de boas coisas de ler, de ver, de ouvir.
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