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Baile Engarrafado - Stella Aguiar - Agenda da Dança de Salão Brasileira - Marco Antonio Perna
Baile Engarrafado
 

Por Stella Aguiar

Para nós, os amantes da dança de salão, o que nos faz feliz é: um bom parceiro, boa música e uma boa pista de dança. Mas o que torna um pedaço de chão uma boa pista de dança? A resposta: Respeito, cuidado e conhecimento. E isto anda tão raro em nossos bailes!!

Uma das publicações mais conceituadas na área de Dança de Salão - o Jornal Dance, deu início a uma série de matérias sobre sugestões de como criar boas pistas de dança em nossos salões de baile. Segue um resumos destas matérias, inclusive de uma escrita por mim.

As causas do Baile Engarrafado

  • Falta de informação: Algumas pessoas, principalmente as que não passaram por escolas de dança, não sabem que um salão deve rodar no sentido anti horário, assim dançam paradas no lugar sem permitir a evolução da dança de outros casais. Lembramos que beber, fumar ou conversar na pista de dança também é proibido.
  • Conhecer as regras mas não conseguir cumpri-las: Normalmente aplicado a alunos iniciantes, este é o caso mais simples, a ser resolvido com um pouco mais de treino, segurança e domínio da dança e condução. Abaixo dou algumas dicas de exercícios que desenvolvem estes elementos.
  • Conhecer as regras e fazer questão de não colaborar: Egocentrismo e falta de espírito de equipe. Aqui só apelando para o bom-senso e muita paciência e buscando transmitir a estas pessoas que o sentido de harmonia que existe entre um casal, deve também se estender à pista de dança. Em casos extremos deveríamos contar com o auxílio dos Djs das casas noturnas solicitando que as pessoas não fiquem paradas na pista.
  • Os "showzinhos de pista": Além de atrapalhar o desenvolvimento da dança, tornam-se perigosos aos companheiros de baile, pois normalmente vem acompanhados de passos aéreos que fatalmente incorrerão em encontrões, chutes, tapas e atropelamentos. Conforme nossa colega Carla Salvagni "Basta dar oportunidade de subir no palco algumas vezes, que eles afogam sua vaidade transbordante e ficam mansinhos, mansinhos"

MAS O QUE PODEMOS FAZER...

OS PROFESSORES:

Um baile, principalmente os primeiros de nossas vidas mostram uma realidade bem diferente da sala de aula: menos espaço, novos parceiros, casais parados no meio da pista ou dando um "show" na hora errada e a vergonha do ser observado. Buscando diminuir este choque os profissionais podem incluir em sua didática alguns exercício preparatórios, seguem algumas sugestões que utilizo em minhas aulas:

"A pista encolheu" - No final de algumas aulas reduzimos a pista de dança para 1/4 de seu tamanho original e pedimos para que os alunos dancem todos os passos aprendidos, tendo o cuidado de rodar o salão e não esbarrar nos colegas.

"Núcleo proibido" - Fechamos o centro da sala com cadeiras impedindo que os alunos "cortem" a pista pelo centro. Isto faz com que eles criem sequências de passos de maior deslocamento, desenvolvendo sua dança.

"Leia e Copie" - São distribuídos pela sala, colados às paredes, placas com os nomes dos passos. O aluno deve rodar o salão e ao passar pelos nomes deve executar as figuras, buscando em cada volta, diferentes possibilidades de uniões dos passos.

"Dança com barreiras" - Distribua obstáculos na pista para que os alunos aprendam a desviar.

"Quem dá mais" - Durante uma música, o aluno deverá contar quantas voltas deu na pista de dança, sem correr ou cortar a pista pelo centro.

É fundamental que os professores usem sua criatividade e ludicidade para fazer com que os alunos passem , em sala de aula, pelas experiências que passarão em um baile. E não se esqueça que o bom exemplo é também fundamental.

AS CASAS NOTURNAS:

  • Orientar Djs, bandas e seguranças a solicitar que pessoas não fiquem paradas na pista e que dançam girando o salão. Um simples e sutil aviso ao microfone pode tornar nosso baile muito mais divertido.
  • Desenvolver uma campanha em convites e panfletos com frases do tipo "Pista de dança é para se dançar, não permaneça na pista se não estiver dançando"

OS FREQUENTADORES DE CASAS NOTURNAS QUE AINDA NÃO SABEM DANÇAR

Temos por todo o Brasil ótimas escolas de dança. Que tal increver-se em uma, aprendendo novos passos, regras da boa educação no salão e de quebra fazer novos amigos?

Bom Baile!!

  • Fonte: Jornal Dance - Jan a Abril de 2002
  • Autores das matérias em ordem de publicação: Rogério Crotti, Marcelo Cunha, Carla Salvagni e Stella Aguiar



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